Entre sem bater - Lula - Interesses Estrangeiros

Entre sem bater – Lula – Interesses Estrangeiros

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Os “Interesses Estrangeiros” sobre as coisas do Brasil superaram tudo que Lula previa e deixaram de ser só intenções.

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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Lula

O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio, provoca sentimentos antagônicos nos brasileiros, dependendo dos dogmas de cada um. Surpreendentemente, para muitos, seu terceiro mandato apresenta um perfil mais conciliador. Nas relações exteriores, sua tarefa é mais complexa e os interesses estrangeiros sobre o Brasil são uma grande ameaça.

Luiz Inácio Lula da Silva ( nascido Luiz Inácio da Silva; 27 de outubro de 1945), também conhecido como Lula da Silva ou simplesmente Lula, é um político brasileiro que é o 39º e atual presidente do Brasil. Membro do Partido dos Trabalhadores, atuou anteriormente como 35º presidente do Brasil de 2003 a 2010.

Fonte: Wikipedia (Português)

Interesses Estrangeiros

Anteriormente, Lula concedeu entrevistas em que a pauta das relações internacionais referenciou os interesses estrangeiros no Brasil. Passados alguns anos, e os mandatos de Temer e Bolsonaro, o Brasil pode constatar que os interesses ultrapassaram os limites do razoável. Especula-se que até o golpe contra a presidente Dilma teve como motivação estes interesses pouco republicanos.

O Brasil, ao longo de sua história, descobre uma abundância de recursos naturais ( florestas, rios, terras férteis e minerais). Esses recursos naturais não apenas sustentaram o crescimento econômico do país, mas também atraíram o interesse de atores estrangeiros. Nas últimas décadas, no entanto, essa atenção internacional ameaça a soberania e a autonomia do Brasil sobre seus próprios recursos.

Montesquieu dizia que “As nações livres são altivas, as outras podem mais facilmente ser inúteis.“. O Brasil esteve próximo de ser uma nação inútil, pelas gestões de seus mandatários recentes. Como se não bastasse, agentes internos promoveram, e ainda promovem, a entrega dos patrimônios naturais da nação.

Privatizações e Perda de Autonomia

Uma das questões mais controversas nesse contexto é a privatização de setores estratégicos da economia brasileira. Por exemplo, a privataria em curso sobre a exploração de petróleo, mineração e infraestrutura parece não ter limites. Alguns protagonistas políticos argumentam que a entrada de empresas estrangeiras pode trazer investimentos e tecnologia. Por outro lado, governantes entregam recursos naturais e fecham empresas de tecnologia nacional, minando a soberania do Brasil.

Petróleo

A privatização da Petrobras(1), uma das maiores empresas de petróleo do mundo, é um exemplo emblemático desse debate. Nos governos recentes, a tendência crescente de abrir o setor de petróleo e gás para empresas estrangeiras estabeleceu-se. Embora isso atraia investimentos, também suscita preocupações sobre a perda de controle destes recursos estratégicos. O petróleo é uma fonte fundamental de receita e poder político(2), e a interferência externa representa uma ameaça à soberania nacional.

Floresta

A exploração e o desmatamento da Amazônia também despertam grande interesse de exploração internacional. A maior floresta tropical do mundo não apenas abriga uma riqueza de biodiversidade, é um manancial de recursos. O bioma amazônico sofre com uma seca nunca antes vista e também desempenha um papel crucial na regulação do clima global. O Brasil é o maior, mas não único, guardião dessa floresta, uma vasta reserva natural. Contudo, pressões externas para explorar seus recursos madeireiros, minerais e agrícolas aumentaram sem controle interno. Isso levanta a questão de até que ponto o Brasil deve ceder a esses interesses estrangeiros em detrimento de seu próprio ambiente.

Mineração

A perda de autonomia na gestão dos recursos naturais do Brasil também se reflete na mineração. O país possui algumas das maiores reservas minerais do mundo, incluindo minério de ferro, nióbio, lítio, manganês, ouro etc. A exploração desses minerais está, cada vez mais, sob domínio e controle de empresas estrangeiras. Desse modo, as preocupações sobre a extração descontrolada e danos ambientais irreparáveis transformaram-se em realidade. A mineração desenfreada causa degradação do solo, poluição da água e devastação de ecossistemas frágeis. Até crimes ficam impunes como, por exemplo, os casos de Mariana e Brumadinho(3).

Alimentos

Surpreendentemente, outro ponto de preocupação é a perda de autonomia na produção de alimentos, acreditem. O Brasil é uma potência agrícola, exportando uma variedade de produtos agrícolas, como soja, carne bovina e milho. Contudo, as pressões para atender a demanda internacional por alimentos insere práticas que ameaçam a sustentabilidade da agricultura brasileira. Estas ameaças, aliadas ao desmatamento para expandir áreas de cultivo podem, a longo prazo, provocar colapso em alguns setores. Como se não bastasse, a aplicação intensiva de agrotóxicos produz consequências ambientais significativas. Assim sendo, desde a degradação do solo pelo desmatamento até a perda de biodiversidade comprometem a produção de alimentos.

Infraestrutura

A questão da privatização não se limita apenas aos recursos naturais. Infraestrutura, como estradas, portos e aeroportos, são objeto de investimentos estrangeiros sérios e especulativos. Embora tais investimentos possam ser benéficos em termos de desenvolvimento econômico, eles levam à perda de controle sobre ativos cruciais de infraestrutura. O exemplo de rodovias privatizadas sem investimentos, e com devolução pelas concessionárias, estão se acumulando. Com toda a certeza, empresas estatais estrangeiras aliam-se a oligarquias brasileiras para proporcionarem tungas irreversíveis. Assim sendo, atividades e recursos de infraestrutura que são essenciais para o funcionamento da economia do país vão se dilapidando. A dependência de infraestrutura estrangeira pode representar um risco para a segurança nacional e a autonomia em tempos de crise.

Políticas Públicas

A influência externa nas decisões políticas eleitorais e nas políticas públicas também é uma questão preocupante. Certamente, é importante notar que o impeachment foi um processo complexo e que envolveu várias questões políticas internas. Contudo, a influência estrangeira em questões nacionais, como em questões recentes, é uma preocupação legítima.

Por isso, a população brasileira deveria se orientar menos por opiniões falsas(4) e influenciadores na folha de pagamento das oligarquias.

É público e notório que um conjunto de homens sórdidos(5) está no comando do país há mais de um século. E, como se não bastasse, uma casta de serviçais, daqueles dignos de um admirável mundo novo, invadiu as redes sociais. Apresentam-se como “top voices” ou candidatos a “aprendizes de feiticeiro” da economia.

Os brasileiros devem refletir sobre o papel que estão desempenhando e como se posicionam nas questões coletivas. É inadmissível que estejam pensando em resolver seus problemas, passando por cima do avanço da miséria de muitos. Inexiste uma contradição entre aqueles que defendem os reais interesses da nação e os entreguistas.

Soberania e Autonomia

Desse modo, a questão central é como equilibrar a atração de investimentos estrangeiros com a necessidade de preservar sua soberania e autonomia.

Por isso, algumas considerações são necessárias para reflexão de coletivos e disseminação da perspectiva de avanço:

  1. Regulamentação adequada: O país deve implementar regulamentações rigorosas para garantir que os interesses estrangeiros estejam alinhados com os objetivos nacionais. Isso pode incluir exigências ambientais rígidas, salvaguardas para proteger a soberania sobre recursos estratégicos. Deve-se garantir que investimentos estrangeiros não comprometam ou afetem a segurança nacional.
  2. Transparência: É fundamental que o governo brasileiro, em todas as suas esferas, sejam transparentes em suas deliberações com empresas estrangeiras. Inclusive na divulgação de informações sobre acordos comerciais e políticas que envolvem interesses estrangeiros e a sociedade.
  3. Investimentos sustentáveis: Os governos devem promover investimentos que estejam alinhados com práticas sustentáveis. Isso inclui a promoção de tecnologias limpas, a implementação de boas práticas agrícolas e a proteção de áreas sensíveis, como a Amazônia.
  4. Participação cidadã: É importante envolver a sociedade civil e a população brasileira nas discussões sobre interesses estrangeiros e recursos naturais. A participação ativa dos cidadãos pode ajudar a garantir que as decisões tomadas pelo governo alinhem-se com os interesses do povo brasileiro.
  5. Negociações estratégicas: O Brasil deve adotar uma abordagem estratégica nas negociações com empresas estrangeiras. Deve-se, inquestionavelmente, garantir que os acordos sejam mutuamente benéficos e não prejudiquem a soberania do país.

Governo Responsável vs. Interesses Estrangeiros

Em suma, o Brasil está enfrentando desafios complexos relacionados aos interesses estrangeiros em suas riquezas naturais e sua autonomia. Encontrar o equilíbrio certo entre atrair investimentos estrangeiros e proteger os interesses nacionais é uma tarefa difícil, mas essencial. O país precisa de abordagens com planejamento e regulamentação de longo prazo. Desta forma, é possível que suas riquezas naturais tenham uso de forma sustentável, beneficiando a população brasileira e preservando sua soberania.

A forma irresponsável que alguns governantes estaduais e municipais atuam deveria ter fiscalização mais rigorosa dos órgãos de controle. Entretanto, parece que os órgãos de controle e até mesmo o Poder Judiciário estão sob contaminação que dura desde Dom João VI. E, infelizmente, a maioria dos brasileiros prefere se submeter aos interesses estrangeiros e das oligarquias, em troca de migalhas para o povo.

 

(1) “Pedro Parente – Capitão-do-Mato

(2) “Entre sem bater – Karl Marx – O Poder Político

(3) “Não foi acidente – O crime do século

(4) “Entre sem bater – Joseph de Maistre – Opiniões Falsas

(5) “Entre sem bater – Lô Borges – Homens Sórdidos

 

Imagem: Entre sem bater – Lula – Interesses Estrangeiros

Nota do Autor

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