Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Com toda a certeza, qualquer crime contra a “Humanidade” passa ao largo dos conceitos que cada sociedade e cultura tem de humanidade. Mandela e outros que lutam pelos seus conacionais, certamente, sempre serão incompreendidos.
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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Nelson Mandela
Pode parecer contraditório aos olhos da maioria dos povos, e principalmente em contraposição aos desejos dos déspotas de plantão. Nelson Mandela amargou anos em uma prisão e lutou pelos ideais e anseios de seu povo e da humanidade. O regime do apartheid contou com uma arma poderosa, a educação lenta e gradual. A partir da educação para a sociedade, é possível subir ao menos um degrau da consciência de uma nação. Mandela deveria ser exemplo para todos os brasileiros, sem querer importar ídolos, mas como referência. Desse modo, poderíamos valorizar brasileiros que diziam a mesma coisa, muito antes de Mandela, como Paulo Freire, Darcy Ribeiro e outros.
Nelson Rolihlahla Mandela ( 18 de julho de 1918 – 5 de dezembro de 2013 ) foi um revolucionário, político e ativista antiapartheid sul-africano. Foi presidente da África do Sul de 1994 a 1999, primeiro chefe executivo negro e o primeiro eleito em uma eleição democrática e representativa. Seu governo concentrou-se em desmantelar o legado do apartheid por meio do combate ao racismo institucionalizado e da promoção da reconciliação racial. Politicamente um nacionalista africano e socialista democrático, foi presidente do partido Congresso Nacional Africano (ANC) de 1991 a 1997. Foi covencedor do Prêmio Nobel da Paz com em 1993.
Fonte: Wikiquote (Inglês)
Humanidade
Em primeiro lugar, a humanidade e cada uma das culturas ou sociedade estão em vertigem(1). Desse modo, o conjunto de eventos, perversidades e outras ações sobre os indefesos, provoca um desequilíbrio que parece não ter retorno.
A temática “Crimes contra a Humanidade”, deste texto, originou-se em título homônimo de um episódio sobre a 2a Grande Guerra(*).
Ser humanista(2) consiste, atualmente, numa tarefa hercúlea e repleta de ingratidões. Chegamos ao ponto de ver negros negacionistas ou pior, apoiando e lutando por teorias nazistas, comprovadamente cruéis. Se este tipo de humanidade é natural para as pessoas, estamos no fim dos tempos, só faltou o meteoro. Surpreendentemente, se nos declaramos humanista logo recebemos ataques de todas as naturezas, principalmente de conservadores.
E assim caminha a humanidade, de ações e reações, sempre com algum motivo corporativista ou sem nenhuma justificativa. Qualquer coisa serve para corroborar a opinião e o desejo de uma sociedade dominar outra, por qualquer motivo. Em outras palavras, a humanidade está à mercê da competição, e as oligarquias colocam os pobres para lutarem entre si. A manipulação de massas, notadamente crescente após a explosão das redes sociais, recrudesceu a polarização da aldeia.
Crimes contra a Humanidade
Na série homônima, depoimentos dos nazistas em Nuremberg assustam, sobretudo pela repetição das declarações que vemos hoje em dia. Por exemplo, se tomarmos a questão da guerra entre Israel (nem todos os judeus concordam com ela) e os Palestino, a coisa fica complexa.
Como é que pode descendentes dos judeus que foram vítimas do holocausto fazer o mesmo com os palestinos?
As declarações dos líderes e autoridades israelenses e o apoio de estados-nações como Estados Unidos é assustadoramente odioso. Como se não bastasse, a omissão de nações que deveriam interromper o genocídio é ultrajante para a humanidade. Enfim, quase 70 anos depois do genocídio, parece que a humanidade não evoluiu nenhum milímetro, pelo contrário, retrocedeu.
O avanço recente do que convencionou-se chamar de extrema-direita parece, ao contrário do que dizem os otimistas, não ter fim. Governos que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU parecem desejar a volta da Guerra Fria. A humanidade que, a princípio, parecia se recuperar e que teria a ajuda da tecnologia, não está recebendo nenhum benefício. Somente grupos que detém privilégios e não querem perdê-los, estão comandando a política, a religião e os destinos da humanidade.
Colapso
O desastroso equívoco(3) a que se refere o professor Eduardo Gontijo é aqui e agora. E, desta maneira, a ideia de Mandela confirma que nossa sociedade repete muitas coisas anteriores que mostraram sua inadequação. Este colapso está acontecendo o tempo todo, em todo o planeta, desde as tribos africanas até pseudodemocracias como no Brasil.
A deterioração da boa consciência chegou ao ponto de, no Brasil, dizerem que é a postura de “gente de bem“. Certamente, estes aqui no Brasil tem seus equivalentes em outras sociedades e culturas.
Os relatos do jornalista William Shirer, que viveu dentro dos países sob domínio dos nazistas durante a guerra, são surpreendentes. Ouvir as declarações de Himmler e Jodl durante o julgamento de Nuremberg e não associar ao que ocorre na Palestina é desumano. Ver como a mídia trata a questão atual e como tratou durante a 2a Grande Guerra é cruel, mesmo com o avanço das comunicações.
Podemos dizer que mesmo com a ONU, seus organismos e as organizações não-governamentais, a humanidade retrocede a passos largos.
O colapso da boa consciência, a ausência de responsabilidade e a falta de escrutínio público-midiático são aspectos críticos extremos. Desse modo, quando sob negligência criminosa, resultam em graves consequências para a humanidade. À luz dos avanços tecnológicos, essas falhas acentuam-se, fazendo com que a sociedade retroceda em vez de evoluir.
Boa Consciência
“Amanhã tem mais …”
P. S.
(*) . A série de nome “Hitler e o Nazismo” é um documentário produzido pelo canal de streaming Netflix. Aborda o “Julgamento de Nuremberg” em poucos episódios. Um deles “Crimes contra a Humanidade” é aterrorizante, especialmente por vermos a história se repetir atualmente.
(1) “Entre Sem Bater – Paulo Freire – Sociedade em Vertigem”
(2) “Entre Sem Bater – Madonna – Humanista“
(3) “Entre Sem Bater Eduardo Dias Gontijo – Desastroso Equívoco”
Imagem: Entre sem bater – Nélson Mandela – Crimes contra a Humanidade
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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