Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. É provável que Khalil Gibran tivesse em mente somente coisas boas para as “Metades” que se referiu no pensamento.
Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.
As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Khalil Gibran
Khalil Gibran é um dos autores que li dois livros (“O Profeta” e “Areia e Espuma“) e, desde que os li, refleti sobre várias frases. A frase-chave deste texto estão em “Areia e Espuma” (1926) que contém muita que gosto muito. Surpreendentemente, o escritor-poeta tinha muitos outros atributos e muitos mistérios. Uma curiosidade, sem revelação, é por quê seu nome em inglês tem grafia diferente. É provável que seja um exemplo do primeiro erro de datilografia da história da humanidade. Gosto muito da frase “O senso de humor é um senso de proporção“, que estará um texto futuro.
Gibran Khalil Gibran ( árabe: جُبْرَان خَلِيل جُبْرَان Jubrān Khalīl Jubrān, 6 de janeiro de 1883 – 10 de abril , 1931). Foi um escritor, poeta e artista visual; também foi considerado um filósofo, embora ele mesmo tenha rejeitado o título. Ele é mais conhecido como o autor de “O Profeta” , que foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1923. Desde então se tornou um dos livros mais vendidos de todos os tempos, com tradução para mais de 100 idiomas.
Fonte: Wikipedia (Inglês)
As Metades
Em primeiro lugar, as atitudes e narrativas, muito comuns nas redes sociais, da maioria das pessoas, não fazem parte da minha perspectiva. Desse modo, se alguém diz que me bloqueou por eu dizer alguma coisa, é porque ela não entendeu nenhuma das metades do que eu disse. Por outro lado, se outro perfil não dá importância ou discorda de mim por partes do que escrevi, ela não entendeu que são metades imperfeitas.
Comunicação
Vivemos a Era da Informação e Comunicação e, as pessoas interpretam tudo rapidamente, e pelas metades. As leituras do receptor de uma comunicação pressupondo a continuidade de uma frase ou um parágrafo, são errôneas. Desse modo, muitos pensam que estão lendo rapidamente, na realidade estão interpretando apressadamente.
Certamente, esse açodamento dos receptores da comunicação, o que alguns chamam de ouvir pelas metades, só aumenta o nível de ruídos. Como se não bastasse, uma leitura de 1000 palavras, que levaria, normalmente, cinco minutos, se tanto, ocorre, precariamente, em um minuto.
Desta forma, a comunicação feita por qualquer texto, discurso ou fala deve atingir as pessoas pelas metades, o que é ruim. É provável que muitos filósofos e pensadores tenham suas ideias que gostariam de ver chegarem às pessoas por inteiro. Por isso, raramente me manifesto quando sei que as pessoas nem leem um texto. Algumas, raramente passam do título ou da frase-resumo da publicação.
Em suma, todos tem pressa, mesmo que isto custe que uma mensagem não tenha nem a metade com algum proveito.
Poesia
O termo metades tem uma utilização ampla na poesia, especialmente aqueles que falam da expressão “cara-metade“, como coisas que complementares. A ideia dos poetas, românticos e utópicos é de que somente somos inteiros com a outra metade que nos preenche. De certo modo, é um pensamento positivo mas irreal, nossas metades podem chegar às pessoas até para nos diferenciarmos delas.
A expressão popular “…não sabe da missa metade…” é interessante e que, atualmente, permeia nossa sociedade digital. Por exemplo, quando chegou a pandemia, as redes sociais só tinha perfis ignorantes no assunto. Em pouco tempo, os “especialistas” em vírus, vacina, China, tornaram-se milhões, sem saberem metade da história da pandemia.
Frases
Enfim, prefiro alinhar-me com os céticos e perseverar para que ao menos a metade da minha mensagem chegue a muitos.
Fiquem com algumas frases, cujos autores não é possível identificar(*) com certeza:
- As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
- Eu divido a Humanidade em duas metades: de um lado os que gostam de mim e concordam comigo. Do outro, os equivocados.
- Todos crescemos e evoluímos. Mas só uma concha que possui as duas metades, é capaz de gerar uma pérola. Se não tivermos nossa outra metade, somos só como conchas, pequenas e quebradiças.
Certamente, as pessoas se precisam, ter as duas metades da humanidade é o normal e nem todos crescemos e evoluímos. Fazer reflexões sobre o que lemos e ouvimos parece não estar na pauta dos grandes influencers. Se pararmos para refletir, muitos destes influenciadores não seriam ninguém, pois não possuem conteúdo. Estamos cometendo, diuturnamente, um desastroso e completo equívoco(1), ao misturar metades, e sem conhecer nenhuma delas.
John Lennon, na canção “Júlia” (1968) utilizou a mesma frase, com uma pequena dirigida a “Julie”, se atingiu ou não é um mistério.
(1) “Entre sem bater – Eduardo Dias Gontijo – Desastroso Equívoco”
(*) Alguns sites atribuem as frases a este ou aquele autor, entretanto, é difícil identificar a obra ou momento que o pretenso autor disse. Estas frases, nem como aforismo, podem ter associação com autores que “assinam” em sites ‘especialistas” na temática.
Imagem: Entre sem bater – Khalil Gibran – As Metades
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
- Os textos de “Entre sem bater” são opinativos/informativos, inquestionavelmente com o objetivo de estimular a reflexão e o debate.
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- Alguns textos sofreram revisão, outros ainda apresentam erros (inclusive ortográficos) e sofrerão correção à medida que tornam-se erros graves (inclusive históricos).
- Algumas passagens e citações podem parecer estranhas mas fazem parte ou referem-se a textos ainda inéditos.
Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.