Apelo à Emoção – A Falácia
O termo falácia deriva do verbo latino fallere , que significa enganar, iludir, trapacear. Segundo o Wikipedia, Apelo à emoção ou argumentum ad passiones é a falácia lógica que ocorre quando se usa a manipulação dos sentimentos.
Trata-se de uma sacanagem para algum receptor como forma de convencê-lo da validade de um falso argumento. É um tipo de apelo à crítica, que se usa de argumentos que não abordam a questão sendo discutida.
As falácias que são cometidas involuntariamente podem ser designadas como paralogismos. Por outro lado, as pseudoargumentações que são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão ou fundamentar alguma opinião, são falácias. Entretanto, deve-se separar da troca de ideias e debate que classificam-se como sofismas.
Falácia, no geral, é um argumento, logicamente inconsistente, sem fundamentação, que falha na capacidade de demonstrar o fato ou sustentar uma opinião seja num discurso oral ou escrito. Não passa de uma mentira ou, pior, meia verdade, usada para convencer uma “massa” de leitores, telespectadores, seguidores, compartilhadores e curtidores.
No geral, engana-se pessoas alienadas com o uso de falácias, que até podem ser convincentes à primeira vista, mas se mostram falsos por causa disso.
Vulgarização do Apelo à Emoção
Em tempos de redes sociais que os diálogos mais parecem clássico Fla-Flu (aqueles de pebolim, cheio de bonecos inertes e na base da pancada!), a falácia denominada “Apelo à emoção” virou arma de batalha. Chega-se ao ponto de um ato criminoso como o estupro ter dois lados. Ter duas torcidas, ter batalhas “memoráveis” e verborrágicas, tudo fundamentado no apelo à emoção, racionalidade ZERO.
Este gênero de falácia é bom para tudo, para o medo, inveja, ódio, pena, orgulho, prepotência, verborragia, autoritarismo (embora este atributo seja mais forte em outros gêneros), mas com uma coisa em comum: A manipulação de mentes fracas.
Argumento ilógico
Um argumento coerente e lógico pode provocar sentimentos emocionais, e isto não invalida o argumento, mas coloca sob suspeição os motivos para que determinado argumento seja usado.Embora esta falácia pareça simples de identificar, é das mais perigosas. Quando usadas sobre pessoas emocionalmente desestabilizadas, nem é necessário muita elaboração. Um argumento simples, válido, que faça um apelo à emoção de uma pessoa mesmo que não esteja relacionado ao fato que se deseja “provar”, é suficiente.
E, nesta linha, todos os humanos são afetados pela emoção, exceto sociopatas e psicopatas (categorias em profusão nas redes sociais).
É uma tática muito eficiente, mas altamente desonesta. Experimentamos muito desta falácia em tempos recentes, no Fla-Flu da política nacional. Pessoas, até com razoável formação cultural e de boa índole, passaram a usar as palavras ódio, preconceito, intolerância com tal facilidade que temos a prova real de que funciona. Muito cuidado com quem fala baixo, não usa palavrões, tem cara de hipócrita e é prestativo a quem está emocionalmente fragilizado.
Imagem: Reprodução Debohemia.blogspot.com
Nota do Autor
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