Identificar um criminoso pode ser muito difícil, especialmente se grande parcela da população tem o desejo de ser como o meliante.

Identificar um criminoso pode ser muito difícil, especialmente se grande parcela da população tem o desejo de ser como o meliante.
As redes sociais impedem, inquestionavelmente, diferenciarmos as pessoas e as coisas normais das anormais. Perdemos o eixo da normalidade.
Com efeito, não importa a classe social, o gênero ou raça, o desperdício é uma espécie de esporte nacional, menos para os famélicos.
Após nove anos de uma tragédia anunciada, temos muito desalento e desesperança para muitos que não mais acreditam em Justiça ou punição.
A população que segue influenciadores no Brasil e no mundo não tem a mínima noção do poder que deram a eles. Aceitemos que dói menos.
A ideia de pena de morte ser somente aquela em que pessoas presenciam a execução de alguém é muito pobre para a realidade de muitos.
O mundo mudou, as pessoas, que formam o que chamamos de humanidade, parecem gostar de retroceder, mesmo com as tecnologias que dispomos.
A hipocrisia das elites com a realidade cruel das favelas ultrapassa a janela de nossas casas e chega às redes sociais exalando podridão.
As guerras religiosas, quase todas monoteístas, têm participação, ainda hoje, dos judeus e outros praticantes da intolerância.
O povo gaúcho está vivendo um tempo de coisas ruins. Entretanto, reconhecê-las é necessário, até para poder fugir de falácias e paralogismos.
É impressionante como muitas pessoas admiram criminosos, ainda mais quando uma fora da lei, como Nelma Kodama, ganha um documentário.
A humanidade está escolhendo caminhos estranhos. Quando o ambientalismo torna-se pauta da mídia, como se fosse bricolagem, é porque perdemos.
A humanidade apresenta espasmos de civilidade e racionalidade. Milhões de mortes, muitas vezes, não sensibilizam nem pessoas próximas.
Desde que o filme “The Day After” impressionou o ator Ronald Reagan, nunca mais o mundo foi o mesmo, até ontem …
As vítimas do crime da Samarco (apud Vale e BHP) sofrem com o decálogo da impunidade e as rasteiras do poder público.
A cada aniversário do crime ambiental, a resistência humana das vítimas e atingidos vai se esvaindo. Um crime sobre outro crime brutal.
A tragédia de Mariana não foi acidente. Foi crime contra a vida humana e ambiental, planejado e urdido pela ganância de muitos.