Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. C. S. Lewis, um legítimo teólogo leigo, certamente enfrentou muitos “Homens Maus“, cristãos e ateus.
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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
C.S. Lewis
Clive Lewis teve, com toda a certeza, uma experiência riquíssima em escrever sobre o que vivenciou e suas teorias. Desse modo, suas ficções, notadamente “As crônicas de Nárnia“, trazem a grande realidade como algo real. Suas conexões com assuntos cristãos e de fé, ainda provocam surpresas nas pessoas. Por isso, acredito que essas ideias mostram a força da alienação(1) que reina no mundo virtual e real.
Clive Staples Lewis, FBA (C. S. Lewis, 29 de novembro de 1898 – 22 de novembro de 1963) foi escritor, estudioso literário e teólogo leigo anglicano. Ele ocupou cargos acadêmicos em literatura inglesa na Universidade de Oxford e na Universidade de Cambridge. Ele é mais conhecido como o autor de As Crônicas de Nárnia, mas escreveu outras obras de ficção. Títulos como The Screwtape Letters e The Space Trilogy, por exemplo, representam sua apologética cristã não ficcional. Lewis era amigo íntimo de J. R. R. Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis. De acordo com suas memórias (Surprised by Joy – 1955), ele foi batizado na Igreja da Irlanda, mas se afastou de sua fé na adolescência. Lewis voltou ao anglicanismo aos 32 anos, devido à influência de Tolkien, tornou-se um “leigo comum da Igreja da Inglaterra “. A fé de Lewis influenciou seu trabalho, e suas transmissões de rádio durante a guerra sobre o cristianismo lhe renderam grande aclamação. Lewis escreveu mais de dezenas de livros que foram traduzidos para mais de 30 idiomas. Os livros que compõem As Crônicas de Nárnia são os que mais venderam e se popularizaram nos palcos, na TV, no rádio e no cinema. Seus escritos filosóficos são amplamente citados por estudiosos cristãos de muitas denominações.
Fonte: Wikipedia (Inglês)
Homens Maus
A princípio, gosto de escrever sobre frases curtas e de personagens como C. S. Lewis, que tem ideias divergentes de muitos. Por outro lado, algumas manifestações de quem lê uma frase curta como esta, provoca interpretações cheias de perplexidade(2). Desse modo, é a magia que estamos pretendendo, de provocar o debate sobre ideias “fora da caixinha“.
O contexto de C. S. Lewis, para a frase-chave em destaque neste texto, está numa publicação de nome “Reflexões sobre Salmos“. É a ideia de um religioso, sobre um trecho de um livro religioso, temos uma boa fonte para a polêmica quando se avalia homens maus.
O bem e o mal
A partir da ideia central, C. S. Lewis fala de sobrenatural, e, como se não bastasse, abre a possibilidade de caminhos do bem e do mal(3). Entende o religioso que de um lado estão a santidade, o amor e a humildade. De outro, estão o orgulho, a justiça com as próprias mãos e a perseguição. Estando em lados opostos, o bem e o mal se alinham aos interesses que quem comanda uma legião de seguidores sem rumo.
É provável que o contexto que levou C. S. Lewis ao pensamento do texto fosse completamente diferente da atualidade. Se, naquele momento, a Guerra Fria e movimentos de contracultura proliferavam, atualmente, a babel tecnológica coloca as pessoas na perdição.
Desse modo, fica impossível fazer associações e análises sobre os homens maus religiosos serem piores ou melhores. Contudo, os representantes religiosos estão com níveis altíssimos de maldade nos pensamentos e ações.
Derrota
O bem está sendo derrotado de maneira escandalosa pelo mal, homens que deveriam pregar a fé, defendem armas e atacam as liberdades individuais. Como se não bastasse a prática de rituais de seitas, muitos destes homens maus religiosos, ainda avançam sobre quem os questiona.
Analogamente aos tiranos e gurus de seitas de fanáticos, muitos são os homens de bem que transformam-se em maus, atacando amigos e familiares. Exemplos recentes no Brasil fariam qualquer pregador religioso de séculos anteriores tremerem de medo.
Enfim, uma profecia de C. S. Lewis se confirmou, os chamado divino não tornou nenhum destes homens religiosos melhores. E, desse modo, ficam cada vez piores, bem de acordo com a cartilha dos líderes de seitas.
No Brasil, exemplos como Edir Macedo, Malafaia, Feliciano, Valadão e tantos outros são a prova cabal dos males que estes homens provocam. Inquestionavelmente, Os homens maus religiosos avançam sobre a fé dos bons homens.
(1) “Entre sem bater – Milton Santos – Força da Alienação”
(2) “Entre sem bater – Miyamoto Musashi – Perplexidade”
(3) “Entre sem bater – Sócrates – Um bem e um mal”
Imagem: Entre sem bater – C. S. Lewis – Homens Maus
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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