Entre sem bater - Povos Originários - Seu Vizinho

Entre sem bater – Povos Originários – Seu Vizinho

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. A ideia de “Vizinho” para os Povos Originários do planeta pode exigir mais do que a simples leitura do pensamento.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Povos Originários

A cultura dos povos originários é o conhecimento do passado que transforma-se em sabedoria no presente e para o futuro. Alguns provérbios e pensamentos dos povos originários têm apropriação pelos seus descendentes ou estudiosos. É provável que paráfrases e aforismos tenham origem na sabedoria milenar destes habitantes originais das nações. Os pensamentos de diversas tribos e nações destes povos, estarão aqui para mostrar que o conceito de civilização depende deles.

“As comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos.”

Luciano, G.S. (2006). «O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje.» Edições MEC/Unesco. Consultado em 05 de novembro de 2023

Seu Vizinho

O pensamento deste texto tem muita semelhança com pensamentos e frases de filósofos e outros pensadores. Historiadores e pesquisadores, certamente buscam traduções atuais para pensamentos dos povos originários. Desse modo, a frase em questão tem sua origem no pensamento da tribo Cheyenne(1) e de seu vizinho, que caminha ao lado dele.

É provável que a frase-pensamento original não faça sentido para a maioria das pessoas que têm pressa e preguiça mental(2). Surpreendentemente, o planeta digital está muito mais propenso a ter interpretações literais, ou considerar tudo mimimi e inutilidades. Desse modo, clamamos para que o leitor faça uma transliteração, palavra por palavra, com todas as acepções e simbolismos.

Mundo Moderno

As redes sociais tornaram-se uma parte essencial da nossa vida cotidiana, de nossos “corre” e nossos relacionamentos. Desse modo, elas nos permitem conectar com pessoas de todo o mundo, compartilhar nossas ideias e experiências. Aquele conceito de vizinho como o que mora ao nosso lado em nossa aldeia, ficou para trás.

O lado positivo é que podemos, a princípio, fazer contatos e obter conhecimento que nenhuma enciclopédia de quatro décadas atrás possibilitaria.

 As redes sociais, contudo, também apresentam um lado negativo ou nuances perversas. Elas promovem, em muitos casos, o julgamento, a intolerância e até a crueldade, além de levar ao abandono de virtudes.

Julgamentos

Há várias razões para a proliferação dos julgamentos insanos, da intolerância e outros comportamentos nocivos.

Uma delas é que as redes sociais nos permitem esconder nossas identidades ou falsificá-las.

Quando os julgadores estão online, podem se esconder atrás de um perfil falso ou de um pseudônimo. Isso dá a eles sensação de impunidade, e torna mais fácil dizer coisas que não teriam publicação com uma identificação positiva.

Outra razão que facilita o julgamento(3) prematuro é a necessidade de se mostrar em alinhamento com o senso comum.

Certamente, as redes sociais estão cheias de imagens e vídeos de pessoas que beiram a perfeição. Isso pode nos levar a sentir inadequação e a julgar os outros por não serem semelhantes a nós ou aos nossos “mitos“. Este senso comum e necessidade de aceitação da maioria, provoca prejulgamentos e preconceitos injustificáveis.

Do mesmo modo, julgamentos e condenações, sem termos empatia com nosso “vizinho” digital, sem nem os conhecermos, é injusto. Assim sendo, temos feitos perversos como o bullying, a filosofia do ódio(4) e até a violência física. Como se não bastasse, impede a construção de relacionamentos transparentes e a compreensão das diferenças entre as pessoas.

Enfim, estes comportamentos criam barreiras antissociais que são injustificáveis e merecem superação a cada momento.

Comportamento Antissocial

Inquestionavelmente, qualquer perfil de rede social não admite que adota um comportamento antissocial, mesmo que seja contumaz. É público e notório que a maioria se julga exemplo do bom senso, desde que o vizinho tenha a mesma opinião.

Desse modo, a grande dúvida é: O que podemos fazer para reverter este comportamento antissocial?

Em primeiro lugar, precisamos estar conscientes do problema, inclusive se formos os protagonistas. Precisamos perceber que o abandono da empatia nas redes sociais é uma realidade, e que ele pode ter consequências negativas.

Em segundo lugar, precisamos nos esforçar para ser mais empáticos e menos julgadores, uns com os outros. Isso significa tentar entender o ponto de vista dos outros, mesmo quando discordamos deles. Também significa sermos mais tolerantes com as diferenças.

Em terceiro lugar, precisamos denunciar o julgamento e a intolerância nas redes sociais. Se vemos alguém sendo julgado ou intolerante, devemos nos manifestar.

#FicaaDICA

Muitos perfis se apresentam, sem dúvida, como os doutrinadores do bem ou da boa convivência. Surpreendentemente, algumas dicas podem ter sua utilidade, se tiverem uma apresentação com equilíbrio. Por exemplo, se dizemos que devemos “respeitar a opinião“, pode significar que abrir o debate é respeitoso e se omitir é hipocrisia.

Assim sendo, sempre devemos fazer um comentário e não simplesmente curtir uma postagem que seja divergente.

Entretanto, algumas dicas específicas servem para ser mais empático, desde que com moderação e perspicácia:

  • Pense antes de postar. Pergunte-se se o que você está prestes a postar é realmente necessário, e se não vai magoar ninguém.
  • Seja respeitoso com as opiniões dos outros. Mesmo que você não concorde com alguém, não é necessário ser rude ou ofensivo.
  • Lembre-se que todos são humanos. Todos nós cometemos erros e temos defeitos.

Enfim, é possível criar um ambiente mais positivo e tolerante com as dicas acima. Entretanto, podemos, em nome da transparência, e da civilidade, falar abertamente como nosso vizinho ou pessoas de nosso relacionamento. Certamente, quando não conhecemos as pessoas, costumamos imaginar as “dores” de cada um, e julgarmos. É provável que as “dores” tenham semelhanças, mas o mocassim meu nunca será do mesmo tamanho do mocassim do meu vizinho.

Podemos dizer, em suma, que não basta termos as mesmas batalhas(5) para julgarmos e condenarmos, é preciso ter os mesmos passos. Infelizmente, a maioria das pessoas é incapaz de discernir a crítica do julgamento e de separar as ideias das pessoas. Esta condição é impossível de acontecer, pois nunca conseguiremos ir além do que nós mesmos somos.

P. S.

A trilha “Entre sem Bater” apresentará muitas frases ou provérbios de indígenas ou com atribuição a pensamentos destes povos. Sempre que possível, identificaremos a tribo ou o representante dos indígenas que verbalizou o pensamento.

 

(1) “Cheyenne – Wikipedia

(2) “Entre sem bater – Liz Hurley – Preguiça Mental

(3) “Entre sem bater – Hipócrates – O Julgamento

(4) “Entre sem bater – Mary Heaton Vorse – Filosofia do Ódio

(5) “Entre sem bater – Sun Tzu – As Batalhas

 

Imagem: Entre sem Bater – Povos Originários – Seu Vizinho

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

  • Os textos de “Entre sem bater” são opinativos/informativos, inquestionavelmente com o objetivo de estimular a reflexão e o debate.
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