Entre sem bater – Otto von Bismarck – Insegurança Social

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Com toda a certeza, Otto von Bismarck, sabia dos perigos e ameaças da “Insegurança Social“.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Otto von Bismarck

Em primeiro lugar, existem alguns personagens da História da humanidade que proporcionaram mudanças no mundo. Otto von Bismarck foi uma destas figuras que, raramente, tem suas ideias, citações e referências como alvo de estudos e análises. Desse modo, pode parecer estranho nesta trilha (Entre sem bater) a colocação de algumas frases e pensamentos, como Bismarck.

Otto von Bismarck , na íntegra Otto Eduard Leopold, Fürst (príncipe) von Bismarck, Graf (conde) von Bismarck-Schönhausen, Herzog (duque) von Lauenburg.  Nasceu em 1º de abril de 1815, Schönhausen, Altmark, Prússia (atual Alemanha) e faleceu em 30 de julho de 1898, em Friedrichsruh, perto de Hamburgo. Primeiro-ministro da Prússia (1862–73, 1873–90), fundador e primeiro chanceler (1871–90) do Império Alemão. Logo após o início do império, ele, ativamente e habilmente, perseguiu políticas pacíficas nas relações exteriores. Conseguiu, a princípio, preservar a paz na Europa por cerca de duas décadas. Contudo, nas políticas domésticas seu patrimônio era menos benigno, pois ele falhou em superar as tendências autoritárias de suas origens.

Fonte: Britannica.Com (Inglês)

Insegurança Social

Surpreendentemente, fazem quase 200 anos que Otto von Bismarck fez um discurso e ponderou sobre a insegurança social. A princípio, é difícil entender como alguém faz um discurso para uma plateia seleta, com algumas ideias “fora da caixinha“. O mais intrigante é que em países, como a República da Panákia⁽¹⁾, déspotas a serviço das oligarquias verdadeiras, ignoram situação idêntica.

A insegurança social que o país enfrenta há décadas teve, aparentemente, um refluxo de vinte anos. Entretanto, recrudesceu nos últimos dez anos e a pandemia provocou uma verdadeira convulsão que contradiz a ideia de Bismarck.

Frases como “… acorda !” ou “… já passou da hora do povo acordar…” são completamente inúteis. Movimentos sociais como o Fome Zero, de décadas atrás, geraram pouca ou nenhuma consciência política. Como se não bastasse, a população aceita passivamente suas mazelas como desígnios divinos.

Outro dia, numa dessas filas a que nos submetemos atualmente, ouvi uma frase que me fez refletir e escrever este texto.

Dizia uma mulher, sobre uma demanda na área de saúde, sobre atendimento para sua filha:

• “… temos que nos conformar e o pastor disse que temos que deixar nas mãos de Deus …”.

Desse modo, podemos reproduzir milhões de comportamentos passivos, ante a insegurança social decorrente da fome, desemprego e desalento. Se bem que, alguns serviçais das oligarquias abusam da fé e passividade da população para viverem na opulência ou com as migalhas dos déspotas.

Consciência Política

Quando uma mãe, em aparente situação de desalento, abre mão de tudo e de seus direitos básicos, é porque atingimos a insegurança social máxima. A força da alienação⁽²⁾ é muito forte, e mesmo com a potente insegurança social, consegue arrebatar mentes e corações.

A nação esteve, com ajuda de milhões de brasileiros, à beira do precipício, e muitos ainda acreditam que se salvarão.

A política social nas cidades está completamente na contra-mão de qualquer noção de igualdade ou equilíbrio. Chegamos ao ponto de vereadores apresentarem projeto para retirar dos moradores de rua, seus pertences. Desse modo, uma cidade como Belo Horizonte, coloca agentes públicos para tirarem cobertores de quem dorme na rua.

Se este tipo de insegurança social não afeta as pessoas, é sinal de que muita coisa errada ainda está por vir. Portanto, não me surpreendo com as notícias dos grandes portais que só falam em violência social e humana. O filósofo estava certo, e Otto von Bismarck, embora defendendo as oligarquias, pensava de maneira mais correta do que déspotas tupiniquins.

A classe operária tupiniquim estará precisando de algum Otto von Bismarck? Se estiver, certamente, o mundo acabou. Contudo, até se consumar o fim do mundo, as oligarquias vão ao paraíso, sentem-se seguros e propagam mentiras.

Perdemos, sem dúvida, o tempo de mudar a humanidade⁽³⁾, e a ratoeira sempre existiu.

 

⁽¹⁾ “República da Panákia – da origem ao futuro”

⁽²⁾ “Entre sem bater – Milton Santos – Força da Alienação”

⁽³⁾ “Entre sem bater – Léon Tolstói – Mudar a Humanidade”

 

Imagem: Entre sem bater – Otto von Bismarck – Insegurança Social

Nota do Autor