Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Algumas frases contém várias palavras de muitos significados. Escrever sobre o pensamento de Goethe é muita responsabilidade, ainda mais quando utilizamos a expressão “Falsamente livres“. A expressão não ter esta tradução, ipsis litteris no que escreveu Goethe, é uma ousadia.
Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.
As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Goethe
Gosto dos pensadores e estudiosos de áreas de conhecimento variado, que são poucos hoje em dia. Quisera eu ter todo tempo possível para ler tudo o que disseram grandes pensadores e críticos como Goethe.
Johann Wolfgang von Goethe (28 de agosto de 1749 – 22 de março de 1832) foi um poeta, dramaturgo, romancista, cientista, estadista, diretor de teatro e crítico alemão. Seus trabalhos incluem peças de teatro, poesia, literatura e crítica estética, bem como tratados sobre botânica, anatomia e cor. Ele é amplamente considerado como o maior e mais influente escritor da língua alemã, tendo sua obra uma profunda e ampla influência no Pensamento Literário, político e filosófico ocidental desde o final do século XVIII até os dias atuais.
Fonte: Wikipedia
Falsamente livres
A princípio, pensei ser mais fácil escrever sobre frases de pensadores antigos. Entretanto, alguns temas são espinhosos e existem pessoas que estudaram estes pensadores que atuavam em várias áreas do conhecimento. Por outro lado, as dificuldades se apresentam para qualquer texto não parecer um plágio ou ter uma crítica desqualificadora.
Assim sendo, arrisco-me com algumas frases, que até para confirmar a autoria é complexo e gera dúvidas. Certamente, as redes sociais e as milhões de traduções de frases feitas não ajudam. Algumas frases nem conseguimos descobrir se foi de determinado autor.
A frase de Goethe é série e nos remete a uma condição que não é somente da escravidão e aprisionamento físico. É provável que, quando elaborou a frase, Goethe tenha avaliado e escrito até no sentido do aprisionamento mental. Desse modo, a questão passa por uma longa e duradoura discussão de “Livre Arbítrio” e “Escravizado”, inclusive mentalmente.
Livre Arbítrio
O “livre arbítrio” é a ideia de que as pessoas têm a capacidade de escolher livremente suas ações e decisões. De acordo com esta concepção, as pessoas são livres para tomar suas próprias decisões e agir de acordo com suas vontades. Desde que sem qualquer tipo de determinismo ou restrição externa.
Escravidão
A frase relativa ao tema do texto indica que aqueles falsamente livres podem ser mais escravizados do que os que não têm esta consciência. A expressão “falsamente livres” refere-se à ideia de que, embora as pessoas aparentam estar livres para tomar suas próprias decisões, não são. Em outras palavras, estão, na verdade, sujeitas a uma série de restrições e influências que limitam sua capacidade de escolha.
Tudo conectado
As pessoas pensam em seu Livre Arbítrio. Entretanto, não passam de pessoas falsamente livres, com dificuldades de aceitação da realidade.
As redes sociais têm exposto isto de maneira extremamente perversa.
Por exemplo, fatores sociais, econômicos, culturais, psicológicos e políticos podem afetar a forma como as pessoas percebem e escolhem suas ações. Além disso, a manipulação e a opressão podem impedir que as pessoas tomem decisões livres e autônomas.
O policiamento contra as pessoas que pensam diferentemente das regras que outras pessoas desejam virou absurdo. Algumas das decisões a que as pessoas encaminham determinam que não existe o Livre Arbítrio.
Filosofia e os falsamente livres
Assim sendo, a análise entre o “livre arbítrio” e a expressão “falsamente livres” é complexa. A análise exige considerações cuidadosas dos diferentes fatores que influenciam a capacidade de escolha das pessoas. Certamente, alguns argumentam que o livre arbítrio é uma realidade inquestionável, inclusive com previsão legal. Por outro lado, outros argumentam que as pessoas são falsamente livres e que suas escolhas têm limites a partir de forças externas e poderosas.
Em última análise, a questão do livre arbítrio e da liberdade humana é uma questão filosófica e polêmica. Que ainda vai demorar a ter um consenso mínimo ou nunca ter uma resposta.
Aqueles que defendem a liberdade como um direito fundamental e inalienável estão certos, mas quando não praticam estes ideais, são traidores. Enquanto isso, outros argumentam que a liberdade é uma ilusão e que as pessoas estão sob controle de forças externas.
Independentemente da perspectiva adotada, é importante compreender a complexidade da questão. Devemos, inquestionavelmente, considerar cuidadosamente as diferentes perspectivas e influências que afetam a capacidade de escolha das pessoas.
Entretanto, uma coisa podemos afirmar, ninguém tem sua liberdade mental se não consegue pensar e fica compartilhando todo o lixo que recebe pelas redes sociais. Os tempos atuais estão complexos demais, até o livre pensar tem grilhões e a liberdade de expressão tem deturpação crônica.
Imagem: Entre sem Bater – Goethe – Falsamente livres
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.