Cultura do Estupro
Fiquei vendo, muito à distância, o debate “acalorado” e recente, entre os defensores da “cultura” do estupro e seus opositores. Chorando para não rir de raiva.
Perguntei-me, como é que é esta discussão? Se existe ou não, no Brasil, a cultura do estupro? Que estupro? O que estas pessoas conseguem definir como estupro. Não ia entrar em mais uma discussão estéril. Não resisti.
Sou da turma que defende a teoria que a miscigenação de raças, a mistura de sangue, a divergência e as enormes diferenças entre indivíduos de classes sociais, NO BRASIL, originaram-se de um estupro, diário e secular. De muitos estupros. Aqui as pessoas são estupradas mentalmente, psicologicamente, fisicamente. É cultura? Sei lá. Chamem os ontologistas e filólogos.
Lembro de uma passagem com um amigo, ainda na adolescência em que na conversa eu disse que “a fulana foi violada”, pois fiquei sendo zoado meses a fio. O cara não sabia o que era violada. Nem sei se hoje ele sabe o que é estupro, ou a diferença de estrupo, estrupício, estrupido. Não importa, importa a “cultura” ou não, para os debatedores.
Caso 1
Quando vejo o caso da adolescente carioca e o desafio “dos trinta”, sinto arrepios com pessoas presumivelmente esclarecidas, questionando a idoneidade ou vida pregressa da mulher, como se isto fosse suficiente para absolver os agressores. E a justiça patinando com declarações infelizes de tudo e de todos… Deve ser algum tipo de cultura medieval.
Caso 2
Quando vejo um cabra de uma pacata cidade do interior de Minas Gerais, agredindo fisicamente uma criança até a morte e arrancando-lhe o coração, não tenho palavras para definir o que sinto. Talvez mau instinto animal caminhe no sentido de desejar a implantação de pena de morte para estes casos. Me desculpe dos defensores dos Direitos Humanos. Defendam os humanos… Deve ser algum tipo de cultura rupestre.
Outros casos
Quando vejo a mídia expondo dramas familiares e desgraças em grotões deste país fico imaginando, o que este povo está ganhando com isto. Esta mídia só reproduz situações em que famílias e pessoas desestruturadas aparecem. Estupros acontecem dia e noite, em todas as camadas sociais, pelos mais diferentes motivos e ocasiões. Deve ser algum tipo de cultura futurista.
O fim do mundo
Já disse e repito. O fim do mundo aconteceu em dezembro de 2012. Já era. Este papo de cultura é falta do que fazer. São crimes. Criminosos agradecem a impunidade (quando mais rico mais impune). Ver setores da sociedade sendo seletivos quando a esta “cultura” é um sinal: FIM DOS TEMPOS. Acreditem !
Imagem: Latuff