Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) virou ringue de uma batalha que não nos pertence, É burguês contra burguês. A guerra está exposta após a saída de alguns vereadores (nenhum vai fazer falta). Eu escrevi, anteriormente, em “Legislativo Municipal – Mais do mesmo” que seria um desastre. Destarte, este texto é somente mais uma crônica de uma tragédia com anúncio pretérito.
Burguês x burguês
A nossa tragédia, e porque não dizer o resultado da ignorância do eleitor, recrudesce de maneira perversa. Os membros que saíram da Câmara Municipal por terem sido eleitos para outras esferas são, na quase totalidade, muito ruins. A renovação de 20% da CMBH, não significa que as coisas vão melhorar. Pelo contrário, alguns substitutos dos que saem são muito piores do que os que lá estavam.
Desse modo, a briga entre pequenos burgueses da política ( Gabriel Azevedo e Léo Burguês ) é somente uma cortina de fumaça tóxica na cidade inteira.
UFC Burguês
A briga dos dois podia ter solução num ringue de vale-tudo, entretanto os dois cobrariam ingresso caro e não teriam a plateia que estão tendo.
A mídia, de maneira sorrateira e venal escolhe “seu lado” e, como se não bastasse, até ferramentas como o ChatGPT não mostram a realidade.
Leo Burguês
Léo Burguês teve processo de cassação por favorecer sua madrasta em serviços na Câmara Municipal(1). Não aconteceu absolutamente nada que pudesse arranhar a imagem do parlamentar que seguiu reeleito. Depois de dez anos(*), algumas reeleições e ameaças de cassação, o vereador teve novas acusações.
Desta vez, para evitar a cassação e tentar uma eleição em breve, renunciou ao mandato. Certamente, ele conta com a pouca memória ou a ignorância conivente de seu eleitorado.
A primeira providência para uma “nova vida” ele adotou algum tempo atrás, renunciou ao apodo “burguês”, na tentativa de parecer outra pessoa.
Gabriel Azevedo
Inquestionavelmente, Gabriel Azevedo é muito mais qualificado do que seu oponente no ringue, tanto culturalmente como politicamente. Contudo, ser mais refinado pode implicar que o edil tem muito mais qualificação para o engodo. Anteriormente, aproximadamente um ano atrás, publiquei um texto(2) contrário a uma opinião do vereador Gabriel Azevedo.
A princípio, o texto era somente para contrapor algumas ideias do vereador que tiveram espaço no jornal O Tempo. O jornal abriu espaço para a minha réplica sobre determinado assunto ( privatização ). Com toda a certeza, a população, em geral, não deve ter entendido nada. Por outro lado, trabalhadores do setor público e empresários achacadores entenderam tudo.
O vereador, com poucos mandatos e ligação fortíssima com empresários de diversos setores da cidade, ganhou espaço e conseguiu a expulsão de Léo ex-burguês.
ChatGPT
O eleitor menos desavisado, mas que está conectado nas modernidades das tecnologias inclusivas, poderia fazer uma pesquisa na plataforma ChatGPT.
Eu fiz uma pergunta comum, só substituindo o nome do vereador, para saber o que o ChatGPT respondia.
“O que pode ser dito, em no máximo 300 palavras, sobre o mandato do vereador Léo Burguês/Gabriel Azevedo em Belo Horizonte?”
Perguntas separadas – respostas iguais
Fiz duas perguntas separadas, uma para cada vereador e considerei a peculiaridade da ferramenta em não se “contaminar” por fatos recentes. Sendo assim, era desejável que fatos antigos dos dois contendores estivessem na pauta. Surpreendentemente, vi uma resposta praticamente igual e que considera que os dois agem em prol da população.
Resposta (parte) para Gabriel Azevedo
“Em resumo, durante seus mandatos, o vereador Gabriel Azevedo tem sido um defensor dedicado dos direitos da população de Belo Horizonte, trabalhando em questões relacionadas à saúde, educação, meio ambiente e direitos humanos. Com sua atuação comprometida, ele tem contribuído para tornar a cidade mais justa e sustentável.”
Resposta (parte) para Leó Burguês
“Em resumo, durante seus mandatos, o vereador Léo Burguês tem sido um defensor dedicado da população de Belo Horizonte, trabalhando em questões relacionadas à saúde, educação, segurança e meio ambiente. Com sua postura independente e comprometida, ele tem contribuído para tornar a cidade mais justa e segura para todos.”
Gongo
Posso soar o gongo ou ainda é cedo demais?
Afirmei, no início de 2021, que teríamos uma das piores legislaturas da história de Belo Horizonte. Dediquei-me a produzir textos sobre cada um dos vereadores (só meia dúzia publicada). De acordo com o que acompanho desde então, afirmo que ao menos 70% da CMBH não passa de lixo.
É provável que muitos eleitores de alguns destes candidatos sejam como aqueles que os elegeram. Não os culpo, entretanto, se continuar persistindo neste tipo de erro, podem mostrar a cara e assumirem a culpa por tudo.
Edis ou sevandijas ?
A eleição de alguns destes vereadores como, por exemplo, Nikolas Ferreira, Bim da Ambulância e Nely Aquino são prova cabal do que afirmo. Se o belo-horizontino elegeu-os como vereadores e os mineiros os elegeram para Assembleia e Câmara Federal, alguma coisa tem de errado.
Além disso, é importante observar que os substitutos que entram na Câmara Municipal podem ser muito piores que os titulares que saem. No caso do vereador renunciante ( Léo de tal ) a sua substituta tem pedigree de corrupção na certidão civil.
Sem dúvida, a população de Belo Horizonte não merece nada disso, nem lutas imberbes e diversionismo. Bem como não merece a mídia não mostrar toda a verdade sobre esta burguesia que fede. Estes vereadores ( os 70% e seus suplentes ) pedem pelo fim do socialismo, defendem golpes e o extermínio dos pobres. Não passam de pequenos burgueses, vassalos das oligarquias e merecedores das migalhas da plutocracia.
Enfim, os sevandijas estão em maioria na Câmara Municipal e a guerrinha entre burgueses ainda terá muitos assaltos, literalmente. E ressalto que as redes sociais e a mídia são um palco fictício, uma vez que a batalha está no legislativo municipal.
Depois o eleitorado clama por “renovação” na política; só não digam que não avisei …
(1) “Léo Burguês usou dinheiro da Câmara para pagar madrasta”
(2) “Elefante branco: Benção ou maldição”
(*) É provável que a expressão coxinha teve sua criação nesta época, para mascarar o perfil da burguesia na política.
Imagem: Montagem à partir da Internet
Nota do Autor
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