Entre sem bater - Guimarães Rosa - Desconfio

Entre sem bater – Guimarães Rosa – Desconfio

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. As obras de Guimarães Rosa dizem muito para quem nasceu e foi criado em Minas Gerais, Aqueles que nasceram na região central do estado, no cerrado mineiro, sabem do que estou falando. Desse modo, “Desconfio” que foi Guimarães Rosa que primeiro descobriu que o mineiro confia desconfiando.

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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Guimarães Rosa

Cada passagem ou frase dos personagens de grande escritor mineiro, servem de lições de vida, desde que bem aproveitadas. Desconfiar de muitas coisas é quase profissão de fé, assim como seus personagens, eu desconfio de tudo um pouco.

João Guimarães Rosa OMC (Cordisburgo, 27 de junho de 1908 — Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967) foi um poeta, diplomata, novelista, romancista, contista e médico brasileiro, considerado por muitos o maior escritor brasileiro do século XX e um dos maiores de todos os tempos. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 6 de agosto de 1963, sendo o terceiro ocupante da cadeira nº 2, que tem como patrono Álvares de Azevedo. Morreu em 1967, ano em que foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura, vítima de um ataque cardíaco.

Fonte: Wikipedia

Desconfio

Com toda a certeza, Guimarães Rosa ia dar muito trabalho para os “eleitores” que escolhem o Prêmio Nobel de Literatura. É provável que não olhassem com atenção para a sua obra por saberem da sua morte. O Brasil e, primordialmente, Minas Gerais, mereciam um Prêmio Nobel.

Certamente, muitas pessoas não entendem frases soltas, de passagens de livros, daqueles personagens emblemáticos. Como se não bastasse, personagens mineiros falam de forma criptografada e repletos de simbolismos, UAI.

O desconfio, neste caso, demonstra a sapiência do mineiro até em relação às coisas que ele não sabe.

Riobaldo

Do mesmo modo que Riobaldo, sou um tanto quanto complexo e introspectivo. Sem filosofar muito, refletimos ( o personagem e eu ) sobre as questões da vida. Embora pareça arrogância, a sabedoria do sertanejo do cerrado revela humildade ante o conhecimento que possui. O “desconfio” é sempre uma inquietação sobre todos os assuntos e todas as pessoas.

A narrativa de Riobaldo, que, certamente, é melhor que todas as narrativas das redes sociais, envolve conflitos, confusões e dúvidas. A frase “Eu quase que nada não sei” com o “desconfio” é usada para expressar uma ambiguidade e mostrar a vontade de aprender. Enfim, a busca por sempre se tornar uma pessoa melhor.

Redes Sociais

Assim sendo, o livro “Grande Sertão: Veredas” é exatamente como as nossas atuais redes sociais. Em outras palavras, o  livro e estas redes sociais exploram temas complexos, como amor, violência, religião e identidade. Por outro lado, um utiliza uma linguagem poética e inovadora enquanto as redes sociais são superficiais e inúteis.

Com toda a certeza, não existem mais Guimarães Rosa como antigamente e é impossível, atualmente, que alguém consiga domar os personagens do presente.

Desconfio não, tenho a certeza que sei um pouco de tudo, e isso é crime capital nas redes sociais.

 

Imagem: Entre sem Bater – Guimarães Rosa – Desconfio

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

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