Entre sem bater - Simon Bolívar - Os Soldados

Entre sem bater – Simon Bolívar – Os Soldados

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. É provável que Simon Bolívar defendeu muitos povos, mas amaldiçoou muitos “Soldados” traidores destes povos.

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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Simon Bolívar

A biografia de Simon Bolívar é, surpreendentemente, simples em relação a idolatria que ele recebe de alguns povos e nações. Por outro lado, sua historiografia e versões são ricas para que se entenda a história de um continente inteiro. O canal de streaming Netflix produziu uma série global extensa (com versão diferente na Colômbia) que mostra muito da vida deste personagem.

Simon José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios Ponte y Blanco (24 de julho de 1783 – 17 de dezembro de 1830). Foi um militar e líder político venezuelano que liderou o que são atualmente os países da Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Panamá e Bolívia à independência do Império Espanhol. Ele é conhecido coloquialmente como El Libertador, ou o Libertador da América.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Os Soldados

Líderes políticos e militares, inquestionavelmente, precisam de soldados para chegarem ou se manterem no poder. Em democracias e países que não estão em combates com outras nações, os líderes militares podem ser estrategistas ou nulidades. No caso de Simon Bolívar, sua liderança envolveu o que atualmente são vários países, contra um império colonizador.

O Tratado de Tordesilhas determinou, sem dúvida, contra quem os soldados que seguiam Bolívar deviam lutar, e não eram os povos originários. Desse modo, Bolívar tornou-se um símbolo, que muitos militares preguiçosos não gostam nem de ouvir falar. Como se não bastasse, os descendentes dos ocupantes das terras a leste das 370 léguas(2) não têm espírito bolivariano.

Libertadores

O esporte mais famoso do planeta (futebol ou soccer) tem uma competição que presta homenagem, de certa forma, a Bolívar. A Libertadores da América, com toda a certeza, é única no mundo do futebol. Surpreendentemente, a maioria dos que a desejam (la copa se mira), desconhecem a simbologia que a cerca.

A frase de Bolívar deveria e poderia ter apropriação em diversos setores da sociedade e, especialmente, no Brasil que expandiu-se além das 370 léguas. Cidadãos, jogadores de futebol e até militares, deveriam pensar muito na frase de Bolívar sobre os soldados que voltam as armas contra seu povo.

Maquiavel

Maquiavel tinha muitos pensamentos sobre soldados, a quem ele denominava exércitos. Certamente, os antigos sabiam que sem eles nenhuma conquista era possível. Do mesmo modo, atualmente, soldados e trabalhadores são necessários para que as oligarquias se mantenham.

Imaginar que conquistar povos sem um exército é inimaginável, hoje, ontem ou em qualquer tempo é sandice ou enganação. Certamente, é a organização mais antiga que ainda perdura. É provável que a igreja católica e exércitos tenham uma história que deveria ser alvo de estudo com profundidade. As organizações em todo o planeta deveriam, com certeza, adotar processos semelhantes a estas duas instituições.

Entretanto, como alertou Maquiavel em vários momentos (nas recomendações em “O Príncipe“) deve-se ter cuidado com exércitos mercenários. Do mesmo modo, Bolívar não admitia a hipótese de que soldados se voltassem contra seu próprio povo.

Escravos e Serviçais

Se anteriormente exércitos estavam sob contrato, ou escravos eram as “buchas de canhão” em troca de liberdade, atualmente muita coisa mudou. Nos dias atuais, os ideais de Bolívar e as ideias de pensadores como Sun Tzu (A Arte da Guerra), Maquiavel e outros é anacrônica.

Nossa sociedade aceita e até pede que soldados conacionais se voltem contra democracias, como vimos logo após as mudanças no governo federal.

Portanto, enganam-se aqueles que pensam que este texto não tem relação com empresas, organizações públicas e afins. Os serviçais e escravos que se voltam contra seus semelhantes, são tão malditos quanto soldados contra seu povo.

Em suma, nem a goleada de “7 a 1” na pátria de chuteiras serviu para ensinar alguma coisa a um povo sem espírito de nação.

Malditos sejam todos os que se voltam contra “la gente“, seja nas empresas, no futebol, numa nação.

P. S.

Assisti à série, durante um longo período, na versão Netflix Brasil. É provável que tenha perdido algumas passagens pois os capítulos longos motivam a pular alguns episódios. Certamente, é uma das mais longas produções a partir de fatos reais, com um único personagem.

 

(1) “Bolívar – série Netflix

(2) “Tratado de Tordesilhas – 370 léguas

 

Imagem: Entre sem bater – Simon Bolívar – Os Soldados

Nota do Autor

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