o Mundo e o voto binário
As coisas são simples: é Verdadeiro ou é Falso. Positivo ou Negativo. Fato ou Mito, assim, temos o voto binário neste planeta orientado a objetos.
Desta simplicidade, alguém muito inteligente, viu que computadores podem ser (e são) extremamente poderosos. Desse modo, até a falsa inteligência artificial (IA) protagoniza situações que não me deixam mentir. A imagem que ilustra este texto é o exemplo claro; ou é “I” porque tem luz ou é “O” porque não tem. Ligado ou desligado e portanto, é assim que funcionam os computadores.
Diz o filósofo que “o FALSO só não está correto, o VERDADEIRO está correto, então não existe FALSO OU VERDADEIRO, existem, para cada pergunta, respostas. O resto são interpretações…”. E, desse modo, a patuleia que não entende de interruptor de energia, fala de voto como se fosse algo complicado ou cheio de mistérios.
Com todo respeito ao filósofo, sou cartesiano, pão-pão queijo-queijo; pau é pau; pedra é pedra. Em outras palavras, mineiramente falando, o Pelé, quando disse que brasileiro não sabia votar, acertou no efeito sem conhecer a causa.
Eleições
Desse modo, debater sobre votos e eleições, é perceber que o eleitor brasileiro é um tolo. Ele nem sabe como funciona a máquina de engolir e consumir desejos particulares de voto. E, com toda a certeza, este eleitor quer tergiversar sobre FALSO ou VERDADEIRO (devem ser seguidores do filósofo ou adeptos de Pokemon.Go).
Vamos lá… algumas afirmações sobre eleição e minhas afirmações sobre elas. Posteriormente, outros textos esclarecedores (e cartesianos) serão publicizados. Adicionalmente, escreverei sobre os tipos de voto como o utilitário, de gente nula etc. Curiosidades como, por exemplo o voto útil, o eleitor nulo e o “Voto não obrigatório”(1).
O Voto binário existe
“Voto em branco vai para quem está ganhando”
Esta lenda é do tempo da apuração
no bico de pena. Como se não bastasse, Incautos ainda acreditam.
Naquele tempo, voto em branco era objeto de fraude
para quem o escrutinador desejasse sufragar multiplamente.
“É possível uma pessoa votar no lugar de outra”
Se, anteriormente, já era possível esta fraude sem a máquina de votar (aka Urna Eletrônica),
depois de utilizadas tecnologias de maneiras impróprias, ficou até mais
fácil e, de acordo com especialistas, sem deixar rastros.
“Se mais de 50% dos votos forem nulos, a eleição sofrerá anulação”
Mesmo que os legisladores eleitorais, ano a ano,
deixem isto bem claro, muita gente vive repetindo
esta asneira. Voto nulo não é a mesma coisa
que votos judicialmente anulados, dentre outras diferenças.
“É possível eleitores falecidos votarem”
Surpreendentemente, é comum algumas pessoas (mesários ou não) sabendo que o
eleitor X faleceu, darem uma “forcinha” para o candidato preferido
sufragando no lugar do “de cujus“.
“Quem não votou na última eleição não pode votar”
Esta nem se sabe o motivo que existe; certamente deve ser por conta de sabermos
em que fulano tem a intenção de votar e sabendo que não votou na eleição
anterior, brincarmos de “não votou, agora não pode mais“. Entretanto, o TSE indica que três ausências,
sem justificativa, em eleições seguidas, podem cancelar o título.
“Depois da eleição é possível saber em que candidato o eleitor votou”
Antes da máquina de votar a pessoa que identificasse seu voto ele sofreria anulação.
É um direito constitucional, o sigilo de quem nós escolhemos no voto; entretanto,
exames de peritos computacionais indicam que é possível saber em quem um eleitor votou.
“Nas eleições para vereador e deputado, quem tem mais votos sempre é eleito”
Eleições proporcionais (vereador, deputado estadual e federal) dependem de um coeficiente eleitoral
em que fatores e cálculos determinam os eleitos.
Assim sendo, é possível um deputado com determinado número de votos nominais ser eleito. Por outro lado, quem teve mais votos nominais pode ficar de fora da lista de diplomados.
Falso ou Verdadeiro
Enfim, um antigo professor dizia: “meus meninos, entendam; esta é a verdade, se estivesse escrito diferente, poderia ser falso, mas desta forma é a verdade”.
Em provas de concurso público, é comum pegadinhas somente com escolhas de Falso ou Verdadeiro. Geralmente, quando alguma coisa vem com adjetivos ou substantivos adjetivados, CUIDADO, pode ser uma cilada. Prefira sempre FATOS a OPINIÕES.
Assim sendo, não peguem frases falsas e tratem como afirmações verdadeiras. Nem sempre as pessoas sabem o que estão falando.
(1) “Voto não-obrigatório. Solução?”
Imagens: Reprodução Internet
Nota do Autor
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