Futebol Tupiniquim
Tenho falado muito pouco sobre futebol aqui no Blog. Vou ampliar o tema não para reproduzir o que escrevo sobre o time do Cruzeiro ou somente sobre o futebol mineiro. Desta forma, farei considerações sobre a mídia tendenciosa e parcial, filha chocadeiras como dizia João Saldanha. Vou falar sobre TJD´s, STJD, dirigentes, mídia e os times e como se comportam diante do bilionário negócio chamado futebol. A impunidade da bola e os golpes contra as regras não respeitam nem o “7 a 1“.
A mídia
Há muitos anos venho dizendo que a mídia deveria ser isenta. Entretanto, maus profissionais , especialmente, na editoria de futebol, cada vez mais se locupletam por posições de seus interesses clubísticos. Tornou-se comum torcedores transformarem-se em setorialistas e perpetrarem hábitos que condenam nos rivais. Em alguns estados, como em Minas Gerais, o domínio das redações por torcedores de determinado time (donos e editores) é a regra. Surpreendentemente, existe até proteção e corporativismo para quem é do mesmo time e opressão para quem é contra. Em suma, é a mais-valia a serviço da preferência deste ou daquele time ou político de estimação.
Esta parcialidade e Fla-Flu vem desde que o Tratado das Tordesilhas estabeleceu-se nas “370 léguas“.
Impunidade da bola
A princípio, escutei sobre a impunidade da bola do técnico Muricy Ramalho. A frase dele “… a bola pune …” refere-se, certamente, a questões técnicas dentro de campo. Desse modo, é possível depreender que a impunidade não pode ser dentro “das quatro linhas”.
Jogar contra 11 é difícil, e adversários de qualidade (camisa), é mais difícil ainda. Assim sendo, enfrentar doze adversário é cruel (no Brasileiro são 16 pois colocaram mais dois inúteis na linha de fundo). Contudo, de uns tempos pra cá, são muitos mais, pois apareceu o VAR.
No jogo pela Copa do Brasil, na Vila Belmiro, placar apertado e vantagem do time carioca no regulamento. Aí o árbitro marca um pênalti em que ele estava próximo e que não precisava da ajuda de ninguém. Marcou sem convicção, num desânimo petrificante. A má vontade de alguns árbitros é patente em várias ocasiões, chegam a enervar os adversários quando querem.
Não se sabe como e nem porque, algum espírito de porco, longe do árbitro e da jogada, sopra ao ouvido dele que não foi pênalti. Mas como? Sim. Aí entra a Globo, se dizendo independente, mas desde a sua criação só faz torcer e ajudar a aumentar a “maior” torcida do país. E é possível que, durante um longo minuto, narrador e comentarista de arbitragem, “soprem” para o repórter de campo. Desse modo, fica fácil alguém comentar, en passant, com o quarto árbitro ou auxiliares de VAR e afins.
Nesse ínterim, o árbitro principal volta atrás no seu “erro de interpretação” ou pior, apita de qualquer jeito pois o árbitro de vídeo vai “resolver”.
Impunidade e Golpistas
Fosse alguma coisa séria, ou contra alguma Lusa da vida, o céu cairia, o presidente cairia com todo mundo. Assim sendo, como estamos no Brasil, dois ex-presidentes da CBF cumprem pena, e negociam delações premiadas. Continuam, com toda a certeza, usufruindo de fortunas acumuladas e o presidente atual da entidade não viaja ao exterior.
Neste momento, aparece a Globo defendendo seu “torcedor de campo” (privilégio assistir aos jogos de dentro do gramado) e seus interesses comerciais. Declaram que gastam muito dinheiro com o futebol no Brasil e que a impunidade da bola não existe. Inquestionavelmente, fabricar placares, mudar campeões e favorecer apostadores não é barato não, custa muito caro. Depois que as casas de apostas virtuais ficaram no comando, “… torcedor comemora até cartão amarelo…” de seu próprio time.
E ainda querem que acreditemos que estes tipos, travestidos de jornalistas, de auditores do TJD´s e STJD não vestem a camisa de seus times. Sem dúvida alguma, quando estão simulando serem profissionais nestes julgamentos, arrumam um jeitinho de fazer a burla.

STJD -Coluna do Fla – Impunidade
Com STJD e tudo
Desta forma, explicam-se (tentam!) declarações de jogadores adversários sobre a árbitros que faltam vestir a camisa dos clubes que torcem. Como se não bastasse, percebe-se que, com tantos golpistas, corruptos, corruptores, o futebol brasileiro não evoluiu. Portanto, mesmo tendo um vergonhoso “7 a 1”, não tem conserto a impunidade da bola e boleiros persistem. Sem dúvida, sabemos que facilmente, nem terminará em pizza pois a impunidade da bola não atinge a CBF, o STJD et caterva.
Em suma, vamos parar para preocupar-nos com este caso e muitos outros? Com toda a certeza, tudo cai no esquecimento e novos escândalos vão surgir, e a impunidade da bola seguirá em frente. É provável que este ou aquele seja objeto de imolação, para enganar a patuleia.
E ainda tem golpistas (político e mental) que querem convencer aos outros que a Rede Globo não tem poder no crescimento da torcida do Flamengo. Como se não bastasse, defendem que a emissora não influencia os times que pagam, inclusive corrompendo dirigentes e assemelhados. E não pensem que a “coisa” é somente contra o rubro-negro.
Em cada estado, em cada redação, tem isso tudo.
Enfim, parcialidade a gente vê por aqui, no país da impunidade da bola, da política e dos golpistas.
(*) Revisado e atualizado em junho de 2023
Imagem: Reprodução Internet
Nota do Autor
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