Entre Sem Bater – Janio Quadros – Eleições 2024: De Cacareco a Tiririca

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores.  As “Eleições 2024” mostrarão o que de pior existe no eleitorado brasileiro, e candidatos como Janio Quadros até seriam benvindos.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Jânio Quadros

Jânio Quadros, sem dúvida, era um político maluco, contudo era um político que defendia suas convicções de alguma forma racional. Por outro lado, tinha uma grande virtude que era a cultura e a capacidade cognitiva acima da média. Entretanto, sua carreira política no Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal teve mais histrionismos e controvérsias do que realizações. Com toda a certeza, se vivo fosse, seria aterrorizante ver como filhotes como ele são candidatos nas eleições 2024, impunemente.

Jânio da Silva Quadros GCC • GOIH (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 – São Paulo, 16 de fevereiro de 1992), que assinava Janio Quadros (sem acento), foi um advogado, professor, letrólogo, escritor e político brasileiro. Foi prefeito e governador do estado de São Paulo nos anos 1950. Em seguida, foi o 22.º presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961, data em que renunciou ao seu mandato. Em 1985, elegeu-se novamente prefeito de São Paulo dessa vez pelo PTB, tomando posse em 1 de janeiro de 1986, tendo sido este o seu último cargo eletivo. Jânio utilizou-se da imagem de combate à corrupção durante toda a sua carreira política, tendo a vassoura como principal símbolo. Porém, chegou a receber diversas acusações de corrupção.

Fonte: Wikipédia (português)

Cacareco

Cacareco era um hipopótamo. Tiririca é um palhaço que se tornou deputado federal. Por conta dos analfabetos políticos, quase que o Cacareco teve uma posse digna de animais (eleitores e candidatos). Contudo, por conta destes mesmos eleitores, e do sistema eleitoral, Tiririca mantém seu mandato e ainda levou outros palhaços para Brasília.

Cacareco e o Macaco Tião representavam o voto de protesto que tinha seu espaço e servia para muita gente refletir. A substituição do voto em papel^(*) pela urna eletrônica jogou no lixo até a possibilidade de se protestar durante uma eleição. Agora é nulo ou branco e tolos são os que pensam que alguém se importa com eles anulando voto. A história das eleições no Brasil nos mostra que quanto mais boquirrotos e ignorante mais se torna um eleitor nulo⁽¹⁾.

Eleições 2024

Definitivamente, pelos últimos pleitos, a sinalização é de que as eleições 2024 serão um marco na vida do eleitor brasileiro, e será ruim. Inopinadamente, arrisco a dizer que serão as piores eleições sob todos os aspectos, desde o “candidato” Cacareco, que não prometeu nada.

Escrevi, anteriormente, que as eleições municipais se mostram, a cada dois anos, piores do que as mais recentes. As eleições 2024 prometem ser piores do que a anterior, desde a redemocratização. Quando dediquei um texto ao resultado das eleições de 2022, com a ideia de ser mais do mesmo⁽²⁾, errei feio. A expressão “mais do mesmo” foi amena e não refletia a minha expectativa que era bastante pessimista.

Os lixos humanos que saíram daquelas eleições estão aí, nas eleições 2024. Quer seja como candidatos para outro mandato ou na condição de defensores de gente da mesma laia. Surpreendentemente, a massa de eleitores que apoia estes déspotas e seus lacaios aprendizes só aumenta. Depois das eleições de 2018 puseram suas carinhas para fora do armário e apoderaram da política eleitoral.

Com toda a certeza, o eleitor belo-horizontino é tal e qual o eleitor paulistano. Podemos afirmar, por exemplo, se os paulistanos elegem cacarecos e tiriricas, desde priscas eras, o eleitor do Curral Del  Rey faz igual ou pior.

De Cacareco a Tiririca

É notória a incapacidade do eleitor tupiniquim separar quatro temas semelhantes:

a) Política;

b) Política Eleitoral;

c) Eleições 2024;

d) Politicagem.

Pode parecer estranho mas cada pessoa que se detiver sobre este texto poderá fazer um teste interessante. E os resultados irão surpreender zero pessoa que entenderem a ideia de que “não sabemos votar“.

A experiência é simples: coloquem este texto em um ou mais grupos de mensagens que vocês participam. Observem as reações das pessoas e, eventualmente, aqueles que se dispuserem ao debate, perguntem sobre Cacareco e Tiririca. Certamente, os que não lerem o texto, e possuem menos de 40 anos, não terão o que dizer. Haverá, por outro lado, aqueles que não vão ler e vão recriminar “por falar de política no grupo”. E, deste modo, o eleitor brasileiro afunda-se num mundo digital onde cada um enxerga menos, por conveniência e ignorância.

São Paulo : Eleições 2024

Faltando poucos dias para as eleições municipais, os paulistanos (mais de 60%)⁽³⁾ declaram que não escolheram seus candidatos para vereança.

A história seria, certamente, uma comédia, mas é uma tragédia e que produz resultados daninhos para toda a população brasileira. As eleições 2024, na cidade de São Paulo, a locomotiva do país, mostram que é de lá que saem os piores políticos. Desse modo, ninguém deveria estranhar caso o vigarista de nome Pablo Marçal vá ao segundo turno ou até ganhe a eleição na pauliceia. O trambiqueiro agencia cartões com contas de bancos digitais e a esposa da palestras de dez mil reais para tornar mulheres submissas. O sujeito é, inquestionavelmente, mais pilantra do que o padre de festa junina que queria ser Presidente da República

Na boa, os paulistanos merecem quatro anos de Pablo Marçal. É provável que ele não queira nem vencer as eleições 2024, pois pensa lá na frente. Contudo, a tragédia vai ser ele avançar para o segundo turno e muita gente passar a defender o voto útil dos eleitores inúteis. Este déjà vu o mineiro viveu nas eleições estaduais de 2022 e pode viver novamente em muitas cidades. O paulistano vivencia isso há muitas eleições e pode experimentar mais uma vez neste ano, e vai adorar.

Beagá: Eleições 2024

Ao escrever sobre eleições municipais, utilizo a cidade que mais conheço e na qual sou eleitor há 46 anos: Belo Horizonte. Nas eleições 2024 teremos uma peculiaridade somente para a cidade: Uma confirmação plebiscitária. Os nobres (argh !) edis aprovaram uma lei de mudança da bandeira da cidade, e inventaram de promover um plebiscito de aprovação.

Como assim? Aa lei foi alvo de debate e votação e os vereadores incluirão numa eleição deles mesmos?

É destes absurdos que as regras eleitorais promovem e, surpreendentemente, os eleitores participam como massa de manobra. É provável que muitos votos caiam na lixeira dos nulos, por conta da confusão e má orientação da maioria dos eleitores do Curral Del Rey.

Entretanto, queremos utilizar a história das eleições paulistanas para mostrar o quanto ainda podemos piorar em termos de civilidade e inteligência. As eleições 2024 de São Paulo (capital) mostram que eleger cacarecos, tiriricas e outros estrumes políticos pode sempre ser pior.

Experimente fazer o teste que citei nos grupos e redes sociais, vejam as reações e confirme o grau de qualidade do eleitor brasileiro. Cartas para a redação, Sem ofensas, por favor !

 

“Amanhã tem mais …”

P. S.

^(*) O eleitor brasileiro com menos de 40 anos não tem o mínimo respeito e muito menos conhece a história do voto no Brasil. É, sem dúvida, impossível qualquer debate com quem compara urna eletrônica com urna de lona e desconhece a história do voto. São eleitores de cacarecos⁽⁴⁾ e macacos-Tião pregando voto nulo ou em branco, como se fossem seres pensantes. Fuja para as montanhas quando encontrar estes que pedem “código-fonte” e “voto no papel”. O lema do Tiririca era “… pior que tá num fica ,,,”, espero que os eleitores dele tenham certeza disso e vejam a cagada que fizeram. Campos Elísios era uma referencia ao palácio em que se instalavam os governadores paulistas. A história do hipopótamo Cacareco é um primor para o anedotário político brasileiro, como os atuais candidatos diversionistas da atualidade.

⁽¹⁾ “Voto Utilitário – Eleitor Nulo“

⁽²⁾ “Legislativo Municipal: Mais do Mesmo“

⁽³⁾ “Folha de São Paulo – Eleições 2024 – Vereador“

⁽⁴⁾ “Cacareco e seus 100 mil votos“

 

Imagem: Entre sem Bater – Janio Quadros – Eleições 2024: De Cacareco a Tiririca