22 de março
Pouco mais de trinta anos atrás a data de 22 de março foi a indicação da ONU para o Dia Mundial da Água. O Brasil tem tudo a ver com esta história pois sediou no ano de 1992 a Cúpula da Terra. Desde que os países estipularam a Agenda 21, questões ambientais e desenvolvimento sustentável estão crescendo.
Assim sendo, o Dia Mundial da Água (ou Águas) tornou-se referência em várias nações que precisam avançar na preservação do meio ambiente. Como se não bastasse, alguns países como o Brasil precisam dar respostas em relação à preservação de seus recursos naturais. Com toda a certeza, alguns países e seus fundos soberanos, após destruírem suas reservas, querem ajudar o planeta.
Mesmo que eu tenha a convicção de que estas datas são mais uma enganação de gente que não se explica direito, defendo a data. Certamente o planeta, o Brasil, Minas Gerais e minha cidade precisam de pessoas que defendem a água doce como se não houvesse amanhã.
Planeta Água
Desde que criei este Blog, vários foram os textos em que, por um motivo ou outro, a água estava no centro da ideia textual.
Foram vários os enfoques como, por exemplo, os textos dos links a seguir:
- “Copasa – A privataria avança” – Sobre a privatização da Copasa (empresa de água e saneamento de Minas Gerais).
- “O fim dos recursos renováveis” – Sobre consumirmos 1/3 mais recursos renováveis do que a capacidade de gerá-los.
- “Apagão mental – Privatizou, encareceu e escureceu” – Sobre uma tragédia sobre o povo brasileiro na pandemia.
Estes três textos seriam suficientes para alertar e mudar o comportamento de muitos brasileiros e brasileiras. Surpreendentemente, não provocam a menor comoção e nem a seca no Rio Grande do Sul e enchentes no Nordeste comove a maioria.
Sabemos e comprovamos que, eventualmente, a população é solidária com catástrofes naturais (mais com enchentes do que com a seca). Entretanto, percebemos que a mídia possui uma leve tendência de colocar em pauta aquilo que dá audiência. Numa data como a de hoje, qualquer programa especial ou até mesmo uma entrevista com algum especialista no tema água, inexiste.
Coreia do Sul
Depois que fiz uma visita técnica profissional à Coreia do Sul consolidei todas as minhas concepções sobre preservação da água.
Muito além da visita técnica, sempre aproveitei as viagens que faço no Brasil e exterior objetivando conhecer culturas diferentes. Desse modo, sempre leio sobre costumes e cultura do lugar que visito, para não cometer erros e aprender.
No caso da Coreia, li muito sobre a evolução do país após a Segunda Grande Guerra e costumes, especialmente culinários. Foi possível desmistificar muitos mitos e lendas urbanas sobre aquele país.
Duas coisas me intrigaram e que não foi possível ler antes que eu estivesse em visita.
A existências de grande quantidade de florestas iguais (mesma vegetação) e a água servida em restaurantes (inclusive os mais refinados).
Surpreendentemente, a água dos restaurantes é, na maioria dos casos, aquela que chamamos nos botecos do Brasil de “da casa”. A origem é direto da torneira e colocada para gelar antes de vir à mesa. O preço da água mineral, como estamos acostumados a ver sendo vendida no trânsito de nossas cidades, é proibitivo. Os coreanos tratam suas árvores e a água como pessoas ou algo sagrado. Derrubar uma árvore ou lavar o chão com água tratada é crime e é provável que seja punível com a morte.
Dia Mundial
Enfim, meu inconformismo só cresce por uma motivação muito simples e que não entendo como as pessoas não pensam de modo igual.
Um dia para pensarmos no problema que a falta de água pode trazer é pouco ou é pouco útil e prático. É necessário, portanto, que tenhamos ações específicas em proteção de nosso manancial de águas o ano inteiro. Crimes como os que aconteceram em Mariana e Brumadinho não podem ficar impunes. Políticos que liberam e apoiam o uso da água limpa e doce para dutos de minérios devem ter condenação sumária, por destruição da natureza.
O dia mundial deveria ser um dia de protesto, com repetição diária, no mundo inteiro. Até que os cidadãos do planeta entendam o problema da falta e água.
P. S.
Ao assistir um documentário sobre os povos da Mesopotâmia, é assustador ver as hipóteses de suas extinções. Certamente, a falta de água e a seca contínua atrasaram a evolução da humanidade. E, como se não bastasse, nos privou de conhecermos tudo aquilo que eles estudaram.
Imagem: Reprodução Internet
Nota do Autor
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