Entre sem bater - Machado de Assis - Força da repetição

Entre sem Bater – Machado de Assis – Força da Repetição

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas.  Algumas frases contém várias palavras de muitos significados. Um Blog com esta trilha poderia usar centenas ou milhares de frases retiradas das obras de Machado de Assis. O autor produziu análises do cotidiano que prevalecem até hoje. Uma das ideias dele, com abordagem neste texto, diz respeito a “Força da repetição” e sua importância no aprendizado.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Machado de Assis

Machado de Assis seria daquelas pessoas que, se vivesse hoje, seria símbolo das oligarquias para exemplificar a meritocracia. O cara que era para ter uma vida curta, desde a infância, mas venceu. Entretanto, contraditoriamente, teve pais que sabiam ler e escrever e viu que para evoluir tinha que saber mais do que eles todos juntos. Indiscutivelmente, foi um sobrevivente, numa época em que as oligarquias mais oprimiam e exploravam os afrodescendentes.

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário.

Fonte: Wikipedia

Força da repetição

Em primeiro lugar, uma pessoa que, sendo descendente de escravos, vivenciou a Abolição da Escravatura tinha muito o que escrever. Como se não bastasse, foi ativo na mudança política no país quando a República substituiu o Império. Além das mais diversas reviravoltas pelo mundo em finais do século XIX e início do XX. Analogamente, é como um grande escritor, nascido na primeira metade do Século XX comentasse e relatasse os eventos político-sociais destes 23 anos do Século XXI.

Fico imaginando uma mento como Machado de Assis escrevendo “Dom Casmurro”, “O Alienista” baseado em tudo que aconteceu de 1940 até hoje.

Mas voltando à questão da força da repetição, e sem querer que algum autor “atualize” as obras de Machado de Assis para os tempos modernos.

Conhecimento

Não me lembro ao certo as condições que levaram Machado de Assis a escrever a frase supracitada no livro “Dom Casmurro“. Confesso que não voltei ao livro recentemente para conferir o contexto. Confiei a existência da frase com fontes diferentes e não li o livro novamente. Entretanto, achei mais apropriado ao momento que vivemos.

As gerações que se educam com e pela tecnologia tem pressa. Com toda a certeza, eles não gostam de repetições e mal ouvem uma vez alguma coisa e pensam que adquiriram conhecimento.

É provável que Machado de Assis usasse a repetição como uma técnica literária para enfatizar certas ideias ou conceitos.

A repetição pode ter uso de diversas formas, como de palavras-chave, frases ou temas com o propósito de entrar na alma do leitor. A repetição pode, por exemplo, ser uma ferramenta poderosa para criar efeitos literários. Não apenas a construção de ritmo e a criação de uma sensação de intensidade, mas um envolvimento maior com o leitor.

Por outro lado, a repetição também pode criar efeitos de suspense e mistério, como é o caso da obra “Quincas Borba“. De fato, naquela  obra, ele utiliza a repetição de palavras e frases para construir a tensão e o suspense no decorrer da história. Em outras obras, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas“, por exemplo, a repetição de frases destaca a ironia e a crítica social presentes na história.

A Repetição

Um professor, de uma disciplina da área de exatas, a cada matéria ou tema, repetia o conteúdo. Ao sofrer alguma interpelação, ele dizia: – é da repetição que advém o conhecimento. Ele seguia repetindo e nós, os alunos, seguíamos pensando como aquilo seria possível. Não apenas pela leitura da frase de Machado de Assis é possível entender o significado.

Realmente, “Há conceitos que se devem incutir na alma do leitor, à força da repetição”. Do mesmo modo, há conceitos, ideias e conhecimento que devem estar na alma e mente de todos.

Viva a repetição !

 

Imagem: Entre sem Bater – Machado de Assis – Força da repetição

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

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