Apolítico
Bertolt Bretch, em seu poema, caso seja possível classificar assim seu manifesto, foi preciso e cirúrgico, uma vez que, chamou aquele tipo de Analfabeto Político. Foi corajoso porque, sobretudo, desenvolveu seu trabalho no período mais crítico da história mundial e de seu pais, entre a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Nos tempos atuais, convencionou-se chamar de Analfabeto Político todos aqueles que resmungam frases como: 1) é tudo a mesma coisa; 2) odeio políticos; 3) Não voto em ninguém; 4) É tudo ladrão etc. Por outro lado, no Brasil, vivemos uma crise de ética e moral em que eleitor se declara “… em cima do muro …” ou apolítico, como se isto fosse algo inteligente.
Em suma, aviso aos leitores que ser apolítico é a expressão máxima da passividade e conivência ou, parafraseando o filósofo, odeio os indiferentes.
Analfabeto Político
Assim sendo, identifico nos atributos do Analfabeto Político de Bretch, tudo do apolítico tupiniquim de hoje e, caso fosse vivo morando no Brasil, o poeta teria a oportunidade de fazer um upgrade no seu poema revolucionário.
O Analfabeto Político O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. Bertolt Brecht
Analfabeto e Apolítico
Consoante o que escrevi em “Analfabetos Digitais e Funcionais“, “Analfabeto Antissocial e Midiático” e “Eleitor Analfabeto no Comando“, esta massa ignara poderia mudar a cara do país em benefício próprio, no sentido coletivo. Entretanto, como são ignorantes por natureza, não pensam no coletivo e são guiados por uma falsa democracia a continuarem “escravizados” pela ignorância e obscurantismo..
Por exemplo, o dicionário não tem muitas acepções para a palavra apolítico; uma delas é da “coisa” que pode, ou não, apresentar o significado político. E outra é sobre as pessoas que não se apresentam para a política ou manifestam sua aversão.
Se bem que, para estas pessoas, não tenho muito o que ser condescendente ou polido, não passam de covardes, daquele tipo que quando seu preferido está no poder, começam a ser “politizados”. São piores do que os torcedores de futebol que somem das discussões quando seu time está sem títulos e aparecem a cada conquista, são covardes simpatizantes e oportunistas.
Enfim, esta situação é uma praga que assola o país e nos levará a um buraco profundo !
Charge: Blog do Tarso
Nota do Autor
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