Entre sem bater – Mark Twain – Segunda Mão

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Mark Twain era um pouco de tudo, seu humor irônico devia ter muitos críticos. Suas frases, inclusive as que não eram de autoria dele, nunca eram de “Segunda Mão”. É provável que isto tenha permitido o sucesso que teve em tempos difíceis e com pessoas sérias demais.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Mark Twain

Fico imaginando como eu viveria num país como os EUA, na segunda metade do Século XIX. Certamente, é impossível imaginar, pois nem no Brasil eu teria facilidade para sobreviver. Mark Twain foi de tudo um pouco e sou fã incondicional das frases e textos irônicos do escritor. Contudo, às vezes, vem uma tentação para ler “As aventuras de Tom Sawyer” com outros olhos sobre o autor.

Samuel Langhorne Clemens (30 de novembro de 1835 – 21 de abril de 1910), conhecido por seu pseudônimo Mark Twain, foi um escritor, humorista , empresário, editor e palestrante americano. O “maior humorista que os Estados Unidos já produziram” na visão de muitos. William Faulkner o chamou de “o pai da literatura americana “. Seus romances incluem The Adventures of Tom Sawyer (1876) e sua sequência, Adventures of Huckleberry Finn (1884). O último dos quais tem sido frequentemente chamado de “Grande Romance Americano”.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Segunda mão

A expressão “segunda mão” pode ser ao mesmo tempo factual ou figurativa. É provável que até a entonação de voz com que se pronuncia o termo faça-o pejorativo. Enfim, é uma expressão típica de uma pessoa como Mark Twain. Entretanto, é difícil saber se esta expressão (segunda mão) é de autoria dele ou ganhou corpo ao ter alguma tradução próxima no sentido.

Destarte, após algumas pesquisas, parece que a frase é bem próxima do conteúdo textual da imagem que ilustra este post.

Uma vez que temos pastores, políticos, cabos eleitorais e a mídia como despachantes da opinião original, as redes sociais são o melhor  espaço da atualidade.

A leva de “autoridades” a dar opinião é, assustadoramente, perniciosa para qualquer coisa séria que queiramos debater.

Certamente, a maioria das pessoas não compraria um carro de segunda mão de um político. Por que então “compram” opinião de segunda mão?

Autoridades

Com toda a certeza, a frase é prolífica de sarcasmos e ironias, típica de Twain.

Ao usarmos a opinião de segunda mão, especialmente de gente estulta, nos colocamos abaixo deles, com toda a certeza.

Em tempos de redes sociais, influencers e top voices a coisa ficou mais crítica ainda. Como se não bastasse as fake news, temos opinião travestida de fatos. E a patuleia não quer nem saber, corre para colocar o dedinho em ação e compartilhar.

Do mesmo modo que fez um ex-Procurador da República as convicções de segunda mão podem condenar as pessoas, sem uma justa causa. Assim sendo, o crescimento de julgamentos impróprios, tanto na religião como na política, são um dos males da sociedade atual.

Surpreendentemente, se Twain escreveu isso num livro, mais de 150 anos atrás, o que diria se estivesse vivo atualmente?

É provável que ele fosse como Umberto Eco, mas sem mostrar a baixa qualidade dos atuais humoristas de stand-up.

As autoridades de redes sociais tomaram conta do mundo. Por exemplo, MC Pipokinha se dá ao direito de falar das professoras porque ganham menos do que ela num show. Nossa sociedade é a cara dessa MC que não tem conteúdo e arrasta legião de pessoas piores do que ela.

Em suma, as autoridades das redes sociais são como preconizou Twain, tudo com piada e opinião de segunda mão.

Em outras palavras, é compreensível o sucesso de sites como OLX, DESAPEGA e outros… Perdemos !

 

Imagem: Entre sem Bater – Mark Twain – Segunda Mão

Nota do Autor