Entre sem Bater
Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Alguns dias tem comemorações esquisitas, a “Cachaça Mineira” tem seu dia especial. Caio Fernando Abreu, certamente incluiu a iguaria mineira no seu pensamento.
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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.
Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.
Caio Fernando Abreu
É provável que o escritor Caio Fernando Abreu nunca saboreou a verdadeira e legítima cachaça mineira. Como bom e tradicionalista gaúcho, imaginava a bebida como fonte de inspiração e devaneios. Certamente sua frase sobre a cachaça e utopias, encaixa-se perfeitamente no espírito do produto genuinamente mineiro.
Caio Fernando Loureiro de Abreu (12 de setembro de 1948 – 25 de fevereiro de 1996) foi um prolífico jornalista e escritor literário. Mais conhecido como Caio Fernando Abreu, foi um dos escritores brasileiros mais influentes e originais das décadas de 1970 e 1980. Caio F., como costumava assinar suas cartas, nasceu em Santiago do Boqueirão, no Rio Grande do Sul, em 1948, e faleceu em Porto Alegre, em 1996. Abreu estudou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entretanto, abandonou a academia antes de se formar para escrever para revistas de cultura pop. Foi autor de textos para as revistas Nova, Manchete, Veja e Revista POP. Escreveu contos, romances, crônicas, contos e textos de dramaturgia.
Fonte: Wikipedia (Inglês)
Cachaça Mineira
Anteriormente, no Brasil, a juventude lia muito revistas como a POP. Comecei a ler os textos de Caio F. desde aquela época. Com toda certeza, a sabedoria do escritor em relação à cachaça e seus sonhos não se afundou numa cachaça mineira. Desta forma, a inspiração do escritor originou-se em alguma pinga que ele sorveu, sem saber a diferença da bebida original.
O Dia da Cachaça Mineira tem uma comemoração desde 2001. Data que marcou o início da safra da cana-de-açúcar em Minas Gerais. O então governador “maluquinho” ( Itamar Franco ), regulamentou a produção da bebida no estado com selo de qualidade e tudo.
A cachaça pode ser conhecida como “água que passarinho não bebe“, marvada, veneno, remédio e outros tantos pelo Brasil afora. São vários os nomes da bebida de sabor único e a ardência que desce suave pela garganta. O destilado é um dos patrimônios de Minas Gerais e do país.
Cachaça
No vasto universo das bebidas alcoólicas, há uma estrela peculiar que brilha com sabor tropical e notas de folclore: a famosa cachaça. Como uma dança entre a doçura da cana e a ousadia da cachaça, essa mistura sagaz conquista os corações e paladares. Os apreciadores da boa e velha marvada não a dispensam em qualquer ocasião. Contudo, em meio às risadas e goles, as ilusões e utopias dessa deliciosa bebida podem nos envolver e nos levar a mundos desconhecidos.
Ilusões
Imagine-se num paraíso tropical, com o sol beijando a pele e uma brisa suave acariciando os cabelos. Agora, adicione um copo lagoinha meio cheio de cachaça mineira, e pronto! Você embarca em uma viagem repleta de sabores e sensações que desafiam a realidade. Nesse momento, as preocupações cotidianas se dissolvem como açúcar na água, dando lugar a risadas soltas e gargalhadas contagiantes.
Eu ousaria dizer que se somente a cachaça mineira, com ou sem açúcar, limão e outros, possibilita o atingimento completo destas sensações.
Por outro lado, a primeira utopia dessa bebida encantadora é a sensação de poder voar como um pássaro tropical, uma loucura. Após alguns goles, asas imaginárias surgem em nossas costas, e nos sentimos leves e livres, desafiando a gravidade. Voamos entre mesas, balcões e até dançamos, literalmente, no ar. Inquestionavelmente, todo o peso do mundo desaparece e nos transforma em seres com asas de pura alegria. Mesmo que alguns possam confundir, não tem nada a ver com essa bebidinha fitness que “… te dá asas …”, #TAOQUEI?
Outra ilusão maravilhosa que a cachaça mineira nos presenteia é a habilidade de falar fluentemente todos os idiomas do mundo. Enquanto degustamos essa poção mágica, nossas palavras se transformam em melodias encantadoras que cativam a todos ao nosso redor. Podemos entoar canções em francês, declamar poesias em alemão e discutir filosofia em mandarim, encantando multidões com nossa eloquência universal. Sem falar que podemos ser tradutores-intérpretes do mineirês, em toda a sua essência, um deleite.
Utopia
No entanto, assim como toda ilusão, a cachaça possui seus limites. Quando os efeitos da bebida se dissipam, retornamos ao chão e nossa língua volta a se enroscar nas palavras estrangeiras. Surpreendentemente, o poder de voar se perde. Contudo, as lembranças de uma experiência extraordinária permanecem como tesouros na memória.
E, desta forma, a cachaça nos mostra que é possível, mesmo que temporariamente, escapar das amarras da realidade e viver momentos de pura fantasia. E Caio F. teve sua experiência com transcrição para uma frase que define a filosofia do amante da cachaça.
Portanto, brindemos a essa mistura alquímica, à cachaça mineira que nos presenteia com suas ilusões e utopias, mesmo que apenas por um breve instante.
Que cada gole nos transporte para um mundo de sonhos e risos, onde a realidade se desvanece e a fantasia se torna nosso refúgio.
Sem dúvida, centenas de frases populares sobre a cachaça podem ter representação na frase de Caio F. e muitas outras.
Afinal, como diz o ditado popular: “Com cachaça, a realidade se faz passar e a alegria sempre há de durar!“. E, não se afunda em nenhum copo, mas inspira poesia, sonhos, canções e muito mais.
P. S.
- As frases sobre a cachaça, de Vinícius a Zeca Pagodinho, podem ter degustação com prazer em “Pensador“.
- O Dia da Cachaça (no geral) tem sua data de comemoração no mês de setembro.
Imagem: Entre sem bater – Caio Fernando Abreu – Cachaça Mineira
Nota do Autor
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