Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Falar ou escrever sobre Charlie Chaplin exige algum cuidado, atenção e muita reflexão. Desse modo, entendemos que a “Alma dos Homens” é um assunto que o grande artista dominou completamente.
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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Charlie Chaplin
Charlie Chaplin, conhecido por muitos como “Carlitos” era um dos muitos gênios de sua época. Por outro lado, é daqueles que foram gênios exatamente porque viveram em épocas e contextos difíceis. Por isso, Carlitos conseguiu uma notoriedade que ia muito além dos filmes mudos que diziam muito.
Sir Charles Spencer Chaplin KBE (16 de abril de 1889 – 25 de dezembro de 1977) foi um ator cômico, cineasta e compositor inglês que alcançou a fama na era do cinema mudo . Ele se tornou um ícone mundial por meio de sua persona na tela, o Vagabundo , e é considerado uma das figuras mais importantes da indústria cinematográfica. Sua carreira durou mais de 75 anos, desde a infância na era vitoriana até um ano antes de sua morte em 1977.
Fonte: Wikipedia
Alma dos homens
O Grande Ditador
“A ganância envenena a alma dos homens …”. foi dita por Charlie Chaplin em seu discurso final no filme “O Grande Ditador“. Certamente, um filme de 1940 que deveria ter repetição constante, e cuja frase aplica-se ao Brasil de hoje.
A ganância é um sentimento que pode levar as pessoas a fazerem coisas horríveis contra outras pessoas e até uma nação. Em outras palavras, a busca pelo poder e pelo dinheiro se torna mais importante do que o bem-estar das pessoas. Desse modo, qualquer ação em benefício da humanidade se perde no individualismo e manipulação de massas. Infelizmente, a história está repleta de exemplos de líderes envolvidos em corrupção pela ganância e que causaram morte e destruição.
Enfim, as guerras, genocídios e exploração do homem são apenas alguns dos resultados dessa ganância desenfreada.
Egocentrismo
Além disso, a ganância não afeta apenas aqueles que estão no poder. Em um nível pessoal, a busca por mais e mais pode levar as pessoas a se tornarem egoístas e insensíveis às necessidades ao seu redor. O excesso de bens materiais pode se tornar uma obsessão, deixando pouco espaço para a empatia e a compaixão.
A ideia de um Deus acima de tudo e de todos é desprezível. Como se não bastasse, alguns poucos seres “ungidos” por este Deus, nos remete a uma idolatria de humanos abjetos.
Desse modo, o resultado final da ganância é o ódio, o rancor, o ressentimento, o egoísmo. Quando os recursos são distribuídos de maneira desigual e injusta, as pessoas se sentem marginalizadas e traídas. Isso pode levar ao desencadeamento de movimentos extremistas e ideologias controversas. Movimentos e manifestações que pregam a violência e a destruição como soluções para os problemas sociais são o perigo real.
Ganância e ódio
Então, o que podemos fazer para combater a ganância e o ódio que nos levaram ao genocídio, derramamento de sangue, fome e miséria?
Em primeiro lugar, precisamos reconhecer a importância da empatia e da compaixão e que nenhum grupo étnico, religioso ou social é melhor. É provável que a maioria não consiga se colocar no lugar dos outros e tentar entender as necessidades e preocupações de outrem. Além disso, precisamos trabalhar para criar sistemas mais justos e igualitários, que possam fornecer a todos uma vida digna.
Entretanto, isso não significa que a busca pelo sucesso pessoal seja algo ruim. É importante ter ambições e trabalhar duro para alcançá-las. Portanto, é vital ressaltar que o sucesso ( seja lá o que isso signifique ) não deve ocorrer às custas do sacrifício de outros. Com toda a certeza, é possível alcançar objetivos pessoais sem pisar um ser humano ou prejudicar a sociedade como um todo.
Em suma, a ganância é uma força destrutiva e perigosa que pode estar travestida num discurso religioso ou numa palestra de um coach. As redes sociais elevaram este tipo de gente, antes com atuação restrita à sua aldeia, ao topo do mundo. Gente manipuladora se transforma em “influencer” em segundos, e consegue milhões de seguidores que não passam de massa de manobra.
A alma dos homens está, surpreendentemente, nas mãos de manipuladores de grupos e plataformas de redes sociais, definitivamente.
Imagem: Entre sem Bater – Charlie Chaplin – Alma dos Homens
Nota do Autor
Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.
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