Entre sem bater - Francis Bacon - A Mentira

Entre Sem bater – Francis Bacon – A Mentira

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Com toda a certeza, Francis Bacon viveu no auge da “instituição do Dia da “Mentira“. Entretanto, o pensador não queria cunhar nenhuma frase engraçada e muito menos que a utilizássemos nesta data.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Francis Bacon

Pouco depois da adoção do Calendário Gregoriano, nasceu Francis Bacon. Desse modo, ele pode vivenciar o esplendor das pegadinhas com os tolos que insistiam no 1° de abril como o ano novo. Assim sendo, Francis Bacon teve muitas oportunidades de “laboratório” para refletir o que leva as pessoas a praticarem a mentira.

Francis Bacon1º Visconde St. Alban (22 de janeiro de 1561 – 9 de abril de 1626), ou Lord Verulam, foi um filósofo e estadista inglês que atuou como Procurador Geral e Lorde Chanceler da Inglaterra . Bacon liderou o avanço da Filosofia Natural e do método científico. Seus trabalhos permaneceram influentes mesmo nos estágios finais da Revolução Científica. Bacon foi chamado o pai do empirismo.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

A Mentira

1° de abril

A princípio, é complexo escrever sobre esta data, corremos o risco de sofrermos com o descrédito pela tolice das pessoas com muitos assuntos. Desta forma, tudo sobre o tema “mentira”, deve ser alvo de reflexão, até para não julgarmos as pessoas de maneira imprópria.

De fato, o dia 1° de abril(1) não é uma lenda urbana ou um costume deste ou daquele país. Desde que o Calendário Gregoriano passou a ser referência para as maiores concentrações populacionais, o dia 1° de abril deixou de ser uma data de comemoração. Anteriormente, era a data indicativa da mudança de ano ( o nosso atual 1° de janeiro ).

Desse modo, como antigamente não existia Internet e as comunicações eram lentas, muitos continuavam comemorando o “ano novo” em 1° de abril. As brincadeiras  ( sim, já existia a tal zoação ) eram inevitáveis e, surpreendentemente, muita gente continuava incrédulo. Analogamente, podemos dizer que é como algumas pessoas, ainda hoje, têm a “certeza” que a Terra é plana ou que se receberem uma vacina “viram jacaré”.

A Mentira Boa e Ruim

A maioria das pessoas, sobretudo aqueles(as) que se apegam a preceitos religiosos, entendem a mentira como um pecado. Como se não bastasse, não conseguem nem acompanhar as ideias de um dos livros deles (e. g. Bíblia) e querem interpretar à maneira de cada um.  Mesmo que exista um mandamento (“Não darás falso testemunho contra o teu próximo“) muitos não o seguem. Por outro lado, em Provérbios 12:22 diz “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade“, e muitos destes apontam seus dedinhos sujos na direção dos outros. Em outras palavras, e sem querer criticar somente os hipócritas de Bíblia na mão, todo mundo mente, sob várias circunstâncias.

Desse modo, tenho uma teoria que se alinha com a frase de Francis Bacon. Se, por exemplo, para fazer uma pessoa feliz com uma pequena ação, basta inventar uma história, logo a mentira é boa. Contudo, se narrar uma história cheia de detalhes para prejudicar alguém ou levar vantagem pessoal, a mentira é má. No meio do caminho fica a meia-verdade em que não sabemos nada sobre as “metades” verdadeiras ou falsas. Com toda a certeza, toda verdade é relativa.

Em suma, tudo depende do quão a mentira, que passou pela sua mente, mergulhou e aprofundou-se nela, e corrói você, com prejuízo ou danos para outras pessoas.

Pecados Capitais e Digitais

A pose de pessoas que proclamam o “eu nunca minto” é o primeiro sinal de uma pessoa que adora a mentira.

Verdade e mentira coexistem, e são, em última instância, melhores do que meias-verdades, que sempre prejudicam alguém.

Temos, atualmente, as redes sociais expandindo suas mentiras tanto que quase todas abrigam especialistas na mentira. De gente comum a psicopatas, sem esquecer dos sociopatas (gente de bem) que variam sua graduação em função de seu público.

Escrevi muito sobre o tema(2)(3)(4)(5) e as reações das pessoas aqui mesmo neste Blog foram decepcionantes, pois as pessoas devem preferir a mentira.

Afinal, deve ser complexo e exigir muita reflexão pedir para as pessoas pensarem sobre o que leem. Assim sendo, poderiam responder em menos de um segundo aquilo que não conseguem em cinco minutos.

Desse modo, sigo na doce ilusão de que, se a verdade não ferir mais do que a mentira não deve entrar na lista dos pecados capitais dos cristãos.

É provável que, um dia, com a evolução da Inteligência Artificial (AI) as mentiras sejam detectáveis ( OPS! #SQN ).

Eu diria, para finalizar que: “... é verdade este bilete“.

 

(1) ver “Dia da Mentira” no Wikipedia.

(2) “Pecados – A origem e o mundo digital

(3) “Do ódio gerado por uma meia-verdade

(4) “Pecados Capitais – Do Século IV ao Século XXI

(5) “Hipocrisia cristã e as redes sociais

 

P. S.

Pensei, de fato, em escrever sobre este tema noutra data, mas o efeito nunca seria o mesmo. #IMHO. Peço desculpas por não reproduzir nada que façam sorrir a todos. Certamente não sei o que é pior, o 1° de abril ou o “pavê ou pacumê“.

 

Imagem: Entre sem Bater – Francis Bacon – A mentira

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

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