Filosofia
Pode parecer maluquice, mas a filosofia tem o poder de explicar tudo o que vivemos hoje. Anteriormente, usei o artigo de conteúdo estrutural, ” A Filosofia no Século XXI “, para abordar as questões filosóficas comparativamente aos dias atuais e redes sociais. É claro que falar disso não dá o mínimo “ibope”. O que dizer então da questão do livre arbítrio ? Percebo que as pessoas querem ter sua opinião, dita por outras pessoas, não querem saber da opinião dos outros. Todas, com raríssimas exceções, não querem saber de fatos, tem opinião formada e que se danem os outros.
Redes sociais são assim, até virarem um inferno, literalmente, e se acabarem. O Orkut está aí para não me deixar mentir, igual ao Facebook que passará por mudanças radicais e pode perecer. Mark faz manobras e apresenta recursos diferentes, entretanto pode ser mal sucedido.
Neste sentido, após o furacão eleitoral de “categoria 5” que assolou o Brasil vou aproveitar enquanto posso e falar sobre isso. Vai que alguém resolve proibir este assunto em blogs pessoais, como sói acontecer em países “comunistas”, autoritários e ditatoriais.
Mau Uso
Normalmente, abordo séries de TV para contrapor à vida real, já escrevi sobre varias. Foi a forma que consegui obter a atenção, principalmente dos mais jovens, para estas questões filosóficas. Assim, ” Merlí ” – uma excelente produção da Catalunha (ESP) – e ” The Good Place ” (O Lugar Bom) – uma comédia/fantasia de cunho filosófico, tem sido minhas referências no assunto.
Em “The Good Place”, na sua terceira temporada, tem um episodio com o título “O Mau Uso do Livre Arbítrio“. Entretanto, o episódio fica prejudicado, se a pessoa não tem noção do que é livre arbítrio. Não vai entender nada e nem vai conseguir descobrir o que é mau uso ou bom uso de alguma coisa.
As eleições de 2018 foram o exemplo pronto e mal acabado do mau uso do livre arbítrio, seja ele qual for. Escrevi sobre isto no texto ” Voto Utilitário – Eleitor Nulo “.
Livre Arbítrio
Livre arbítrio é um negócio bacana, em tese. Contudo, vejo muita gente nas redes sociais falando dos outros e apontando dedinhos sujos de merda na direção dos outros. É uma boa estratégia, para paralogistas e gente sem noção, o que consiste numa redundância. Quando apontamos para os outros, a maioria das pessoas olham para o que apontamos e não para quem aponta. Eu chamo de diversionismo, alguns chamam estes diversionistas de enganadores.
Ao contrário do dito popular, costumo dizer que política, futebol e religião devem, sempre, ser alvo de debates, à exaustão. Entretanto, não conheço um exemplo sequer em que discutir alguma coisa misturando conceitos destes e outros temas, seja profícuo. No caso do livre arbítrio e seus preceitos e conceitos de cunho religioso, moral, psicológico, filosófico, político e científico, afirmo que é ruim de discutir.
Em outras palavras, o argumento do livre arbítrio é um baita paradoxo, especialmente quando entram questões e dogmas religiosos. Enfim, o que vivenciamos nas eleições brasileiras recentes é a prova cabal e definitiva de que o livre arbítrio não é para todos. Do mesmo modo que a sombra e água fresca não é para todo mundo. E muitos que fizeram suas escolhas dizendo-se livres, leves e soltos e exercendo o seu livre arbítrio, não entenderam muito do assunto.
Irresponsabilidade Moral
Certamente, não resolve nada gastar páginas e teclado falando sobre as questões que envolvem o Livre Arbítrio. Muita gente, estudiosos e doutores filósofos, muito mais qualificada do que eu, debate o tema desde Platão e não chegaram a nenhuma conclusão. Falar de Determinismo, Libertarianismo, Ilusionismo, Indeterminismo e suas derivações não serve para o Brasil. Cometo talvez um crime filosófico ao ser reducionista e definir que o problema no Brasil é de irresponsabilidade moral.
Desse modo, o livre arbítrio apresenta, idealmente, três requisitos principais:
1) Aleatoriedade;
2) Determinismo;
3) Responsabilidade Moral.
O que fazem os Minions que constituem a massa de manobra dominante do eleitorado brasileiro? São responsáveis até certo ponto.
O que fazem os omissos e eleitores de votos nulos, brancos e abstenção? São irresponsáveis morais por tudo que não lhes agrada.
Em suma, não existe livre arbítrio para aqueles que votam como mandam pregadores ou propagadores de fake news. A charge que ilustra este texto é exemplar, até um beócio entende. Mas vai que o beócio ganha a eleição, daí todos pagam o pato.
Como assim você não tem nada a ver com isto?
Livre Arbítrio em redes sociais, pero no mucho ! ! !
Charge: www.willtirando.com.br
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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