Profissões de Futuro - Amarido

Profissões de Futuro

Profissões de Futuro

Tenho participado de alguns grupos de interesse, que estão debatendo o futuro das profissões. Este tipo de debate permite indicar o que e quais seriam as profissões de futuro. Tendências no presente surgem através de temas como “Law Tech“, “Legal Tech” “Inteligência Artificial” e muitos outros mais. Se colocar algum prefixo ou sufixo com “tech“, “digital”, “net”, “web” ou termos como “aceleradora”, “startup” pode ficar atento. Seu emprego está sob ameaça de extinção ou sua ocupação nem existe mais, consulte a tabela de ocupação da RFB.

O mais curioso é que a maioria dos debatedores deste tipo de grupo, estão com posicionamento antagônico. Em um tempo, abrem-se para a discussão com adolescentes e pós-adolescentes tardios sobre o futuro profissional. Nesse ínterim, apegam-se a grades curriculares do atraso, retrógradas, aviltantes e engessadas.

Certamente, algumas ou muitas profissões estarão extintas em cinco anos. Da mesma forma como digitador, controlador de qualidade, operador de computador ( que alguns queriam “regulamentar”) não existem mais. Ou, por outro lado, só mudaram de nome com certa desqualificação,  redução de salário e precarização das atividades. Certamente, algumas profissões deixarão de existir, e muitos farão vestibular para iniciarem um curso de cinco anos que o desqualifique.

Tecnologia

Sou profissional de tecnologia e passei por muitas reformas e mudanças nas últimas cinco décadas. De um curioso que fazia cursos por correspondência das profissões de futuro (Instituto Universal – IUB) a técnico de eletrônica formado pelo CEFET-MG. Certamente, não foi uma trajetória fácil ou maravilhosa como as que observamos nos relatos de redes sociais. Dali até auditoria e consultoria em tecnologia, que também considerei no rol das profissões de futuro, vivencio uma história árdua.

A bagaça tinha nome de Processamento de Dados. Portanto, só quem viveu sabe o que mudou quando começam a falar de disruptura e outros “maneirismos”. A revolução informacional tomou conta, não apenas de mentes, mas dos corações.

Educação

Trabalho educando outras pessoas há muitos anos. Desde que comecei a cursar alguma faculdade, usava meus conhecimentos para ajudar outras pessoas. A teoria de que o conhecimento é livre, bem ao estilo disseminado pelas práticas do Software Livre e Código Aberto, vem desde cedo. Gosto, particularmente, de dar aulas de tecnologia para estudantes de áreas que não sejam de tecnologia.

A tecnologia é fundamental para a evolução das profissões e da utilidade de cada uma destas profissões para a humanidade. Assim como a filosofia e sociologia, tecnologia de verdade deveria estar na grade curricular desde o ensino médio ou até mesmo fundamental. Assim sendo, as pessoas teriam mais intimidade com a tecnologia na profissão que irão exercer.

Não se animem muito.

Por outro lado, quando falo de tecnologia no ensino médio não falo da permissividade de smartphones em salas de aula para satisfazer desejos pueris. Algumas profissões, que são completamente dispensáveis sob a ótica da utilidade para a humanidade, deveriam ter eliminação sumária.

Law Tech e Legal Tech

Produzirei uma série de posts para dar meus palpites sobre o que os epistemólogos espalhados pelo mundo estão falando sobre as “novas” profissões. Ou seriam velhas profissões que travestem-se com uso de tecnologias e apps para aparentarem ser diferentes?

Enfim, resolvi por esta série para tentar mostrar para alguns advogados e contadores que a profissão deles, como está hoje, terá um fim. Não será o corporativismo e nem mesmo as maracutaias da legislação protetora e arbitrária que regularão o mercado de trabalho. É provável que nunca mais se ouçam expressões como rábulas e guarda-livros, mas estarão em textos desta temática.

A proposta é falar de profissões novas, e de coisas que agreguem funções similares às de profissões tradicionais. Da mesma forma, debater sobre como as atividades dos profissionais do processamento de dados uniram-se às atividades dos profissionais das comunicações e telefonia. Isto sem falar dos sindicatos das respectivas categorias pararam no tempo. Outras profissões aparecerão ou mudarão de nome, e estarão à disposição de quem conseguir promover a própria disruptura (pensar fora da caixinha).

Certamente, aqueles que fugirem do conto do vigário da terceirização e do trabalho independente em casa, poderão se salvar.

Bem vindo às profissões de futuro !

 

Charge: Amarildo

Nota do Autor

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