Húbris - Reprodução Internet

Húbris – Insolência e Arrogância

Preconceito

Existem certas coisas que são emblemáticas. Em tempos de redes sociais, esta gente estulta “decide” sobre a vida das outras pessoas, julgando e condenando, sem controle. Absolver que é bom, nem pensar, mas ter que explicar tudo, constitui-se um complicador. Contudo, faz parte de como diziam os velhos da sabedoria popular: “nem Jesus Cristo agradou a todos…”. Certamente, quando coloco palavras pouco usuais ou termos que mexem com as pessoas, os mais revoltosos ficam indóceis. Desse modo, uma sorte de impropérios surgem do nada. E, nesse sentido, somos alvo do que Aristóteles conceituou como Húbris. Acusação que, atualmente, é um crime quase inafiançável, pela agilidade e ferocidade das redes sociais.

Por outro lado, insistimos em algumas questões que dizem respeito à forma, aos objetivos e ao conteúdo que se deseja passar para as pessoas. Desse modo, sofremos um baita preconceito, de todos os lados, quando alguém ou até mesmo de forma coletiva, contrariamos alguma ideia ou proposição. Em redes sociais fica terminantemente proibido “não curtir” e, ato contínuo, apresentar argumentos contrários. Particularmente, não ligo quando algumas pessoas falam sobre mim. Classifico-as, sem dúvida, de acordo com o provérbio chinês de que deve existir uma separação entre ideias, coisas e pessoas.

É simples, segue o jogo e vamos a mais uma concepção que tem muito a ver com o que escrevo em forma e conteúdo. Este é mais um texto meio que autobiográfico, como os que escrevi em vários momentos. Sem dúvida, é uma autodefesa prévia, antes de receber a condenação como “arrogante”, “dono da verdade” e afins.

Húbris e a Filosofia

Em primeiro lugar, tenho o direito de ter minha “verdades”. Se funciona bem com muitos, eu também posso utilizar textos e áudios ( não gosto de vídeos ) para me exibir. Embora nunca tenha problema com vídeos, eles exigem atenção e capacidade cognitiva extra das pessoas que se distraem até com o corte de cabelo. Destarte, prefiro textos em que a pessoa possa ler e reler.

Húbris é uma espécie de comportamento utilizado por algumas pessoas para se defenderem da ideia de outras.

Por exemplo, quando alguém corrige a fala ou a escrita de outrem, sem se ater ao conteúdo, pratica uma tentativa de humilhação. Quem comete um equívoco ou pretenso erro merece ter uma admoestação ou correção. Nas redes sociais, existe sempre a ideia de que ao cometermos um erro, podemos replicar com um ” tô zoando “. Atuo com Internet e redes sociais muito antes de surgirem o Orkut e outras redes mais modernas.

Se, anteriormente, fiz um milhão de intervenções, nem 0,00001 % foi para praticar Húbris. Pelo contrário, muitas das vezes procurei corrigir no ” pvt ” ( somente os amigos, os inimigos merecem a morte por ignorância ). Fiz isso até receber uma resposta quando corrigi um “amigo” por ele difundir uma fake news. Certamente, não vale a pena e ainda passa-se a ideia errônea de querer ser melhor ou atitude semelhante.

O que diz respeito à forma tem total desprezo dos ignorantes, por conta de conteúdos ou ideias divergentes. Certamente, divergir virou crime capital e de ódio, tão em moda atualmente.

Húbris na prática

Em outras palavras, Húbris é o que aqueles que adoram a falácia do “Apelo à Autoridade ( Argumentum ad Verecundiam ). Sempre adotei uma ojeriza a este tipo de comportamento; e amealhei adversários e detratores. Obter um diploma de curso superior era obrigação para a “sociedade das aparências“. Do mesmo modo, devemos  concluir um mestrado e obter outras “certificações” de especialistas em títulos e marcas de fantasia.

Inquestionavelmente, sou contra este “sistema” massacrante e comercial, fazemos coisas que não queremos e não termos o Livre Arbítrio. Surpreendentemente, vemos estas “autoridades”, nas diversas atividades e ramos do conhecimento, serem aquilo que não dizem ser. Alguns profissionais são mais “deuses” do que os outros, e dentre eles cito médicos ou advogados, ou até jornalistas e outros parasitas.

Profissionais e Apelo à Autoridade

É muito comum categorias como advogados e médicos, protegidos por uma pretensa ética e suas corporações, balançarem títulos como se isto significasse alguma coisa. No caso dos jornalistas, um personagem do Chico Anysio, o Bozó, era o estereótipo do “dono da verdade” e autoridade. “… Eu trabalho na Globo, tá legal !?“.

Quando vejo jornalistas, especialmente comentaristas de política, referenciando a frases ou opiniões de segunda mão, só lamento. Ao tentarem fundamentar suas ideias com opiniões alheias ou falsas, com toda a certeza, temos alguém com pouco conteúdo.

Advogados, ou até mesmo rábulas concursados, são especialistas em usar expressões em latim que lemos algumas peças jurídicas. Assim sendo, fico pensando se os professores destes áulicos jurídicos teriam orgulho em dizer que ” aprenderam comigo …”.

Os médicos, são especialistas quando escrevem e falam, a começar pela letra. Em todo caso, o médico é uma profissão essencial e que presta, na maioria dos casos, bons serviços para a humanidade.

Minha formação básica é a Administração de Empresas, com vasta experiência em Tecnologia da Informação (TI). TI, antigamente,  recebia a denominação de Processamento de Dados. Entre profissionais de TI, esta presunção (húbris) ou arrogância expressa-se, ainda hoje, pela “sopa de letrinhas” em expansão nas redes.

Desse modo, sempre sofri ao fazer apresentações de TI quando explico as “letrinhas” ou conceitos para nivelar o conhecimento de todos. Da parte dos confrades de TI, recebo o desprezo por tentar explicar coisas que eles sabiam. Por outro lado, da parte dos ignorantes de TI, fica a crítica, por eles acharem que estão praticando a burrice.

Este é o meu calvário, não deixar ninguém na ignorância e não se apresentar como mais um na prática de húbris.

Ignorância

Ao contrário da definição e ideia fundamental de sectário ( aquele que vai à frente do séquito ), não consigo meu sursis. Estou, condenado, inexoravelmente, até pelas amplas formas e acepções vigentes, de ser um ignorante e arrogante.

Analogamente, o preconceito que a mídia pratica, especialmente com o jeito de falar de mineiros, nordestinos e figuras públicas é um exemplo. Se alguém é contrário à sua opinião, a primeira coisa que fazem é atacar o emissor da opinião, e isso é criminoso.

Estes representantes das oligarquias da comunicação são os verdadeiros ignorantes. Eu diria que estão entre os maiores praticantes da Húbris, no ” top 3 “.

Pseudointelectuais

A maioria destes pseudointelectuais não consegue nem fazer o pouco trabalho para o qual recebem muito bem. Como possuem pouco fundamento no que escrevem, escondem-se e não dão a cara a tapa. São, muitas vezes, fracos e sem preparação para muitos assuntos que se metem a escrever. Em suma, são os típicos ultracrepidários da vida moderna.

Tenho muita resistência a este tipo de profissional que não admite a ignorância em muitos assuntos e ainda quer impor sua falsa erudição. Com o advento do “Doutor Google“, qualquer perfil mequetrefe está tirando onda e se achando um não-ignorante.

Enfim, aprendi muito com algumas frases e lendo, aproprio-me e pratico as ideias e frases de filósofos como “… só sei que nada sei “, “… somos eternos aprendizes” e outras. Quem se preocupa com a forma e julga as pessoas antes de entender o conteúdo, estará fadado a morrer na escuridão mental eterna.

E, conforme a acepção não-mitológica, fico com a opção de excesso de orgulho, sem o comportamento arrogante que muitos preferem adotar. Insolente? Com certeza, especialmente se do “outro lado” existe alguém que abana “titulações”, posições superiores e quer se impor pela pseudoautoridade.

Definitivamente, mostrar conhecimento, ter nível de cultura geral acima da média, mesmo que seja para “troca”, é, atualmente, uma ofensa. Ter qualquer comportamento, mesmo que aparentemente arrogante ou que demonstre confiança, é um pé-de-briga, até nos botecos.

Cuidem-se !

P. S.

(*)

Uma crítica que recebi de um leitor indica que devo colocar uma definição além do dicionário para húbris, desse modo, ei-la:

húbris ou hybris é um conceito grego que pode ser traduzido como “tudo que passa da medida; descomedimento” e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência (originalmente contra os deuses), que com frequência termina sendo punida. Na Antiga Grécia, aludia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio, unido à falta de controle sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu caráter irracional e desequilibrado, e concretamente por Até (a fúria ou o orgulho). Opõe-se à sofrósina, a virtude da prudência, do bom senso e do comedimento.

Fonte; Wikipedia (Português)

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Imagem: Reprodução Internet

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