Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. É provável que a consistência das frases nas obras de Albert Camus sejam originárias de um bom ou mau “Argumento” de cada uma delas.
Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.
As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Albert Camus
É provável que Camus tenha escrito centenas de frases em suas obras que se aplicam, ainda hoje, em muitas situações. Desse modo, estaria ele comprovando a sua tese sobre um argumento e as reflexões que provoca.
Albert Camus ( Mondovi, 7 de novembro de 1913 – Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa. Posteriormente, situou-se próximo das correntes libertárias durante as batalhas morais no período pós-guerra. O seu trabalho profícuo inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios. Nestas peças desenvolveu um humanismo a partir de uma consciência do absurdo da condição humana. Para Camus, a revolta como uma resposta a esse absurdo leva à ação e fornece sentido ao mundo e à existência. Daqui “Nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer”. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1957. Suas obras principais são The Stranger (O Estrangeiro), The Plague (A Peste), The Myth of Sisyphus (O Mito de Sísifo).
Fonte: Wikipédia (Português)
Argumento
Albert Camus escreveu, com propriedade, que o argumento só presta se quem ouve ou o lê parar e fazer uma reflexão do argumento e contexto.
Em sua obra “A Peste” uma de suas muitas frases têm aplicação direta no atual conflito entre Rússia e Ucrânia.
“… Quando começa uma guerra, as pessoas dizem: “É muito estúpido; não pode durar muito.” Mas embora a guerra possa ser “estúpida demais”, isso não impede que ela dure. A estupidez tem o dom de conseguir o que quer; como veríamos se não estivéssemos sempre tão envolvidos em nós mesmos…”
Como se não bastasse, muitas outras experiências do autor, estão em suas obras literárias, que poderiam ser relatos de uma vida.
Filosofia
Sem estar no rol dos filósofos, de acordo com a definição tradicional de filósofo, Camus era um pensador que colocava nas suas histórias a filosofia. Em outras palavras, era um jornalista que via nas situações do cotidiano, o argumento para escrever e passar ensinamentos. A cada trecho de suas obras, mostrava sua vertente humanista e filosófica.
Inteligência Artificial
O tema Inteligência Artificial (IA ou AI, da expressão em Inglês) ganhou as redes sociais e causou furor.
Numa determinada plataforma ( LinkedIn ) alguns perfis podem realizar enquetes que são bastante interessantes. Um destes perfis propôs uma abordagem interessante com um argumento que avança na mídia global.
A pergunta:
A inteligência artificial deve ser freada?
Argumento:
Pesquisadores lançam manifesto pedindo diminuição no ritmo das pesquisas (texto que antecede a enquete).
Opções
- Sim, ela saiu do controle
- Não se pode impedir a inovação
- Basta fazer bons usos dela
- Outro (diga nos comentários)
Conclusões
Os resultados em si não possibilitam muitas conclusões, #IMO, entretanto, todo o trabalho suscita mais perguntas do que respostas e conclusões.
Dos mais de 800 votos, SIM teve 25% das preferências e, por outro lado, NÃO teve 28%, o que soma-se, grosso modo, 53%. Contudo, a opção “em cima do muro” obteve 45% dos votos. Portanto, podemos dizer que a maioria não quer freio, ou que tanto faz frear ou acelerar as pesquisas, basta fazer “bom uso“.
Ora… ora… ora, diria o narrador esportivo, a pergunta era sobre colocar freios, acelerar ou fazer um “punta-taco“?
Na boa, como fui um piloto de competição sem nenhum êxito, acho que fico com o punta-taco.
Mas, enfim, não adianta explicar muito uma guerra perdida, ou como disse Camus que, #IMHO, não existe argumento aplicável em muitos casos. Portanto, se a maioria já tem suas conclusões prontas ou nem entendeu os argumentos e a pergunta, não existe opção correta.
Resta saber somente se bons e maus usos de uma tecnologia estão previstos nas decisões desta tecnologia ou na cabeça de quem a utiliza. Certamente, nenhum algoritmo vai tomar, por enquanto, uma decisão que não seja de quem, para o bem ou para o mal, opera a IA.
P. S.
Este texto estava pronto, aguardando somente o fechamento da enquete e resultados finais. Portanto, a data da publicação é anterior, a crítica/análise teve sua formação a partir dos comentários e resultados parciais. Sou um crítico contumaz de enquetes em redes sociais por suas características pouco confiáveis. Entretanto, entendo e participo de muitas por considerar que podemos obter ao menos um argumento em cada uma delas. Sendo assim, com ao menos um argumento (mau ou bom), podemos exercitar o que propôs Camus.
Imagem: Entre sem Bater – Albert Camus – Argumento
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.