Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. É provável que Albert Schweitzer não previra que a política e a religião destruíssem qualquer tipo de “Consciência“.
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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Albert Schweitzer
Schweitzer foi um polímata que dedicou muito ao seu trabalho com filosofia e espiritualidade. Contudo, sua formação o levou a ideias relacionadas a política e religião no mesmo contexto. Desse modo, em muitas de suas intervenções, misturava conceitos de política, religião e guerra. É provável que a maioria de suas frases e pensamentos tenham aproveitamento parcial e de forma conveniente. Esta hipótese pode ter sua aplicação neste texto.
Ludwig Philipp Albert Schweitzer OM nascido a 14 de janeiro de 1875, faleceu em 4 de setembro de 1965 e foi um polímata da Alsácia. Foi teólogo, organista, musicólogo, escritor, humanitário, filósofo, médico e ministro luterano. Schweitzer desafiou tanto a visão secular de Jesus como retratada pelo método histórico-crítico vigente na época, quanto a visão cristã tradicional. Outrossim, recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1952 por sua filosofia de “Reverência pela Vida“. Como estudioso da música e organista, estudou a música do compositor alemão Johann Sebastian Bach.
Fonte: Wikipedia (Inglês)
Consciência
A palavra consciência (origem do latim: conscientia, -ae) tem muitas acepções e várias delas muito próximas do pensamento de Albert Schweitzer. Desse modo, elegemos, mais de uma acepção para dar maior poder de interpretação (e de carapuças enterradas).
Consciência(1)
- Faculdade da razão para julgar os próprios atos ou o que é certo ou errado do ponto de vista moral.
- Sinceridade
- Ação que causa remorso
- Probidade, honradez
Assim sendo, deixamos outras acepções para atuarmos e darmos uma opinião sobre a mistura de três editorias, simultaneamente: Política, Religião e Guerra.
Misturando as bolas
Costumo dizer que política, religião e futebol se discutem a qualquer tempo. Por outro lado, existem os déspotas que defendem o mal(dito) popular de que política, futebol e religião não se discute. Além disso, a definição de palavras podem provocar problemas de interpretação insolúveis. Certamente, uma coisa é debater cada um dos temas polêmicos, outra coisa é misturar temas polêmicos com dogmas. Como se não bastasse, nossa sociedade atual segue pessoas com opinião de segunda mão(2) e, pior, sem conceituar as coisas, minimamente.
Ética e Religião
Adicionalmente à frase-base, é necessário destacar outra frase que fala de ética, posto que certo e errado do ponto de vista moral está na pauta.
“Deixe-me dar uma definição de ética: é bom manter e promover a vida – é ruim danificar e destruir a vida. E esta ética, profunda e universal, tem o significado de uma religião. É religião.”
Conforme citado em Albert Schweitzer: The Man and His Mind (1947) por George Seaver, p. 366
De fato, ao unirmos ética, religião, moral, consciência, guerra e política, podemos avançar ou cada pessoa terá suas conclusões?
Surpreendentemente, a frase sobre ética e religião estava em um livro logo após o fim da Segunda Grande Guerra (1947). A frase sobre consciência viria alguns anos após (1958) num apelo pela paz.
Sem dúvida, o preclaro polímata teve exemplos claros de como a ética e moral podem se dissociar da consciência.
As consciências coletiva, boas e más deveriam fazer parte da moral mínima de todos os seres humanos. Entretanto, o que vemos avançar a passos largos é a total falta de consciência e um salve-se quem puder. As redes sociais são o campo minado da falta de ética, improbidade, ausência de honra e falta de bom senso.
Schweitzer teria como obrigação, se vivo estivesse, rever sua obra por completo, ou tentar ver onde errou ao misturar água e óleo.
(1) Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2023
(2) “Entre sem bater – Mark Twain – Segunda Mão”
Imagem: Entre sem bater – Albert Schweitzer – Consciência
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.