Papel higiênico
Em primeiro lugar, é da cultura geral, daquelas que vem antes da escola, o uso do papel higiênico como item de higiene pessoal. Portanto, não há desculpas para as pessoas que não sabem como limpar as merdas que fazem. Merdas aqui, no sentido literal e figurativo.
Economia
A ideia deste texto veio após muitas observações sobre a economia no Brasil após 2016. Anteriormente, na época que Temer assumiu a presidência, escrevi alguns textos sobre a economia e direitos ameaçados, no geral(1). Como se não bastasse, escrevi sobre a reforma trabalhista e a questão do emprego.
Assim sendo, muito tempo se passou, o Temer saiu pela porta dos fundos e apareceram outros gestores públicos na União, estados e municípios. A economia desce ladeira abaixo e o “livre mercado” coloca suas manguinhas de fora.
Utilizo-me do papel higiênico como poderia usar do pacote de biscoitos, de uma simples bala ou qualquer produto que as pessoas necessitem.
Certamente, qualquer pessoa, ao ler este texto, já ouviu falar de venda de pela de frango, venda de ossos e outros absurdos “normalizados”. Desde 2015(2) as denúncias de avolumam, e o consumidor nada pode fazer.
A merda
O cidadão brasileiro viciou-se na #esgotosfera. Desse modo, é natural que a merda de cada um chegue até as redes, de forma seletiva. Surpreendentemente, muitos cidadãos, eleitores e outros indefinidos acreditam que as merdas que fazem não são merdas.
Na vida real, e na intimidade, o papel higiênico é a salvação. Entretanto, no mundo digital, não existe papel higiênico que salve as pessoas das merdas que fala ou escreve. E, na maioria dos casos, como diz o ditado, a emenda fica pior do que o soneto.
Preço do papel higiênico
Este texto é sobre o preço do papel higiênico e o golpe que a indústria tupiniquim vem praticando em diversos segmentos.
A diminuição do produto e o aumento dos preços.
Por exemplo, os rolos de papel higiênico tinham um padrão de 30 metros. Alguns pacotes, com folha dupla, tinham um preço maior. Acostumei a fazer compras com contas na ponta do lápis por metro linear do papel. No caso de outros produtos, a lógica é a mesma seja em gramas, litros etc.
Assim, importa o preço por metro do papel higiênico e a qualidade do papel (quando é possível comparar). Nesse ínterim, aparece uma pandemia, uma carestia geral, desemprego etc. Mas é difícil ficar Sem este gênero de primeira necessidade. Para outras cagadas, principalmente nas redes sociais, basta apagar uma imagem ou um texto (nem sempre funciona !).
Aquele rolo que era de 30 metros, reduziu para 20 metros, ou seja, 33 % de economia na matéria prima e pequenos ajustes nas máquinas. E o preço teve aumentos de “somente” 10% no ano. As notas fiscais que acumulo desde o início da pandemia para gêneros de cesta básica não me deixam mentir.
Mídia e redes sociais
Recentemente, alguns órgãos da mídia usaram exemplos de compradores e produtos com esta característica. Fiz comentário num portal de órgão da mídia e um outro comentarista questionou meu posicionamento. Eu fico pensando como esses personagens de redes sociais são capazes de questionar as coisas sem terem noção do que está acontecendo.
A indústria é capaz de aumentar o tamanho do buraco da rosquinha, diminuindo o peso e mantendo a mesma embalagem. Os órgãos de defesa do consumidor cagam regrinhas que não surtem nenhum efeito prático.
Estamos à mercê da ganância das oligarquias e da indústria que só lucrou com a pandemia e seus golpes sujos.
Infelizmente, o cidadão não se dá conta destas coisas ou abandona tudo que deveria defender. Papel higiênico com 33% a menos de produto; balas mastigáveis com 50% menos produto; rosquinha com furo maior e menos conteúdo.
Com toda a certeza, a história vem de longe, a primeira vez que reparei nesses artifícios foi com a caixa de bombons. A princípio, eram de 400g e vinham cheias. O que a indústria do chocolate fez? Reduziu o peso para 250g e ficou vazia. E tome aumento lento e gradual de preço, para não assustar. A lista dos produtos que passaram por este tipo de maquiagem é imensa (e as garrafas e latas de bebidas?).
Em suma, a fraude contra o trabalhador não tem fim, e a conta segue sendo paga pelos que não podem se proteger, e nem cagar.
P. S. Se bem que, no caso do papel higiênico, as contas devem considerar diminuição na largura do papel, algo em torno de 15%.
(1) “Direitos Ameaçados – A série“
(2) “Produtos com embalagens e preços iguais fazem peso menos passar despercebido”
Imagem: Evandro Oliveira
Nota do Autor
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