Omeletes
Em primeiro lugar, definitivamente, não se fazem omeletes sem quebrar ovos, e devem ser muitos. Para quem gosta de ovos e omeletes, esta frase não tem a mínima importância, e faz o maior sentido. Eleições perdidas são como um omelete, quebra-se muita coisa e o resultado pode “dar ruim“.
Analogamente (já falei que não gosto de analogias?), não se faz uma democracia sem revolução na cabeça das pessoas. Como se não bastasse, as redes sociais me lembra uma frase de Nietzsche:

Nietzsche – Cabeças Ocas
Conjuntura
Como nossas eleições são de dois em dois anos, verificamos que a realizada em 2014 não foi bem aceita pelos derrotados. Desse modo, eles iniciaram o terceiro turno, que terminou algumas semanas atrás. É provável que tenha terminado, nada pode ser comprovado. Em outras palavras, o golpe, travestido de impeachment, contra a presidenta eleita é um indício que terminou. Entretanto, a manutenção dos eleitos para o Legislativo, concluímos que as novas eleições serão sob a égide de nuvens cinzentas.
Poder Legislativo
Tenho pra mim – já debati com vários políticos eleitos – que a eleição mais democrática e mais importante é a do Poder Legislativo. E que o Legislativo “dominado” por “altos cleros” e lobistas é nefasto para a democracia e sociedade. Nenhum político fala sobre o assunto.
Eleições Perdidas
Neste quadro, vamos para as eleições municipais onde o que ouço e leio: “não tem nenhum candidato bom“, “ninguém presta” etc.
Para piorar, os próprios candidatos misturam tudo e nada apresentam de racional. Entram em assuntos de futebol, religião, policial, jurídico e esquecem-se de avaliar propostas dos candidatos ao Executivo e, principalmente, ao Legislativo;
Vejo os candidatos majoritários em debates estéreis, inúteis e até imbecis. Perguntas e respostas feitas em programas de debate coletivos são um terror.
Já os candidatos proporcionais são muito piores, quando deveriam ser muito melhores. O tempo de apresentação de cada “Bin Laden da Ambulância” ou “Xerife do Sacolão” é pequeno, ainda bem. Entretanto, reconheço, se tivessem mais tempo de TV e rádio, a cagada seria maior.
Fico pensando se estas manifestações, revoltas, golpes, panelaços, tuitaços, passeatas e afins, serviu para alguma coisa em relação à democracia. Desconfio que não. É cada candidato mais histriônico que o outro, posando de mais inocente e honesto do mundo. Entretanto, omitem-se, criminosamente, para absurdos como “candidato com mandato de prisão poder fazer campanha normalmente“.
Eleições 2016
Afirmo, desse modo, que tenho um candidato já escolhido para as funções de Prefeito e Vereador. Creio que se meu candidato não for ao segundo turno, nenhum outro terá qualificações para governar.
Tenho candidata a vereadora; Com toda a certeza, poucos têm a capacidade dela em ajudar a cidade.
O cidadão comum que bate no peito para dizer que “caga e anda” ou que vota nulo, não sabe a estupidez que comete. Certamente, sempre haverá um eleito por esta gente estulta. Candidatos mal intencionados adoram anuladores de votos, analfabetos políticos, “isentões” e cagões.
Na realidade, estou desistindo de ver uma geração que saiba o que é, e como se usa dos direitos e deveres até mesmo em uma democracia guiada.
Em suma, nunca fomos uma democracia, e tenho dúvidas se estarei vivo para ver o Brasil no gozo dos benefícios de uma democracia.
Imagem: Reprodução Internet
Nota do Autor
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