Mercado da Fotografia - Alma Viva

Mercado da Fotografia na Nanoeconomia

Nanoeconomia Feudal

Anteriormente, alguns meses atrás, publiquei um texto sobre o que denominei “Nanoeconomia Feudal“. Como noutros textos que escrevo, mostro a minha opinião, no intuito de que as pessoas-alvo busquem outras ideias e tirem suas conclusões, ou não. Alguns temas têm seus rudimentos exclusivos de alguns profissionais, setores ou grupos específicos. Este texto destina-se aos comerciantes locais, fotógrafos e profissionais desta “nova” economia que teremos pela frente. Trata, especificamente, sobre o mercado da fotografia que é, com toda a certeza, um dos mais afetados pela pandemia.

Mercado da Fotografia

A tal Nanoeconomia, globalmente designada como “Local Business” por muitos estudiosos, pode ter definições e enquadramentos diferenciados. O mercado da fotografia é, hoje em dia, um mercado de serviços e com alta relevância na atividade presencial. Para se ter o mundo das imagens com a qualidade e a transmissão de uma mensagem, faz-se necessário um fotógrafo, presencialmente.

Esta magia é que diferencia imagens obtidas por drones, câmeras operadas à distância, retratistas etc. Em suma, clicar é fácil, difícil é passar alguma mensagem que valha mil palavras ou muito mais.

Fotografia é um mercado de trabalho que tem atraído muitos desempregados e curiosos. Com alguns poucos recursos (um smartphone tem características melhores que muitas máquinas fotográficas profissionais) qualquer um hoje se diz fotógrafo.

Em outras palavras, assim como certos segmentos profissionais não regulamentados – ou pior, pessimamente geridos por grupos e “máfias”, afirmamos que o mercado da fotografia prostitui-se. Inegavelmente, aquilo que é verdadeira paixão e arte, virou um espaço de commodity de serviço da pior espécie.

Certamente, fotógrafos que conheço ficarão chateados comigo e não com a situação; também espero a compreensão e apoio de outros tantos. Entretanto, o discurso de “Self-made Man“, que contamina a cultura tupiniquim, sofre do “Complexo de Vira-Latas”. Certamente, é uma praga altamente contagiosa e nonsense ( ver Complexo de Vira-Latas em 2018 ),

Nova Economia

A nova economia, como disse anteriormente, exige revisão de comportamentos e o mercado de trabalho da fotografia está aí tirando trabalhos para este profissional autônomo. Com efeito, aquele profissional de carteira assinada, que tinha a fotografia como profissão acabou, em qualquer editoria. Antes, o custo do equipamento era do patrão e as fotografias tinham aquele ar de coisa exclusiva de jornais, revistas ou catálogos.

Muito antes da pandemia este mercado mudou, as máquinas e processos digitais de registro de imagens e sua divulgação deram um novo viés. Por outro lado, o que era amador ou hobby, passou a ter a falsa impressão de que poderíamos falar de profissional. Decerto existem fotógrafos muito bons, alguns ótimos, novos, velhos que se adaptaram às novas tecnologias e ao mercado da fotografia.

Em suma, muitos mercados podem se expandir, mas não tem espaço para todos que estão se aventurando na fotografia. Desse modo, tem coisa boa e muitas novidades, mas o lixo e a falta de qualidade estão superando o que há de bom.

Mercado da fotografia na Nanoeconomia

A partir de um texto publicado na Europa, resolvi abordar esta questão sobre o mercado da fotografia de forma mais ampla. Contudo, este texto aqui nem esbarra nas questões profissionais ou de um futuro, onde vejo nuvens escuras no horizonte.

Ainda na minha teoria sobre a Nanoeconomia Feudal, os fotógrafos, antes de “conquistarem” o mundo deveriam pensar na frase de Einstein sobre sucesso e trabalho. Outrossim, antes mesmo de serem novos “Sebastião Salgado”, “Ansel Adams” ou “Cartier-Bresson”, deveriam ter dignidade profissional.

O Blog Alma Criativa, algum tempo atrás, com extrema propriedade e precisão chamou este mercado de trabalho de Leviatã da Fotografia.

Foram de uma precisão impressionante !

Enfim, o mundo mudou e as pessoas, fotógrafos inclusive, ainda não entenderam da missa metade. Um dia cheguei a imaginar que meu hobby e prazer pela fotografia poderiam ser fonte de receita após aposentadoria. Desse modo, tentei e tenho uma agência de fotografia onde busquei entre fotógrafos diversos uma parceria. A agência ainda funciona ( Agência Minas Esportes ) mas nenhum parceiro e nenhum fotógrafo alinhado com as ideias, novos tempos pandêmicos.

Se cada fotógrafo não consegue convencer nem seu finito e diminuto mercado de comércio local, não realiza trocas no estilo ganha-ganha, vai chegar ao estrelato? Possivelmente sim, na mesma proporção que surge um Ronaldo (R9, o Ex-fenômeno) para cada milhão de atletas que assinam contrato no Sub-15 no planeta.

O mundo real, cruel, impiedoso e pandêmico está aí, #FicaaDICA.

 

Imagem: Leviatã  e a Fotografia – Alma Viva

Nota do Autor

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