Entre sem bater - Ernest Hemingway - Esterilidade Literária

Entre sem bater – Ernest Hemingway – Esterilidade Literária

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. O escritor Ernest Hemingway tem muitos relatos e frases impressionantes. Sua experiência ao redor do mundo, observando e escrevendo, permite que, ao afirmar sobre a “Esterilidade Literária“, reflitamos.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Ernest Hemingway

Hemingway tem obras literárias memoráveis. Sendo assim, destas obras, que não têm nada e esterilidade literária, podemos destacar várias frases instigantes. Entretanto, uma das frases mais famosas, ou diálogo, é atribuída ao autor, bem como outras tantas frases que correm nas redes sociais. É assim que acontece com grandes autores e pensadores, a fertilidade literária é infinita, sob qualquer condição.

Ernest Miller Hemingway ( 21 de julho de 1899 – 2 de julho de 1961) foi um romancista, contista e jornalista americano.  Era um escritor econômico e discreto – que incluía sua teoria do iceberg – teve uma forte influência na ficção do século 20. Seu estilo de vida aventureiro e sua imagem pública lhe renderam a admiração das gerações futuras. Produziu a maior parte de sua obra entre meados da década de 1920 e meados da década de 1950. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1954 . Publicou sete romances, seis coletâneas de contos e duas obras de não-ficção. Três de seus romances, quatro coletâneas de contos e três obras de não-ficção foram publicados postumamente. Muitas de suas obras são consideradas clássicos da literatura americana.

Fonte: Wikipedia

Esterilidade literária

O estilo de Hemingway, que tinha tudo a ver com a “Teoria do Iceberg” deveria ser referência para todos que produzem conteúdo nas redes sociais. Sua experiência como jornalista e depois escritor perdeu-se no tempo e na péssima formação dos atuais “jornalistas” com diploma.

Desse modo, uma frase simples como a deste texto, é profunda e diz mais do que está escrito “acima da leitura superficial”.

Fascismo e educação

Educação formal

A educação formal é, primordialmente, uma das bases fundamentais para o desenvolvimento social e intelectual de um povo. Através dela, é possível formar cidadãos conscientes e capazes de participar ativamente da sociedade. Quando essa educação não está disponível de forma adequada, os malefícios impactam na população e na própria nação.

É na educação formal que se aprende a ler, escrever e interpretar, inclusive nas entrelinhas, e não somente na superfície de um texto.

Sem acesso à educação, muitas pessoas ficam limitadas em suas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Assim sendo,  pavimenta-se a consolidação e a manutenção de uma sociedade com segregações indissolúveis. Com falta de conhecimento, de leitura e de escrita, perpetua-se o pouco desenvolvimento, a pobreza e a exclusão social.

Como se não bastasse, a limitação da leitura provoca a esterilidade literária, o pensamento crítico limita a reflexão das pessoas. Desta forma, a sociedade torna-se mais suscetível a discursos manipuladores, preconceitos e sectarismo. Por consequência, ampliam-se os  comportamentos intolerantes e violentos. Além disso, a ausência de leitura leva à falta de conhecimento sobre direitos e deveres, tornando todos mais vulneráveis.

Leitura e escrita

Um povo que não sabe ler, com certeza não sabe escrever, #MAKTUB.

A esterilidade literária de uma nação, inquestionavelmente, traz consequências negativas para todos. Quando o povo não valoriza a sua  literatura, a sua cultura e as suas artes, perde uma importante fonte de reflexão. A literatura é capaz de revelar as complexidades e contradições da sociedade, oferecendo novas perspectivas sobre a condição humana. Sem a literatura, a nação torna-se mais pobre e superficial, na compreensão de si mesma.

A falta de estímulo à produção literária também pode levar à ausência de uma identidade cultural forte. A literatura é um canal poderoso de preservação da história e da identidade cultural de um povo.

A esterilidade literária também contribui para uma falta de imaginação e criatividade na sociedade. Em outras palavras, a leitura e a escrita são fonte de inspiração e de criatividade. Com toda a certeza, contribuem para a inovação em outras áreas da sociedade, como a tecnologia e a ciência.

Fascismo

Em suma, somente em regimes fascistas, naturalmente antidemocráticos, é que encontramos o nirvana dos tiranos. A esterilidade literária é o objetivo principal de déspotas que praticam o fascismo. Desse modo, a frase de Hemingway é atualizadíssima para tempos recentes no Brasil, em que qualquer cartilha era um crime.

Faltou muito pouco ao Brasil para retornar à época de queimar livros em praça pública. Contudo, os defensores do fascismo e da esterilidade literária ganharam o mundo, a mídia e as redes sociais. Ficou impossível escrever qualquer coisa séria que logo é desqualificada como “textão”. Não se importam nem em entender o conteúdo superficialmente, são da turma do “… não li e não gostei …”.

Quem está ao nosso lado nesta guerra?

É o que realmente importa, tanto quanto entender a própria guerra que se trava nas trincheiras das redes sociais.

Portanto, o significado mais profundo de uma história não deveria ser evidente na superfície de um texto, mas brilhar implicitamente para cada leitor.

 

P. S. Curiosidade

O diálogo a seguir, com autoria de Ernest Hemingway sem confirmação, tem reprodução em dezenas de sites de frases famosas.

– Quem estará nas trincheiras ao teu lado?
– E isso importa?
– Mais do que a própria guerra.

É provável que, o autor, na condição de correspondente de guerra, seja o autor de tal diálogo, mas não existe comprovação, embora seja inspirador.

 

Imagem: Entre sem Bater – Ernest Hemingway – Esterilidade Literária

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

  • Sugestões, indicações de erro e outros, uma vez que tenham o propósito de melhorar o conteúdo, são importantes. Basta colocar enviar  comentários via e-mail para pyxis at gmail.com. Na página do Facebook, associada a este Blog, ou perfil do Twitter.
  • Alguns textos são revisados, outros apresentam erros (inclusive ortográficos) e que vão sendo corrigidos à medida que tornam-se erros graves (inclusive históricos).
  • Algumas passagens e citações podem parecer estranhas mas fazem parte ou referem-se a textos ainda inéditos.

Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

Deixe um comentário