Assédio Moral

Assédio Moral – Um problema eterno

Assédios

Em primeiro lugar, a palavra assédio tem origem em diferentes vocábulos do Latim e pode ganhar adjetivações e subjetivismos. Assim sendo, genericamente, criou-se como ideia de cerco, cilada, aproximação, no sentido de conquistar, referindo-se, inicialmente, a cercos militares. Entrou no dicionário contemporâneo pela abordagem entre pessoas, virou um modo figurado da palavra original. E tem se tornado, em algumas sociedades, uma questão legal da relação entre pessoas. Em suma, o assédio moral é um dos mais vistos e menos tratados de forma correta no mundo das corporações e profissionais. Se bem que #IMNSHO, antes de qualquer tipo de assédio se consumar, na prática, antecede o assédio moral. É como na ideia de que não existe imparcialidade das coisas, se não defende quem sofre assédio, está ao lado do assediador.

A frase repete-se muito entre os que discordam do assédio é “Não é Não!“, e a expressão tem a conotação de responder ao assédio sexual. Entretanto, a frase tem justificação para qualquer tipo de assédio. Com toda a certeza, o cerne da questão é que nenhum assediador aceita o NÃO como resposta a qualquer ação e nega que seja assediador.

Assédio Moral

Em linhas gerais, o assédio moral significa que alguém expõe outra pessoa, na maioria dos casos, individualmente e sorrateiramente. Desse modo, situações de ameaça, autoritarismo, constrangimento, humilhação, isolamento, pressão e outras, repetem-se até  prolongadamente. Não que a ação uma única vez, principalmente se feita em público, não se configure um assédio moral.

Depois da criminalização do Assédio Moral no serviço público, seja no exercício das funções ou em atividades envolvendo hierarquia funcional, as coisas começaram a mudar. Mas a praga das manifestações em redes sociais está provocando reações de assédio que prejudicam até contratações de emprego. Certamente, num claro desrespeito e afronta às liberdades e garantias constitucionais.

Não raramente, no processo de contratação de profissionais, recrutadores fazem pesquisas nas redes sociais e jogam no lixo currículos. As pessoas que eles (recrutadores), com critérios pessoais, julgam não aptos à vaga, sofrem condenação sumária. Este tipo de assédio enterra a ética e faz parte do obscurantismo praticado por pessoas que abusam da sua “autoridade”.

Setor Público

Mesmo que haja tipificação de um crime para servidores públicos, qualquer tipo de assédio moral é muito nocivo. Chefes abusadores ainda se livram de denúncias, inclusive das vítimas ou de seus cúmplices apoiadores. Portanto, a que a qualquer momento, os “escravos” e “barnabés” podem se rebelar pelas vítimas.

Mesmo que muitos imaginem que o mundo mudou, e que estes assediadores profissionais estão à salvo, não é assim. A maioria deles é  incompetente, do ponto de vista profissional, e cheios de deslizes éticos e morais. Certamente serão, um dia destes, denunciados.

Assédio moral? Denuncie !

Sofri e ainda sofro assédio moral. Talvez todos sofram, de alguma forma. É o preço a se pagar para obtermos outras “recompensas”. No setor público é mais grave pois a espada corta cabeças sem piedade. No setor público, as reformas trabalhistas vão jogar por terra todos os avanços contra o assédio moral. Aliás, tenho informações que empresas públicas já estão usando deste ato covarde e que o Poder Judiciário está coadunando com este tipo de assédio moral.

O assédio moral está debilitando a saúde das pessoas. Tornou-se uma epidemia. Redes Sociais valorizam assediadores e tornou-se o paraíso deles para cometer este e outros crimes e contravenções.

Surpreendentemente, em pleno Século XXI, o assédio moral ainda é uma condenação para quem denuncia. Fiz uma relação mental sobre os assédios de característica moral que sofri, nas empresas e na vida pessoal. Sem dúvida, a lista tem mais de uma dúzia de ocorrências e não se trata, aqui, de uma generalização apressada. Contudo, pouparei os(as) assediadores(as), sem vitimismo, mas que eu deveria encaminhar muitas denúncias, deveria.

Certamente, um aviso aos Assediadores(as) morais: sua hora vai chegar !

P. S. Esqueci, propositalmente, de colocar o termo comum a dois gêneros. Engana-se quem pensa que as mulheres ( as que dizem que “Não é não” ) não fazem parte do grupo de assediadores, às vezes são muito piores. Chegam a usar da condição de “sexo frágil” para pegar pesado no assédio moral. Contudo, quando entra a palavra sexo, estaremos falando de assédio sexual, o que é papo para outro texto.

Imagem: Reprodução Internet

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