A situação do país ficou confusa.
As eleições de 2014 frustraram a expectativa da classe dominante no país. Tava tudo muito bem enquanto eles dominavam a “locomotiva” do país e o “celeiro”. Qualquer semelhança com a política do “café com leite” e a vida da classe dominante no período pós-escravatura é mera coincidência.
Migalhas de abertura e direitos sempre freados estavam ampliando perigosamente. A classe dominante perdeu o Governo Federal mas os coronéis mantinham o Congresso e estados sob controle. Aí veio a eleição de 2014. Minas Gerais, depois de muitos anos, saiu do controle.
Esta gente preguiçosa, e que, segundo Darci Ribeiro, é uma classe ranzinza, azeda, medíocre, escravagista, uma classe que entende que o povão é igual carvão e deve ser queimado para manter o status quo desde o Brasil Colônia. Teimo em dizer e repetir, maldito D.João VI, corno renitente que ferrou com o Brasil ao fugir da Europa.
Assim, quando esta classe se viu em perigo, colocou seus serviçais e capatazes de prontidão. Agora, nestes tempos de redes sociais dominadoras de 140 caracteres, qualquer beócio é capaz de difamar e fazer serviço sujo. “… pagando bem, que mal tem …” prostitutas servis à classe dominante preguiçosa.
- Usam de algumas estratégias de gente falaciosa.
- Colocam “bodes” mal cheirosos na sala para a discussão virar diversionismo.
- Senão vejamos, algumas manchetes de jornalões:
- Programa Nacional de Combate ao analfabetismo é suspenso.
- Novas vagas para Pronatec, Prouni e Fies são suspensas.
- Flexibilização da CLT entra na pauta de discussão política.
- Proposta de reforma trabalhista prevê negociação de Férias e 13o salário.
- Patronato industrial sugere aumento da jornada de trabalho para além das 44 horas semanais
- Vice da Fiesp afirma: “trabalhador não precisa de uma hora de almoço”.
- Empresas obrigam trabalhadores a usarem fraldas e evitar ida ao banheiro.
- Fiscais do trabalho que averiguavam escravidão são assassinados.
- Disciplinas como Educação Física, Espanhol e outras serão opcionais no ensino médio.
Sabem o que dói mais?
Ver trabalhador defendendo alguma destas situações com a lógica de que “eu não me enquadro nestas condições, tenho competência”.
Ver serviçais destes senhores escravagistas defendendo ou se omitindo a cada manifestação contrária ao que estamos vendo.
Ver profissionais da educação e até pais de crianças que defendem a educação, ver tamanha destruição do que foi feito e do que evoluiu na educação em todos os níveis no Brasil.
Ver que a fila de candidatos a capatazes e serviçais só aumenta. Estes serviçais usam as redes sociais como se fosse a única coisa das vidas deles.
Ver manifestante ir às ruas pedindo mais armas e menos Paulo Freire.
Ver que a classe dominante conseguiu adestrar seus vassalos e estes, por sua vez, estão adestrando seus filhos e produzindo levas de midiotizados.
Tim Maia tinha razão. “país em que pobre é de direita, não vai dar certo …”. A nossa sociedade perdeu. Perdeu para a mídia de massa e agora perde para as redes sociais. Qualquer tentativa de debate, é logo rechaçada com coisas do tipo “… papo ruim de esquerdista…”, “… queremos a volta dos militares …” (como se os militares não tivessem desempenhado o papel de capatazes desta classe dominante preguiçosa e escravagista), “é tudo ladrão”. Voltem na história, vejam os golpes e mudanças na nossa sociedade. Faz falta uma revolução. Faz falta alguém cortar na carne desta gente preguiçosa e de seus serviçais. Em dois anos perdemos 20 anos de uma pseudo democracia.
Infelizmente, o analfabeto político isentão reina no Brasil. Por conveniência ou por estupidez? Vai saber …
Imagem: Reprodução Internet