Geração do Hedonismo
A chamada “Geração Z“, é aquela fã da novelinha Malhação, que acredita piamente num mundo de 280 caracteres, certamente está no comando. Depois de ultrapassarem a fase de curar feridas com “merthiolate-que-não-arde“, avançou e contaminou até os chamados veteranos. Os Baby Boomers perderam e os Millennials estão aliciando incautos das gerações X e Y. Em outras palavras, praticam o hedonismo sem nenhum pudor e sem nenhum conteúdo, se acham ( e contaminam outras gerações ).
Impressiona como são hedonistas sem ao menos saberem o conceito e significado na filosofia conhecida como hedonismo.
Epicuristas
Falar que o mundo desta Geração Z gira, no máximo, um metro ao redor do próprio umbigo poderia parecer exagero. Entretanto, não é exagero, e o problema agrava-se com a contaminação virulenta provocada por eles. Posso ser classificado como Geração X e conheço várias pessoas da minha geração que são extremamente hedonistas, verdadeiros discípulos de Epicuro.
Sei de muitos aqui no Brasil que são adeptos da Lei de Gérson ou do chavão ” farinha pouca, meu pirão primeiro …”.
Em suma, a Internet, e estas redes sociais rasteiras e sem conteúdo, acirraram a expansão destes “epicuristas”. Eles buscam a felicidade e fingindo que não existe dor, se realizam.
Coxinhas
Além disso, o movimento político nacional, visto após as eleições presidenciais de 2014, fez explodir o poder desta geração Z. Em outras palavras, os conflitos deles saíram do Gloob e são tão existenciais, exigentes e profundos quanto os diálogos da novelinha infanto-juvenil Malhação.
Uma geração fanática e hedonista, não possui nenhum sentido coletivo de vida. Desse modo, querem impor seu hedonismo oco à força, acham que qualquer discordância em redes sociais é ofensa. Certamente, vivem na ideia de meritocracia individual para o prazer solitário.
Os pais conscientes desta Geração Z deveriam chorar lágrimas de verdade; e pensar que estavam lutando pelo “futuro do país”. Pior são os pais cegos que não conseguem acompanhar as modernas tecnologias e seus filhos e estão perdidos no tempo e espaço.
Se bem que alguns seriados hollywoodianos reproduzem este comportamento que parece ser de todas “civilizações”. Filhos que interagem mais com desconhecidos do que com os pais, mesmo estando sob o mesmo teto. A vida tem mostrado que a arte conseguiu expor o problema antes. Abrimos os jornais e vemos os absurdos inomináveis. E, quando buscamos a causa raiz, o comportamento oco das novelinhas está reproduzido na vida real.
Hedonismo oco
Tenho entrado em grupos e debates e sinto-me o “deslocado geracional”, vejo os discursos e fico assustado. Alguns dos “epistemólogos” destes grupos tem tanto conteúdo quanto o miolo de um pote de barro.
É “pacabá” !
Enfim, esta geração Z, é constituída de verdadeiros rebeldes sem causa, futuristas de coisa nenhuma e pensadores de 140 caracteres. Provocam a polêmica e falsas discussões sem conseguirem sustentar o debate por 3 minutos ou 280 caracteres. Copiam descaradamente manchetes panfletárias e frases de déspotas esclarecidos como se isso fosse formação de opinião.
Entretanto, é triste constatar que, na realidade, são verdadeiros clones do “Mocotó” !
Fiz a minha parte, entretanto, a maioria dos pais não fizeram a deles.
A situação real é de agravamento, especialmente com a proliferação e surgimento de redes sociais mais rasteiras e pueris. Fica pior quando mães colocam seus filhos para fazer gracinhas em vídeos. Esquecem dos termos que assinaram e colocam em risco a imagem dos filhos. Os memes não perdoam que se acha engraçado. Umberto Eco tinha razão.
Crianças desprotegidas, mulheres buscando sucesso, mesmo que fugaz e homens se despindo dos escrúpulos. Virou terra de ninguém ou, democraticamente falando, virou terra do hedonismo de cada um.
Charge: Chaunu
Nota do Autor
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