Terceiro Turno - non ecziste

A Farsa do Terceiro Turno

Histórias que se repetem

Em primeiro lugar, nas eleições de 2014 este Blog não existia e algumas coisas não poderiam ser críveis. Anteriormente, em outros espaços e redes sociais com pouca capacidade de elaboração e debate, meus textos eram curtos. Naquele contexto, e mesmo nas eleições municipais de 2012, repercuti a expressão “Terceiro Turno”.

A ideia central, a princípio, é de que segundo turno é ferramenta de uma falsa democracia, para corrigir desvios e surpresas. Como se não bastasse esta manipulação, surgem os maus perdedores para não deixar quem venceu nas urnas governar. Forjam um terceiro turno constante, criminoso, até as próximas eleições.

Enfim, a cada dois anos, o Brasil testemunha uma farsa cíclica nas histórias eleitorais.

O roteiro parece se repetir incessantemente, como se fosse preso em um loop interminável. Candidatos prometem mudanças, mas as narrativas frequentemente desembocam em decepção.

Por outro lado, os eleitores submetem-se e aceitam a encenação de discursos e promessas vazias. Estratégias de marketing político  substituem questões fundamentais para a sociedade. A falta de renovação real perpetua um ciclo de desencanto e decepções. Essa repetição cria um cansaço democrático, onde a desconfiança se enraíza.

A necessidade de uma verdadeira transformação nas práticas políticas brasileiras torna-se evidente. Nesse ínterim, a maioria da população permanece cativa dessa farsa regular e criminosa.

Democracia Guiada

Por isso, escrevo reiteradamente, que nunca vivemos numa democracia de verdade. O Brasil é uma democracia guiada pelas “revoluções” desde 1889, quando a Proclamação da República pôs fim ao regime monárquico. Desde então, o país passou por diversas transformações políticas, sociais e econômicas, muitas delas a partir de movimentos populares.

Nossa Independência, bem como a Proclamação da República foram verdadeiras armações sem limites. Como se não bastasse, a Nova República foi um arremedo de mudança. Evoluções como o voto das mulheres e outras minorias, por exemplo, nunca foram conquistas de lutas.

As mulheres levaram muito tempo para ter direito ao voto e todas as “concessões” dadas pelas oligarquias são migalhas. Imagina-se que estamos numa democracia porque vota-se numa máquina pra lá de suspeita. Um processo com a segurança por obscurantismo, numa concessão por decreto e propaganda enganosa.

Revoluções Tupiniquins

Desse modo, alguns exemplos marcantes, dão mostras de como as “revoluções” guiaram a falsa democracia brasileira:

  • A Proclamação da República: pôs fim ao regime monárquico, instalando uma autocracia que concentrou poder nas mãos da elite.
  • A Revolução de 1930: depôs um presidente e instalou o governo de Getúlio Vargas, que terminaria numa ditadura. Vargas implementou uma série de reformas, como a instauração do voto secreto e a criação da Justiça do Trabalho, como diversionismo.
  • A Revolução de 1964:derrubou um regime democrático e instaurou, através de golpe, um novo regime militar tenentista.

Terceiro Turno

A adoção do segundo turno e reeleição em determinadas esferas é, sobretudo, clara manipulação eleitoreira. O “terceiro turno” virou ferramenta de manipulação em prol dos derrotados nas eleições, consolidou a farsa da eleição. Preocupa-se com a próxima eleição e deixa-se de lado o país, os estados e as cidades.

Com toda a certeza, em 2014, confiante na vitória, o candidato que perdeu nas urnas, arrotou união até descobrir que não ganhou. Tão logo viu-se derrotado, o menino mimado das oligarquias, declarou guerra e iniciou o terceiro turno. Começou pedindo uma improvável “recontagem” de votos e partiu para uma auditoria que teve demonstrações num relatório bem curioso.

Logo após, em 2016, os candidatos aos executivos municipais, declararam aberta a guerra do “terceiro turno” ainda no primeiro turno. Os casos de candidatos preteridos no primeiro turno, partirem para a oposição ou fazerem acordo, virou coisa “normal”.

Farsa

A farsa do terceiro turno prenuncia-se em 2018, com o propósito de dar ares de democracia ao país. Os preteridos num primeiro turno, afastam-se do processo, e pavimentam o início do terceiro turno. Junto com esta possibilidade, as negociações espúrias ganham espaço para tentar dar governabilidade ao eleito.

Enfim, a farsa eleitoral brasileira, alimenta as negociações para dar um pretenso ar de governabilidade e mudança. Não existe a mínima possibilidade e nem nada de novo, com estes mecanismos de eleição. Adicionalmente, a existência de um criminoso e falso “terceiro turno” impede quem ganhar de governar, como aconteceu em 2014.

Os próximos quatro anos dos governos estaduais e federal serão dos vitoriosos nas eleições do próximo segundo turno. O Eleitor inútil, que imagina ser protagonista neste pleito, não tem a mínima ideia de como está sob manipulação. Portanto, os tolos inúteis ficam posando de experts em processo eleitoral, entretanto, não passam de massa de manobra anabolizada.

O fim do mundo consolidou-se, conforme a profecia Maia, em 2012. Estamos vivendo fatos que as pessoas dizem “… é o fim do mundo …”. Eu digo que não, vocês estão confusos, o fim do mundo já foi, agora vivemos a explicitação da imbecilidade humana que aflora em cada um.

Falência

É muita gente mostrando claramente o que de pior o ser humano pode apresentar, uma vez que muitos estão saindo dos “armários”. Vejo que até parentes próximos, que nunca falaram de política, têm candidatos definidos. Estão incluídos nesta alcateia que decepciona e mostra características que nos deixam perdidos e sem palavras.

Em resumo, o mundo acabou, nossa democracia guiada apodreceu e beócios e marombados estão tentando vencer o segundo turno. Eleições, redes sociais e imbecilidade humana estão no comando. O fundo do poço ainda não chegou, e tem gente que tá achando tudo normal.

Em outras palavras, curtas e eivadas de simbologia: Indigna nação, e o ministério da vida e cidadania adverte: Terceiro turno é farsa ! Isto non ecziste !

 

Imagem: Reprodução Internet

Nota do Autor

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