Entre sem bater - Bernard Shaw - Felicidade Perigosa

Entre sem bater – G. Bernard Shaw – Felicidade perigosa

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. George Bernard Shaw é uma das grandes referências críticas da sociedade na sua época. Quando falou sobre a “Felicidade Perigosa“, nem imaginou que sua frase tornar-se-ia imortal.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

George Bernard Shaw

Bernard Shaw produziu muitos textos e seus personagens são responsáveis por muitas frases que deveriam levar todas a uma reflexão. Contudo, os crentes, céticos, bêbados e sóbrios, assim como muitos outros, querem ter razão e adotar frases de forma conveniente. A felicidade não está naquilo que vemos e nem no imediatismo egocêntrico que o planeta experimenta atualmente.

George Bernard Shaw, nascido em 26 de julho de 1856, Dublin , Irlanda, falecido em 2 de novembro de 1950, em Ayot St. Lawrence, Hertfordshire, Inglaterra. Dramaturgo cômico irlandês, crítico literário e propagandista socialista, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1925.

Fonte: Britannica

Felicidade Perigosa

Com toda a certeza, o tema (palavra-chave) felicidade está presente em frases de todas as personalidades, pensadores e filósofos. Assim sendo, faz-se necessário um complemento, para formar um termo que dê destaque à palavra, em função do autor da frase. Desse modo, felicidade perigosa é o destaque da frase de Bernard Shaw.

Enfim, a grande pergunta que fica é: como pode existir uma felicidade perigosa?

Crente x Cético

Em primeiro lugar, reforço a ideia de que analogias e metáforas podem ser perigosas pois, nem sempre, o emissor e receptor estão no mesmo diapasão. Como se não bastasse, os que surfam nas redes sociais não sabem o que significa e para que servem as analogias e as metáforas.

A frase completa que está no contexto de “Androcles e o Leão” (1913) de Bernard Shaw, surpreendentemente 110 anos atrás, é:

O fato de um crente ser mais feliz do que um cético não é mais relevante do que o fato de um homem bêbado ser mais feliz do que um sóbrio. A felicidade da credulidade é uma qualidade de felicidade barata e perigosa, e de modo algum uma necessidade da vida.

Prefácio de “A importância do inferno no esquema de salvação

Felicidade de Aparências

Somos, todos os humanos, em certas circunstâncias, felizes, independente de sermos céticos ou crentes, de estarmos bêbados ou sóbrios. Tudo, ou quase tudo, sempre gira em torno de conveniências ou interesses de grupos ou de uma certa felicidade de aparências. As redes sociais elevaram esta felicidade a níveis da estratosfera. Desse modo, a felicidade é barata e perigosa, para dizer o mínimo. As aparências desta felicidade têm comprovação nos perfis de qualquer pessoa que se relacione com outras.

Por outro lado, as pessoas tomaram este tipo de felicidade perigosa como uma necessidade de suas vidas. Entretanto, este comportamento, além de hipócrita e falso, torna-se perigoso não apenas para quem o pratica, mas para muitas pessoas ao seu redor.

Crentes e céticos, assim como bêbados e sóbrios de informações, entraram numa espiral descendente que parece não ter retorno.

O bom cético

Como um bom cético, sóbrio e sem medo de ser feliz, digo que perdemos, de goleada. #MAKTUB !

Em suma, um crente ou um cético, bêbados ou sóbrios, podem sofrer influências que os levam a uma felicidade perigosa, barata e, certamente, muito cruel.

 

Imagem: Entre sem bater – G. Bernard Shaw – Felicidade Perigosa

Nota do Autor

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Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

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