Filosofando
Em primeiro lugar, cansei de escrever através de metáforas e analogias rasteiras. Cansei de dar dicas para aqueles que têm a verdade pronta. Agora vou filosofar … As ideias maquiavélicas estão sendo colocadas em prática no Barro Preto; Por outro lado, nada mais apropriado do que unir coisas que déspotas esclarecidos não gostam de ver juntas.
Em “Filosofando Maquiavelicamente” unifico política, futebol, religião e filosofia.
Origens das Ideias Maquiavélicas
Admito, contudo, que resolvi mudar, cansei de escrever através de metáforas e analogias rasteiras. Em outras palavras, cansei de dar dicas para aqueles que têm a verdade pronta; agora vou filosofar.
Entendo que política, religião e futebol, não devem se misturar em nenhum debate. Mas, ao contrário do que pregam déspotas esclarecidos e seus aprendizes, todos estes temas devem ser discutidos, em tese, e em bases filosóficas e/ou fundamentadas. Juntos e misturados.
Pensando e agindo assim, resolvi que a partir de 2018, farei comparações e farei o debate, com cruzeirenses ou não, sobre a filosofia do futebol nas hostes barropretanas. tão desvirtuadas e distanciadas de suas origens.
Das Fontes Maquiavélicas
Se bem que, tenho desde a adolescência alguns livros de cabeceira e dentre eles quatro que releio sempre, para pensar e agitar a mente.
O primeiro é “O Príncipe” ( em italiano, Il Principe ) escrito por Nicòlo Machiavelli, em 1513, cuja primeira edição foi publicada em 1532, após a sua morte.
O segundo é “A Arte da Guerra” ( em chinês, 孫子兵法; em pinyin, sūn zĭ bīng fǎ), literalmente, “Estratégia Militar de Sun Tzu” ), que trata a vida analogamente a uma estratégia militar escrita durante o Século IV a.C, por Sun Tzu. Tratado este composto de treze capítulos, que abordam aspectos da estratégia de um combate racional.
O terceiro é “Pedagogia da Autonomia“, de autoria do educador brasileiro Paulo Freire, sendo esta a sua última obra publicada em vida. Apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação, como forma de construir a autonomia dos educandos, uma vez que valoriza e respeita a cultura de cada um, o acervo de conhecimentos empíricos agregados à individualidade.
Finalmente, ´O Livro dos Cinco Anéis` ( 五輪書, Go Rin No Sho ) é não apenas um texto sobre Kenjutsu e artes marciais. Considerado um tratado clássico sobre estratégia militar, aplicável ao Japão do Século 17, foi escrito por Miyamoto Musashi em 1645 e, desse modo, pode ser transliterado para a nossa ´guerra` diária que estamos protagonizando.
Ideias Maquiavélicas do Barro Preto
Decerto, para os descendentes de italianos, nada seria mais apropriado do que Maquiavel. Contudo, parece que não funciona, enfrentamos guerras desde a nossa criação e temos no hino antigo a frase: ´… não temos conosco, razão que nos há, de cortar a amizade e os ódios gerar …`; e, no hino atual a frase é ´… tão combatido jamais vencido …`.
Temos história de lutas e batalhas e desse modo o eterno lema da liberdade e autonomia estão presentes.
Enfim, a minha pretensão ( dispenso os adjetivos e desqualificações de quem não entendeu nada até agora! ) é filosofar sobre o Cruzeiro da atualidade. Portanto, permito-me dar um pouco de autonomia mental para torcedores que não entendem muito de algumas questões subliminares e das entrelinhas, e ficam repetindo o que ouvem e leem na mídia rural ( péssimos gurus ! ).
Das Séries Maquiavélicas
A princípio, a série a se iniciar no dia do aniversário do Cruzeiro ( 97 anos ), em 2 de janeiro próximo, tratará de expor as questões indicadas por Freire, Maquiavel, Musashi e Sun Tzu, nas guerras que o Cruzeiro trava a cada temporada e das quais somos os valorosos soldados rasos. Aqueles que vão sempre avante contando que os jogadores façam sua parte. E que, na maioria das vezes, ajudamos nas vitórias sem que levemos nenhum crédito e sabendo que muita gente ganha fortunas com o nosso suor.
Filosofando Maquiavelicamente ( Il principe azzurro ) é o retrato do cenário do nosso futebol moderno, da nossa sociedade, da nossa torcida e do nosso clube. Musashi, Sun Tzu e Maquiavel não tinham inimigos como temos, nem tampouco coisas como esta mídia tacanha e comprometida, que nos fere a cada batalha. Eles, filósofos guerreiros, não tinham este estamento burocrático cercando o ´príncipe` governante. Não tinham vassalos tão servis e não tinham tecnologias como as que temos hoje. Todos eles, inclusive Paulo Freire, poderiam ter seus trabalhos e filosofia melhor compreendidos e assimilados. Bastava que a tecnologia de hoje existisse no tempo e espaço de cada um.
É provável que estas condicionantes não facilitem nada; talvez dificultem ainda mais a compreensão do que é filosofar e pensar. Inegavelmente, todos têm opinião formada e a exposição de fatos não acrescenta nada para esses cruzeirenses.
Pensar dói muito na cabeça dos que têm pressa e quer resultados imediatos e não imaginam o poder de ideias maquiavélicas.
O Povo está alerta
Por outro lado, nós não temos pressa, o tempo é senhor da razão. Seremos, desse modo, os olhos do torcedor na crítica ao “Príncipe”, aos seus generais, soldados e vassalos, contra estas ideias maquiavélicas.
Em suma, a torcida é como se fosse o povo italiano ou educandos referenciados nas publicações apresentadas. Dizem os utópicos que não existe time sem torcida e dizia Maquiavel que não existe Príncipe que governa sem seu povo.
Não é a verdade que antevemos, é somente uma opinião com elevada qualidade na fundamentação.
Este ´povo` está alienado demais ( o termo que eu usaria para (des)qualificar seria outro !!! ).
Precisamos, neste momento, pensar no porquê alguns adoram seguir ideias maquiavélicas de forma desatinada.
Chega de teleguiados e pseudoesclarecidos e manipuladores da mídia digital.
Povão Azul, vamos a guerra !
P. S. (texto original) As colunas que escrevo estão, no ´Torcedor Cibernético`, em duas vertentes: Observatório da Imprensa e Dialética Virtual x Real. A partir do dia 2 de janeiro, será inserida a terceira trilha: ´O Príncipe Azul`.
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Evandro Oliveira é cruzeirense desde a década de 1960 e costuma ficar zangado quando vê tolices na boca de cruzeirense, mas talha o sangue quando observa a mídia manipulando cruzeirenses alienados e desavisados.
pyxis@cruzeiro.org
Leia também as colunas anteriores Torcedor Cibernético
P. S. (texto deste Blog) Este texto é uma adaptação do original publicado no site Cruzeiro.Org, com pequenas alterações.
Charge: Cert Br – Nic.Br
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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Agradeço a compreensão de todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.