Ficção ou Realidade
Desde que comecei a publicar textos neste Blog, uma das “trilhas” propostas era abordar séries e filmes de TV em textos que fizessem uma correlação entre a vida real e a arte. Uma das séries que mais me impressionou foi Black Mirror, sobretudo em alguns episódios que, mesmo não citando a vida real, são mais reais que a vida. Anteriormente, quando publiquei a primeira vez ( ” Milhões de Méritos – Black Mirror ” ) vi uma similitude excepcional e diáfana com a realidade atual. A cada “novidade” vou colocando alguns textos pra fora; e a vez de “Be Right Back“ ( algo como Volto Logo ) chegou em grande estilo.
Em suma, a cada notícia de modernidade ou fatos colocados a público pelos portais de novas tecnologias os incautos e desinformados podem se assustar. Conheço muitos que rejeitam a ideia de ver séries no Netflix, não veem nem documentários, preferem sua bolha de isolamento como se fosse possível. Desse modo, reproduzem episódios de séries Ou corroboram os documentários de maneira a comprovarem minhas teorias.
A vida imita a arte e a arte imita a vida.
Volto Logo
O título pode ser traduzido como Volto Logo ou com toda a certeza algo como “é certo que voltarei”. Trata-se de um episódio, como todos os outros da série, desconectados dos demais, entretanto com ligações com a vida real.
A história é sobre uma pessoa que morre em um acidente de carro e levanta um questionamento que faço nas redes sociais como Facebook e Twitter há tempos. Se bem que nem as pessoas envolvidas nestas situações estão preocupadas; deve-se manter um perfil ou telefone de um falecido nas redes sociais e contatos?
Inspirado, provavelmente, na possibilidade apresentada pelo Twitter de manutenção do perfil para que os falecidos fizessem uma postagem ( ou mais postagens ) post-mortem, muitos estão optando por manter.
Aqui temos alguns dilemas que estão a atormentar muitos na vida real
Microsoft
A Microsoft anuncia que requereu e obteve patente para ” … fazer um chatbot usando as informações pessoais de pessoas falecidas …“. Como se não bastasse, a referida empresa expandiu as possibilidades até a criação de um perfil fake de você mesmo, ainda vivo, como imitação de voz, trejeitos, discurso etc.
Enfim, tudo isto para que tenhamos nas redes sociais uma entidade passada ou presente com a capacidade de, usando Inteligência Artificial (IA) fazer tudo na Web.
Agora imaginem uma coisa, alguns idosos e pessoas menos esclarecidas, negacionistas e congêneres vendo um chatbot com algum falecido.
Fim do Mundo ou Volto Logo ?
Em suma, a vida e a ficção estão juntas e emboladas. Você pode ir pensando em criar um clone e viver para a eternidade, #FicaaDICA. Não é mais uma questão de quando, como e nem onde, é real e, com toda a certeza, 90% da população de usuários da Internet e Redes Sociais ainda não entendeu o que está acontecendo.
Recomento, fortemente, que todos vejam os episódios da Série Black Mirror, contudo alerto que tem alguns que são muito ruins por estarem longe da realidade de cada um. Mas existem, inegavelmente, mais de uma dezena de episódios que são a sua vida, com diferenças somente de detalhes.
Para aqueles que imaginavam que ” Ghost – Do outro lado da Vida ” (1990) era somente um meloso romance surreal, aceite que a Microsoft substituiu a personagem Oda Mae Brown. Por outro lado, podemos até admitir que Oda Mae não era uma charlatã de maneira completa e providenciou seu “volto logo”.
Fiquei em dúvida razoável em como classificar este texto, mas é provável que até tenha inspirado o pessoal de Redmond (WA), como na vida real.
P. S. AS questões referentes a esta tecnologia e a segurança da informação serão objeto de um texto mais real e factível.
É VERDADE
Espaço destinado a verdades em Pindorama que se contar, ninguém acredita e, provavelmente, não serão notícias boas. Será feita ao menos uma indicação por texto e, eventualmente, mais de uma poderá ser publicada.
Imagem: Reprodução filme Ghost
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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Agradeço a compreensão de todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.