Gentileza não gera gentileza – Da Série “O Fim do Mundo”

Fim do Mundo

A trilha temática “Fim do Mundo” foi pensada num post feito que meio de brincadeira e que ficou sério. A ideia girava em torno da teoria do Fim do Mundo, ocorrido em 2012, como, com toda a certeza, previram os representantes da Civilização Maia. Desse modo, o que era um tema irônico tornou-se realidade a partida da transcrição de casos reais que levariam as pessoas respeitáveis a dizer: é o Fim do Mundo. Contudo, os casos foram ficando graves, a hipocrisia reinando e somos obrigados a direcionar tudo para ideias que podem parecer boas, mas não passam de sinal dos tempos sombrios. Neste texto, o tema central é a frase de para-choque de caminhão que diz “Gentileza gera gentileza“.

Estamos vivendo a transição entre o fim do mundo e o inferno. Com toda a certeza, quem vê os efeitos  e concorda e aqueles que não acreditam têm todo o direito de se manifestarem, mas que os efeitos que descrevemos são sinais claros que alguma coisa tá fora e controle, não há como negar.

As liberdades individuais estão sendo vilipendiadas e a hipocrisia, falsidade e falta de caráter dominam nossa sociedade.

.Gentileza não gera gentileza

Foi-se o tempo em que a parábola de “dar a outra face” era uma coisa aceitável, gentileza não gera gentileza.

A falta de gentileza e respeito humano viraram prática comum e, assim sendo, as pessoas tratam a falta de respeito como uma coisa normal. Adesivos de “Gentileza gera gentileza” são mera retórica em carros de gente que se diz de bem. Analogamente, é Igual pedir para alguém respeitar lugar marcado em estádio de futebol.

Aceitem que dói menos, certamente o mundo acabou em 2012, agora vale tudo.

Trânsito

Um dos espaços em que o egoísmo, a falta de respeito, a falta de civilidade estão campeando é no trânsito. Levar vantagem é pouco. O cara  quer entrar na frente do outro somente por ter acionado a seta, quando ocorre de sinalizar. Dirigir e usar celulares e redes sociais virou regra. Com efeito, ai de você se olhar com cara de bravo para os(as) imbecis ao volante usando celular. Estes(as) beócios acreditam que conseguem fazer as duas coisas com qualidade quando mal mal conseguem pensar.

Caso concreto

A imagem de destaque deste texto aconteceu comigo, utilizo vagas destinadas a pessoas com dificuldade de locomoção desde meu acidente, algum tempo atrás. Não abuso e se vejo que as vagas são concorridas em determinados espaços procuro outras ou me viro.

Neste sábado, cheguei na porta do clube, e as motos da foto estavam ocupando uma das duas vagas separadas para o uso de necessidade de mobilidade. Esperei algum tempo, estacionei em outro lugar assim que apareceu uma vaga e fui para atividades no clube. Voltei, mais de três horas depois e os motoqueiros (não são motociclistas, NUNCA SERÃO) estavam saindo aos poucos. Como se não bastasse, o segurança da portaria ao interpelar um deles, para que não usasse a vaga específica, ainda ouviu desaforos.

Gentileza gera ódio

Escrevi num texto geral que as pessoas estão extrapolando nas relações já deterioradas. A palavra ódio é mal compreendida e passou a frequentar o diário de muita gente. É, com toda a certeza, Um Sentimento Mesquinho.

Com efeito, a reiterada falta de respeito com as pessoas no trânsito é um indicador sério de que o mundo acabou. E está piorando de maneira assustadora. Todo cuidado é pouco e fico pensando na educação que os pais tentaram dar a este tipo de gente individualista e rude. Ou será que os pais ensinaram foi deste jeito mesmo ?

 

(*) Revisado em 20ago2020

 

Imagem: Evandro Oliveira