Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Basta uma “Escolha Errada” para a frase de “Justin Welby tornar-se uma verdade inquestionável, nenhuma desculpa corrige.
Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente. Uma adaptação textual, com redução, pode ter publicação em sites e outros blogs, como o “Recanto das Letras“.
As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Justin Welby
Justin Welby é, por assim dizer, um contemporâneo. Desse modo, quando ele fala sobre alguma escolha errada, e pode associar com a questão religiosa, faz muito sentido. Por isso, entendemos que somos responsáveis pelas nossas escolhas, e devemos assumir as consequências.
Justin Portal Welby GCVO PC (nascido em 6 de janeiro de 1956) é um bispo anglicano britânico que serve como 105º arcebispo de Canterbury desde 2013. Welby foi anteriormente vigário de Southam em Warwickshire e mais tarde serviu como reitor de Liverpool e bispo de Durham. Como Arcebispo de Canterbury, ele é o Primaz de toda a Inglaterra e o chefe simbólico primus inter pares da Comunhão Anglicana mundial. A teologia de Welby é vista como uma representação da tradição “evangélica aberta” dentro do anglicanismo. Ele trabalhou no mundo dos negócios antes de sua ordenação, e algumas de suas publicações exploram a relação entre finanças e religião. Como membro da Câmara dos Lordes, fez parte do painel da Comissão Parlamentar de Padrões Bancários de 2012.
Fonte: Wikipedia (Inglês)
Escolha Errada
O poder das escolhas desempenha um papel fundamental tanto na vida pessoal e, sobretudo, nas hierarquias organizacionais.
A capacidade de fazer escolhas de forma ética é crucial para o bem-estar e o sucesso, seja a nível individual ou coletivo. Uma escolha errada ou certa, na maioria dos casos, terá uma avaliação após os resultados. Desse modo, muitos são os fatores sob observação, quando temos à nossa disposição diferentes opções.
Espada de Dâmocles
Existe um conceito que sabemos dele na prática, de nome seleção negativa(1), que nos leva a acreditar que nada é por acaso. E, como se não bastasse, as pessoas não ligam muito para escolhas erradas pois não assumem o banquete de consequências(2). Desta forma, a teoria do livre arbítrio passa longe das escolhas pessoais e dos processos de seleção das organizações.
É muito comum, e posso dar vários testemunhos, de que recrutadores ou quem contrata, não o faz pelo currículo “excessivo” do candidato(*). Certamente, são incompetentes e sentem uma “Espada de Dâmocles“(3) a cada escolha errada que fazem.
Seleção Negativa
A seleção de pessoas nas organizações e governos, muitas vezes por parte de ditadores e déspotas, pode ter consequências extremamente negativas. Quando a escolha das pessoas resulta de escolhas negativas, é provável que a chance delas trilharem alguma escolha errada, aumente.
O paralelo entre as escolhas erradas na vida pessoal e a seleção proposital de pessoas incompetentes não é uma raridade. Em contextos organizacionais e governamentais, as implicações e os desafios de uma escolha errada provocam um dano coletivo.
Ditadores e déspotas praticam a seleção negativa objetivando a manutenção de seu poder e evitando ameaças. Isso se manifesta na nomeação de colaboradores ineficientes, corruptos ou leais apenas ao líder. Em outras palavras, indivíduos competentes e íntegros são uma ameaça real a todo e qualquer processo espúrio. Uma escolha errada, proposital ou não, mina a eficácia e a legitimidade das instituições, prejudicando a sociedade como um todo.
Escolhas na Vida Pessoal
Nas vidas pessoais, as escolhas desempenham, sem dúvida, um papel crucial no desenvolvimento e na realização individual. Desde decisões cotidianas até as que moldam o curso de uma vida, as escolhas influenciam diretamente o bem-estar de uma pessoa. Escolhas sobre a carreira profissional, relacionamentos, saúde e estilo de vida impactam significativamente o futuro de um indivíduo.
Desse modo, desde qual roupa usar numa manhã, até a carreira profissional a seguir, tudo é uma escolha que pode dar certo ou errado.
Sem este papo de coach de autoajuda ou mentor, afirmo que a responsabilidade pelas escolhas é das pessoas. Quando um recrutador entrega algumas opções de currículo, para o contratante, deveria refletir quem ele deve atender. Raramente, nestes casos, o recrutador pensa na organização, mas em agradar quem está contratando.
As escolhas pessoais, quase sempre, refletem a situação das redes sociais que buscam a aceitação e o bom mocismo. Acabou !
Um paralelo entre as escolhas na vida pessoal e a seleção negativa nas organizações reside nos impactos de tais decisões para o coletivo. Assim como uma escolha errada (pessoal) pode gerar e exigir esforços significativos para correção, nas organizações é pior.
Por exemplo, um subordinado, executando uma ordem do chefe, provoca um erro e dano grave à organização. Este chefe, escondendo-se atrás de seu poder e autoritarismo, responsabiliza o executor da sua ordem com uma demissão. Pode parecer uma narrativa qualquer, mas acontece atualmente, em muitas instâncias.
As Consequências
Tanto a nível pessoal quanto institucional, uma escolha errada leva a um desperdício de recursos, perda de confiança e desestabilização. Indivíduos e organizações enfrentam desafios significativos ao lidar com as consequências de uma escolha errada. Ou seja, elas resultantam de decisões com fundamentação precária ou de seleções propositadamente prejudiciais.
Inquestionavelmente, a superação das consequências de uma escolha errada exige reflexão, responsabilidade e ação corretiva. A busca por soluções e prevenções eficazes são essenciais para mitigar os impactos negativos e restabelecer a confiança nas pessoas.
Em suma, uma escolha errada na vida pessoal ou uma seleção negativa proposital geram imprevisíveis e, provavelmente, devastadores.
A conscientização sobre a importância de fazer escolhas razoáveis e promover seleções justas e competentes é fundamental. Os filósofos de redes sociais que propagam o “…tome decisões conscientes para mudar sua vida e ter sucesso“, cometem um erro grave. Eles não sabem, certamente, metade do que se passa com as pessoas e ficam cagando regrinhas em plataformas para milhões de pessoas. Não importa se são influenciadores com milhões de seguidores ou “top voices“, são falaciosos.
Enfim, não existe eficiência e justiça em processos que a escolha errada tenha uma desculpa na ponta da língua.
A espada de Dâmocles estará sempre sobre a cabeça dos seres humanos que têm menos poder, #FicaaDICA.
“Amanhã tem mais …”
P. S.
(*) As plataformas de recrutamento automáticas são fruto de uma escolha errada que muitas pessoas e contratantes fizeram e não se arrependem, ainda.
(1) “Seleção Negativa (política) – Wikipedia”
(2) “Entre sem bater – Robert Stevenson – Banquete de Consequências”
(3) “Dâmocles – Wikipedia”
Imagem: Entre sem Bater – Justin Welby – A Escolha Errada
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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