Entre sem bater - Barão de Itararé - Maravilha da ciência

Entre sem bater – Barão de Itararé – Maravilha da Ciência

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. O Barão de Itararé tem total culpa pela criação desta trilha neste Blog. Certamente, sua visão sarcástica sobre tudo e todos, nos inspira. Sua frase citando a “Maravilha da Ciência” em 1955, era revolucionária, contundente e premonitória.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Barão de Itararé

O autor de uma publicação com título “Máximas e Mínimas” não pode, em hipótese nenhuma, deixar de ter o destaque que merece. Suas frases estão, inegavelmente, na pauta da proposta de “Entre sem bater”, e são a nossa ironia inspiradora. Ao analisar ou escrever, atualmente, sobre qualquer frase é preciso refletir e fazer relacionamentos com estes tempos estranhos. É provável que o “Barão” nem imaginava algo como a Internet, senão estaria muito à vontade com suas críticas.

Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé (Rio Grande, 29 de janeiro de 1895 — Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1971), foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro. Torelly nasceu em Rio Grande, estudou em um internato jesuíta em São Leopoldo (RS) e cursou medicina, antes de abandonar o curso. Em 1925, Torelly mudou-se para o Rio de Janeiro, onde escreveu para diversos jornais, como O Globo e A Manhã onde publicou peças humorísticas, zombando dos políticos da época. Torelly deixaria A Manhã em 1926, fundando o seu próprio jornal de humor, A Manha (um trocadilho com o primeiro trabalho anterior. Foi membro do Partido Comunista Brasileiro. Foi preso pela ditadura em 1935 por causa de seus vínculos com o partido e libertado um ano depois. Quando o partido recuperou a legalidade, em 1947, Torelly concorreu a vereador nas eleições municipais do Rio de Janeiro. Durante a Revolução de 1930, espalhou-se o boato de que seria travada uma batalha na cidade de Itararé entre as tropas federais leais ao presidente Washington Luís e as tropas de Getúlio Vargas. A batalha não aconteceu e foi alcançado um acordo entre os dois grupos. Então Torelly adotou seu título de nobreza, em homenagem a uma batalha que nunca aconteceu, a Batalha de Itararé.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Maravilha da Ciência

A frase “A televisão é a maior maravilha da ciência …” é portanto, um comentário irônico sobre a influência da televisão na cultura popular.

A frase tem citação ampla desde 1955, tornando-se um comentário popular sobre a influência da televisão na sociedade moderna.

A televisão foi uma das tecnologias mais influentes do século XX até o surgimento da Internet e redes sociais. Entretanto, para muitas faixas etárias, a televisão continua a ter um papel significativo na cultura e educação de hoje. Desde que teve sua expansão, a televisão pode informar, entreter e educar os telespectadores. No entanto, a realidade é que a televisão também provoca um efeito negativo na sociedade. Inquestionavelmente, pode perpetuar estereótipos, promover comportamentos prejudiciais, difundir ideias tendenciosas e  condenar sem julgar. Por outro lado, melhorar a qualidade da comunicação humana não está no topo de suas funcionalidades.

Imbecilidade

Desse modo, a parte que diz “… a serviço da imbecilidade humana” captura a ideia de que uma televisão pode ter um efeito negativo na sociedade. A palavra “imbecilidade” sugere uma falta de inteligência ou discernimento sobre aquilo que chega ao telespectador. A ideia de que a televisão está “a serviço” dessa imbecilidade sugere a ausência de crítica e reflexão sobre os conteúdos. Em suma, significa que a televisão promove comportamentos ou ideias que são prejudiciais ou contraproducentes.

No entanto, é importante lembrar que a televisão não é inerentemente “má” ou “boazinha” – é simplesmente uma tecnologia. Assim como uma arma de fogo, a televisão é um instrumento de comunicação que pode ser mortal. Embora algumas programações de televisão sejam  informativas, educacionais e inspiradoras, outras são sensacionalistas, parciais e manipuladoras.

Enfim, o verdadeiro problema, então, é como a televisão funciona e como é a percepção de cada um de seus telespectadores.

A imbecilidade humana se esconde atrás de estereótipos e preconceitos em exibição natural na televisão. Por exemplo, até bem pouco tempo atrás as minorias étnicas, mulheres e pessoas LGBTQ+ eram alvo de desvios de conteúdo na televisão. Portanto, as muitas vezes que as pessoas desses grupos apareceram de maneira negativa ou como estereótipos, a imbecilidade humana venceu. Sendo assim, estes grupos sofriam com a diminuição da autoestima e, certamente, ocorria o aumento do preconceito entre os telespectadores.

Internet e Redes Sociais

O Barão de Itararé faleceu quando a televisão, uma “maravilha da ciência”, estava no auge. Contudo, ele não tinha noção do que a Internet e as redes sociais fariam para ocupar o lugar da televisão. Desde que Orson Welles provou com a “Guerra dos Mundos” que a humanidade pode ser teleguiada, nada mudou, só ficou muito pior.

Uma vez que ele não está mais entre nós, é possível um aforismo bastante aplicável e de fácil entendimento.

A Internet e as redes sociais são, inquestionavelmente, as maiores maravilhas da ciência a serviço da imbecilidade humana“.

Sem dúvida, Aporelly assinaria embaixo desta frase atualizadíssima.

Do mesmo modo que a televisão incentiva comportamentos prejudiciais (consumo de alimentos não saudáveis, álcool, fumo, violência) chegou a vez da Internet. Agora são as redes sociais que mostram e incentivam, com certo glamour, comportamentos perigosos ou nocivos, como o uso de drogas ou atividades criminosas.

Quando uma idiota como a tal MC Pipokinha fala de profissionais da educação, e recebe apoio de milhões, é porque perdemos o jogo.

E, por outro lado, aqueles que argumentam a favor da televisão ou das redes sociais é porque estão se locupletando destas maravilhas da ciência.

Sem dúvida alguma, não há limites para a imbecilidade humana !

 

Imagem: Entre sem Bater – Barão de Itararé – Maravilha da Ciência

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

  • Os textos de “Entre sem bater” são opinativos/informativos, inquestionavelmente com o objetivo de estimular a reflexão e o debate.
  • Sugestões, indicações de erro e outros, uma vez que tenham o propósito de melhorar o conteúdo, são importantes. Basta enviar e-mail para pyxis at gmail.com, página do Facebook, associada a este Blog, ou perfil do Twitter, Threads, Koo etc.
  • Alguns textos sofreram revisão, outros ainda apresentam erros (inclusive ortográficos) e sofrerão correção à medida que se tornam erros graves (inclusive históricos).
  • Algumas passagens e citações podem parecer estranhas mas fazem parte ou referem-se a textos ainda inéditos.

Deixe um comentário