De Pai para Filho
A princípio, Sarney, Magalhães, Calheiros, Barbalho, Neves, Portela, Andrada, Valadão, etc. são exemplos de políticos e do tal “de pai para filho“. É tanto sobrenome familiar aos eleitores do Brasil que, certamente, não caberia num único texto.
Portanto, seria possível escrever um livro com dezenas de capítulos com estes nomes de familiares de políticos. Como se não bastasse, pregadores de púlpito, esportistas e tantos outros, que se locupletam, de pai para filho na política e fora dela.
São “os caras” que, em outras palavras, resolveram tornar a sucessão política um negócio da China, entre os mesmos de sangue.
Um negócio, com toda a certeza. rentável, de pai para filho desde 1500 e capitanias hereditárias. Os coronéis resolveram manter em casa ou na família a “profissão” de político. Surpreendentemente, agora alastra-se para outras áreas como o púlpito, gramados, mídia e muitos outros espaços. Certamente, em cada uma destas áreas existem projetos honestos e outros nem tanto. Deveriam, portanto, ser todos estes projetos para benefício da sociedade e não familiar.
Profissão
Político não é profissão, entretanto, no Brasil acabou sendo uma profissão rentável e que não se mostra com credibilidade. Infelizmente, nosso eleitor vota nas pessoas ou até, surpreendentemente, de pai para filho, sem nenhum critério coletivo. As eleições municipais deste ano vão mostrar se o eleitor brasileiro aprendeu alguma coisa ou não.
Este personalismo familiar e parental atingiu situações ridículas e até criminosas. Alguns cargos públicos deveriam ter pessoas com alguma experiência de vida, mas o “QI” e a ascendência dominam. Até pela responsabilidade de conduzir ações que terão consequências sobre a vida das pessoas. Um juiz, um delegado, um promotor não deveriam ter menos de 35 anos, por exemplo, e a legislação de nepotismo é muito precária.
Uma aberração, que nem sei porquê, é a idade exigida para alguns cargos, mas se é para uns porque não para outros cargos públicos?.
Quando vemos o nepotismo “atravessado” tomar conta de todos os poderes (inclusive do Judiciário) é porque a coisa vai de mal a pior. Não estou dizendo que parentes de políticos não possam ser profissionais corretos e competentes, mas uma coisa vem antes da outra.
De Pai para Filho – Eternidade
Assustei-me, de verdade, quando vi o filho do falecido governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assumindo uma assessoria do atual governador de Pernambuco. Deve ser um fenômeno. Assim como outros tantos filhos de políticos entraram na “carreira” do pais este não tem currículo para estar na política. Sabemos que não existe ética na política, o eleitor faz vista grossa se o candidato preferido dele é aético. Preferem apontar o dedo sujo para os outros candidatos.
Enfim, a eleição está aí e sou capaz de apostar que teremos uma leva de parentes, como nunca antes na história deste país …
Em suma, seria interessante que a parte da mídia (independente e correta), fizesse um estudo sobre os “herdeiros” dos políticos. Desse modo, poderíamos avaliar se os que estão na política é para fazer carreira familiar. Sem dúvida, se a mídia fizesse uma lista de cargos e divulgasse em todo país os eleitores conheceriam melhor seus candidatos.
É provável que seja melhor antes que as eleições ocorram, quem sabe uma parcela do eleitorado acorda e sai deste estupor interminável?
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