A Manipulação
Existem muitas maneiras de se manipular as massas.
Ainda neste final de semana, foi atribuída a uma das apresentadoras da Rede Globo uma frase que, em outros momento, seria suficiente para demití-la. Disse a Monica Iozzi em seu perfil no Facebook: “… Não aprovo o governo, não aprovo a oposição. Acho a mídia tendenciosa e parcial. Não me sinto bem informada, nem representada por ninguém. E agora, José?…”
Chomsky disse que “… num estado totalitário, se o governo não controla as pessoas pela força, controla o que as pessoas pensam …”.
Experiências
Não me recordo quando foi exatamente que comecei a me dar conta deste podre “poder”. Lembro que ainda estava no ginásio, estudando os Poderes da nossa República e alguém, ou o próprio professor, fazendo analogia com os quatro poderes do Império, teria dito que naquela época (em pleno regime militar), havia o quarto poder: A mídia. Eu fiquei com aquilo na cabeça e lembro bem o poder que tinha o programa de um certo repórter chamado Amaral Netto. É PODER !
Método Fácil
As pessoas, normalmente, são influenciáveis. Talvez a cultura impregnada no brasileiro da preguiça, da comodidade, a condição histórica de receber quase tudo de mãos beijadas.
Este é o campo fértil para uma forma de manipular massas, grupos, grupelhos e afins. O Brasil é o paraíso dos cartórios, despachantes e pessoas que fazem pelos omissos. Melhor condição para manipular não há. É a história do “bode na sala”
Bode na Sala
É muito simples, grandes grupos ou pequenos, envoltos em problemas diversos, são facilmente manipuláveis quando apresenta-se para estes grupos um grande problema, cria-se um ambiente de “problema-reação-solução” onde uma “situação” controlada é criada para causar uma reação prevista nos interessados diretos e indiretos. A comodidade (preguiça de pensar) destes públicos permite que um mandante responda pela “solução”.
A analogia com a metáfora do bode na sala é simples. Numa casa as pessoas podem brigar por espaço, por comida etc. Basta colocar um bode mal cheiroso na sala que aquele que for designado para retirar o bode poderá fazer o que quiser como “pagamento” pela solução de problema.
Modus Operandi
Numa cidade pequena deixe a violência urbana correr solta, apresente-se como mandante das leis de segurança causando a impressão de que todos precisam de algum “salvador da pátria”. Desta situação para resolver os problemas “sob controle” e implementar políticas desfavoráveis às liberdades individuais é um pulo só.
Ou ainda, cria-se uma crise econômica para fazer com que a massa aceite como um mal “necessário” o retrocesso em direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos. Um prefeito pode arguir uma crise financeira para transferir serviços e informação para outro país e terceirizados, sendo que a massa não terá a mínima ideia do que está acontecendo, mas a aparência que a mídia divulga é de que “é um mal necessário”.
Criar problemas para oferecer as “soluções” é típico de quem está em alguma esfera pública ou algum dos poderes. Mas serve para manipular massas em empresas e organizações do terceiro setor. A comodidade das pessoas possibilita que os espertos tomem conta sem muito esforço.
* Qualquer semelhança com a situação do Brasil é mera coincidência !
Curiosidade
Hegel, citado erroneamente em peça jurídica divulgada recentemente na mídia, é o pai a “Dialética Hegeliana” em que o processo dialético atua com a contradição como motor da história e do pensamento. Quem pensa não se submete à manipulação de massas.