Entre sem bater - Sun Tzu - Batalhas

Entre sem bater – Sun Tzu – As Batalhas

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Sun Tzu é o pai da “Arte da Guerra” e de suas “Batalhas“, é provável que muitos políticos saibam de tudo isso.

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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Sun Tzu

A profusão de ideias e possibilidades, a partir da leitura daqueles livros que avalio como “de cabeceira” são infinitas. Entretanto, um deles (A Arte da Guerra) é muito especial pois fala de estratégias e de raciocínio. O livro, se tiver tratamento nos tempos atuais, permite raciocínios interessantes. Neste texto trataremos, analogamente, a questão das batalhas, em especial, a situação do confronto na Faixa de Gaza.

Sun Tzu foi um general militar chinês, estrategista, filósofo e escritor que viveu durante o período Zhou Oriental de 771 a 256 a.C. Sun Tzu é tradicionalmente creditado como o autor de A Arte da Guerra.  A Obra, sobre estratégia militar, afetou a filosofia e o pensamento militar do Ocidente e do Leste Asiático. Sun Tzu é reverenciado na cultura chinesa e do leste asiático como uma figura histórica e militar lendária. Seu nome de nascimento era Sun Wu, e ele era conhecido fora de sua família por seu nome de cortesia Changqing. O nome Sun Tzu – pelo qual é mais popularmente conhecido – é um título honorífico que significa “Mestre Sun.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

A Arte das Batalhas

Faixa de Gaza

Em primeiro lugar, devemos resumir a região do conflito “da vez”, nos noticiários e redes sociais. Certamente, falamos sobre a Faixa de Gaza, que é uma estreita faixa de terra costeira situada no Oriente Médio, entre Israel e o Egito. A história de enorme riqueza cultural, é complexa que se estende por milhares de anos. Por outro lado, a maldita inclusão digital e a mídia e seus palpiteiros de plantão não deixam o povo saber da história.

Na antiguidade, a região teve ocupação de várias civilizações, incluindo os filisteus, que deram nome à área. Durante a antiguidade, a Faixa de Gaza foi frequentemente palco de conflitos entre impérios como o Egito e a Assíria. No século XX, a área passou a fazer parte do mandato britânico da Palestina.

Após a Segunda Guerra Mundial, a questão da Palestina se tornou cada vez mais complexa e motivo de batalhas desiguais. Em 1948, a criação do Estado de Israel deu início a uma série de conflitos e batalhas com os países vizinhos árabes, incluindo o Egito. No final da Guerra Árabe-Israelense de 1948, a Faixa de Gaza ficou sob controle egípcio.

No entanto, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Esse controle israelense sobre Gaza persistiu até 2005. Desse modo, Israel retirou suas tropas e os colonos judeus da região, deixando-a sob controle da Autoridade Palestina.

História Recente

A história recente apresenta conflitos frequentes entre Israel e grupos palestinos, como o Hamas, que tomou o poder na região em 2007. Esses conflitos ou batalhas resultam em crueldades e abusos e levam a uma série de bloqueios econômicos e humanitários.

Em suma, a Faixa de Gaza continua sendo uma área de grande importância geopolítica global pelo confronto religioso. Com toda a certeza, é o ponto central no conflito israelense-palestino, com desafios na busca de uma solução pacífica e duradoura. Sem dúvida, a história milenar está em segundo plano em todas as manchetes e não existe imparcialidade na imprensa cínica(1).

Batalhas Religiosas

É impressionante a quantidade de batalhas no planeta de estreita relação com questões religiosas. Como se não bastasse, a mistura geopolítica, religião e economia torna qualquer disputa que deveria ser local, um conflito global. Desse modo, vemos analistas (?), que mal conhecem a história, darem seus palpites chulos na mídia. Assim sendo, a população, ansiosa por se mostrar “insider“, repete qualquer opinião de segunda mão, como se fosse “a verdade(2).

Conflitos

Os conflitos religiosos predominantes no mundo são complexos e variam ao longo do tempo. Dentre os vários, em curso ou recentes, podemos relacionar:

  1. Conflito na Síria e Iraque: O conflito na Síria e no Iraque envolveu vários grupos religiosos. Sunitas e xiitas, por exemplo, além de grupos extremistas como o Estado Islâmico (ISIS). Este conflito teve e ainda produz um grande impacto por todo o Oriente Médio.
  2. Conflito entre israelenses e palestinos: O conflito israelense-palestino tem uma forte dimensão religiosa, envolvendo judeus, muçulmanos e cristãos. Este conflito se concentra principalmente na região da Palestina e Israel e recrudesce na Faixa de Gaza.
  3. Conflito no Sudão do Sul: O Sudão do Sul vive um conflito prolongado entre grupos étnicos de raiz religiosa. As tensões religiosas desempenham um papel significativo, especialmente entre cristãos e animistas.
  4. Conflito na Nigéria: O grupo extremista Boko Haram alimenta um conflito no norte da Nigéria. A religião, em particular o islamismo, desempenha um papel importante e desigual.
  5. Conflito na Birmânia (Mianmar): Os Rohingya, uma minoria muçulmana em Mianmar, enfrentam perseguição por parte do governo e grupos budistas. As batalhas internas levam a um grande êxodo de pessoas que tentam refúgio em outras nações.
  6. Conflito na Índia (religioso e étnico): A Índia é palco de muitos conflitos religiosos, principalmente entre hindus e muçulmanos. Adicionalmente, conflitos étnicos e de castas explodem em várias partes do país.

Surpreendentemente, a mídia e as redes sociais até esquecem alguns conflitos, como Ucrânia e Rússia, para angariar mais cliques (ver Clickbait(3)). Como se não bastasse, conflitos religiosos nem aparecem na mídia se não trarão audiência.

Totalmente Ignorante

Uma das batalhas que estamos perdendo, é aquela que seria impossível de perder em plena Era da Informação. As pessoas, como preconizou Aleck Bourne, no milênio passado, optaram por serem totalmente ignorantes(4).

Assim sendo, a ignorância é um problema que afeta pessoas de todas as origens e crenças. Sem dúvida, a escolha de tomar partido em conflitos complexos, como a guerra Israel-Palestina, é um exemplo gritante disso. Desse modo, entre os cristãos evangélicos neopentecostais brasileiros, essa ignorância se manifesta de maneira marcante. Inquestionavelmente, ao se envolverem nesse conflito, o fazem sem entender as raízes históricas, políticas e culturais que o permeiam.

Anteriormente, perguntei a uma pastora que iniciava sua seita local, a razão da bandeira de Israel atrás de seu púlpito. A resposta que recebi me deu a certeza que a ignorância desta pastora de ovelhas era um perigo para a sociedade. E, infelizmente, estas seitas cresceram, ganharam os bairros, cidades, cidades e estão se proliferando no país. Definitivamente, a mistura de política e religião que prega a ignorância não é benéfica para a sociedade e humanidade.

Faz uma arminha

Surpreendentemente, recebi de um destes ignorantes cristãos, uma mensagem fazendo crítica política, e misturando geopolítica e religião. Com toda a certeza, não existe nada mais irritante do que gente estúpida que fica repassando imbecilidades.

Nesse ínterim, a complexidade do conflito Israel-Palestina é desafiadora, com raízes que remontam a décadas sem uma solução. A escolha de apoiar um lado sem uma compreensão completa pode resultar em polarização e radicalização do problema. Desta forma, em vez de contribuir para sua resolução, povos que não tem nenhuma participação no problema, só atrapalham.

Por isso, é essencial que, independentemente de suas crenças religiosas, as pessoas se informem de maneira imparcial e crítica. Questões internacionais, como essa, devem considerar múltiplas perspectivas. Buscar informações históricas e compreender as diferentes narrativas, é fundamental.

Teatro Global

A ignorância em relação a conflitos complexos só alimenta o ódio, a intolerância e a desinformação. É fundamental absorver o conhecimento da maneira mais completa quanto possível e imparcial. A resolução de conflitos e batalhas que envolvem religião está longe de ser da nossa competência.

Sun Tzu falou que em qualquer guerra é essencial a vitória, não operações prolongadas. Desse modo, ampliando-se sua ideia sobre as batalhas, vemos que não podemos fazer nada, a não ser acompanhar.

Enfim, a solução é parar de dar audiência e repercutir idiotices que compartilham à esmo, e ler um pouco mais sobre a nossa história. #Taoquei?

E este negócio de subir em púlpito e fazer arminha, e enaltecer isso, é coisa de gente estúpida, aliás nem gente de verdade faz isso. É incompreensível que a humanidade ainda não entenda que as batalhas são apenas atos de um teatro. Não matem seus professores de História de vergonha, fiquem em silêncio até estudarem o suficiente, e saiam destas redes sociais.

 

(1)Entre sem bater – Joseph Pulitzer – Imprensa Cínica

(2) “Entre sem bater – Bertolt Brecht – A Verdade

(3) “Entre sem bater – Cathy O´Neil – O Clickbait

(4) “Entre sem bater – Aleck Bourne – Totalmente Ignorante

 

Imagem: Entre sem Bater – Sun Tzu – As Batalhas

Nota do Autor

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