4 P´s e 8 P´s
Este texto faz parte da análise das questões de marketing conhecidas como P ´s. Antes do advento da Internet, ou melhor, antes do e-commerce, B2C, B2B etc. os professores da disciplina de marketing traziam livros que falavam dos 4 P ´s. Resumidamente, cada “P” ( Preço, Praça, Produto, Propaganda) era uma forma de separação das análise da disciplina de marketing para as ações do gestor.
O mundo evoluiu e com as modernas ferramentas tecnológicas, tudo evoluiu e cresceu, agora temos os 8 P ´s. Entretanto, nesta série trataremos somente dos conceitos iniciais dos 4 P ´s e como se transformaram nos dias de hoje.
Marketing
Contudo, no marketing tradicional existia, quase que como um dogma, a necessidade de definição dos 4 P ´s que transformaram-se em 8 P ´s com B2C e redes sociais.
Foram incluídos mais 4 P ´s e aí começaram as discussões dos teóricos com alguns tratando como Pesquisa, Planejamento, Produção, Publicação, Precisão, Personalização, Propagação, Promoção. Por outro lado, a turma do Preço, Praça, Produto, Promoção, Processos, Palpabilidade, Pessoas e Produtividade.
Enfim, é neste momento que empreendedor despreparado pira, e fica muito pior quando definições levam à indicação de que seriam 10, 12 ou mais P ´s.
Praça no 4 P ´s
Existem muitos mitos no mundo da administração que estão se popularizando e servindo de “muleta” para empreendedores despreparados justificarem seus fracassos e incompetências.
Desse modo, estes mitos, na maioria dos casos, que são atribuídos a terceiros ou aos “governos”, na realidade, não passam de incompetência e falta de coragem de assumir erros. Entretanto, existem alguns fracassos e erros que não tem a mínima chance de serem atribuídos aos outros. Dentre eles, a questão da localização do empreendimento ou “Praça“.
Com toda a certeza, escolher um local para instalar um empreendimento, de qualquer porte, exigia um estudo que poucos faziam ( as grandes empresas fazem com muito cuidado ).
Localização
Recentemente, vi num espaço de discussão sobre a criação de um empreendimento de base tecnológica ( alguns resumem tudo, de maneira pouco profissional e de baixa inteligência, em startup ) algumas ideias curiosas. Algumas pessoas declararam ter a “certeza” de que, para um empreendimento com base virtual ou na Internet, não era necessário preocupar-se com a localização ( praça ).
Nada mais enganador e revelador quanto ao nível de despreparo e desconhecimento do futuro empreendedor cair nesta armadilha de algum coach. Em qualquer empreendimento, a localização deve ser determinada e definida. Muito além de atender requisitos e exigências do poder público, o vendedor deve definir onde será sua base operacional, para definir a “Praça” de seus clientes.
Palanque
Se observarmos bem, a questão da localização vem sendo desprezada, diminuída, desconsiderada. Empreendedores despreparados tornam-se alvo fácil de consultores de palanque ( os tais coaches ) que afirmam que qualquer negócio pode estar na Internet não importando onde é a sede.
Mas como diz o ditado: Não existe nada tão ruim que não possa piorar. De fato, um negócio tradicional, se quiser aproveitar das benesses dos negócios “virtuais”, tem que ter a questão da localização do negócio bem planejada. Entretanto, ver empresas da mídia, editores de livros e outros, publicando ou divulgando métodos de análise da Idade da Pedra Lascada com viés de modernidade virtual, para falar da localização do negócio, é terrivelmente assustador.
Quando vejo gente bem intencionada, mas completamente mal formada, para algumas destas questões relevantes para definição da localização dizendo e escrevendo besteiras, fico triste. O tal Conselho de Administração (CRA ´s e CFA) faz pose de instituição séria mas toma um baile de entidades como SEBRAE e outras iniciativas privadas. Qualquer mequetrefe pode ser consultor organizacional de empresas que são criadas e somem do mapa em seis meses e o Conselho nem sabe como funciona o mecanismo.
É disparatado utilizar tecnologia de algoritmos ruins para “descobrir” a melhor localização, como em vi sugerirem em PEGN. Recentemente vi dois empresários investirem meio milhão de reais para demitirem todos os seus funcionários com menos de um ano de atividade. Tudo porque escolheram uma localização onde tinha um imóvel de um parente de um dos sócios e pensaram somente na “economia” de aluguel.
Praça e Empreendedores Despreparados
Empreendedores despreparados e seus gurus mal (IN)formados são assim e, desse modo, não precisa inventar moda e nem ficar aumentando o número de P ´s. Se bem que poderíamos incluir um “P” de Preparação que um mentor experiente em administração ou consultor do SEBRAE está apto a realizar a atividade.
E para qualquer empreendedor, basta entender que os P ´s são, notadamente, DOIS: Processos e Pessoas. Isto é que faz acontecer um empreendimento, especialmente quando inventam modinhas e nomenclaturas indecifráveis. Tecnologia é apenas uma ferramenta e a inovação é fazer mais processos com as mesmas pessoas e com ideias inteligentes.
Já abordei como a Geração Diploma tem parido pseudoeducadores e consultores certificados e metodologias que mais fantasiam do que ajudam. Mal sabem ler e se põem a criticar teorias e práticas exitosas e se autodenominam educadores.
Enfim, erram feio, são enganadores e pensam somente em si e em arrancar dinheiro de quem mais precisa, este pessoal não tem espaço nas médias e grandes empresas e esfola os pequenos. E depois imputam a responsabilidade ao poder público ou a outros profissionais, de maneira desonesta e pouco profissional.
(*) Texto revisado em 27ago18
Imagem: Reprodução Internet
Nota do Autor
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