Repensando a Educação
Repensando a educação é um posicionamento das pessoas que tornou-se uma questão de primeira necessidade.
A questão da educação é pilar e base para tudo na vida. Podemos dividir, grosso modo, o que chamamos de educação, em duas vertentes: Educação formal, educação familiar. E aqui não vamos confundir educação com nível cultural ou quantidade de títulos e diplomas.
Existem muitos sites, portais, blogs e outros canais de mídias digitais debatendo sobre a educação, entretanto, quase todos querem impor sua perspectiva. Com toda a certeza, a maioria destes canais não aceita o contraditório. E, como se não bastasse, muitos deles querem vender seu método de educação rápida, na maioria dos casos, ineficiente.
As muitas formas e tecnologias de tratar a educação, estão desconsiderando o conteúdo, inquestionavelmente, um tiro no pé.
Educação formal
Também conhecida como escolarização, seria o instrumento que poderia pavimentar o desenvolvimento social, econômico e cultural de um povo no país. A educação formal, é aquela das escolas pública, leigas ou religiosas, técnica ou humanística, e deve ser alvo de diferenciação dos vieses de ideologia. A ideia é que sem esta educação formal, para todos, universal, não é possível avançar e evoluir como sociedade.
Educação familiar
A educação familiar começa bem antes da escolarização, deveria estar assentada na premissa de transferir padrões éticos, culturais e morais. Desse modo, deveria promover o equilíbrio entre o poder e o dever; as obrigações e os direitos, de uma criança “pronta” para nossa sociedade. Cabe aos pais, ou núcleo familiar esta educação, desde a formação do conceito de famílias dos povos antigos, mesmo que com premissas patriarcais.
Mistura de canais
Em aparelhos de TVs antigos, e com defeito, um canal misturava com outro e a coisa ficava ruim de ver. A educação deveria começar na família, na sequência introduzir a educação formal, e as duas juntas formarem o cidadão. A partir do momento que pais começaram a delegar a educação formal para a TV ou, por exemplo, para a “tias”, a coisa degringolou.
Sociedade carcomida
Hoje parece comum pais que pensam em mudar o mundo a partir da superproteção dos filhos e com a teoria de que fazendo todos os desejos de uma criança malcriada tudo se resolve. Com toda a certeza, o repensando a educação tem que ter mais ação e menos teorias e elucubrações.
A escola formal tem que segurar “barras” e confrontos, onde professores sofrem ataques dos pais por desvios de responsabilidade deles. Padrões éticos e desvios que aparecem a partir da ausência e parcimônia dos pais e da família. A educação e preparação para a vida profissional deveria se fundamentar nas premissas da escola familiar e da formal.
A situação agrava-se, inquestionavelmente, quando estes desvios éticos e morais chegam à vida adulta e proporcionam que profissionais, até com vasta bagagem acadêmica, cheguem às empresas e no mundo profissional completamente mal educados, com vícios e péssimos hábitos.
Segundo Mário Cortella, filósofo e escritor, o efeito é que estes profissionais chegam às empresas muito novos, provocando confrontos de gerações. Esta Geração Z gera conflitos empresariais com seu imediatismo e individualismo, esquecendo noções básicas de hierarquia, respeito e compromisso. Assim sendo, demonstram a péssima educação social recebida, desafiando profissionais como se estivessem desafiando os pais. Do mesmo modo que crianças birrentas e mimadas.
Estes profissionais neófitos agem como crianças que podem gritar com os pais e agredi-los, mas não deveriam. Se bem que, se elas gritam ou agridem quando são contrariados pelos pais nas suas vontades, podem fazer isso nas organizações. Acham que vão mudar as empresas a partir de suas vontades e premissas. Desrespeitam os trabalhos alheios. Quando se veem deslocados, partem para a falácia de serem empreendedores com a ideia de que terão independência e não terão os pais a contrariá-los.
Mundo moderno
Em suma, no mundo moderno, dominado pelas redes sociais e pela Geração Z, repensar a educação virou um tabu. Surpreendentemente, a quantidade de pessoas que falam sobre o tema, sem saberem nem o que é educação básica, cresce a cada postagem nas redes sociais.
A educação formal expandiu-se de maneira absurda. Há 40 anos atrás somente 1 em cada 1000 estudantes que terminavam o ensino básico chegariam a um curso superior. Atualmente, no Brasil, é possível que os indicadores tenham explodido e invertido. A sociedade brasileira expandiu, pela formação de grandes centros urbanos, pelo desenvolvimento da indústria e dos serviços e a expansão do setor público e privado.
A educação formal evoluiu. A educação familiar retrocedeu. Assim sendo, a educação profissional é reflexo direto dos retrocessos que vivemos.
Enfim, o “repensando a educação” é muito mais do que somente tratar de cobrar melhor educação formal, é uma mudança de comportamento. Em outras palavras, toda a sociedade, ou pelo menos a maioria dos que se preocupam com o tema, devem refletir sobre o que fizemos. A sociedade brasileira não está preparada para este debate e a briga entre conservadores e progressistas não entendeu a evolução da educação.
O preço a ser pago por estes jovens mal-educados será alto. Altíssimo ! Já está acontecendo e, certamente, estamos pagando muito caro.
Perdemos !!!
(*) Revisado e atualizado em setembro de 2022
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Nota do Autor
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