Entre sem bater - Bob Marley - Escravidão Mental

Entre sem bater – Bob Marley – Escravidão Mental

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. A “Escravidão Mental” é apenas um tipo de servilismo, muitas vezes intencional, que Bob Marley travou uma luta para ajudar seus irmãos.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Bob Marley

Bob Marley foi um artista acima da média e vindo de uma camada social em que salva-se um em milhões. Sua carreira é pitoresca e a música com a frase sobre escravidão mental estava na sua última produção de estúdio, ainda vivo. Seus pensamentos tornam-se, cada vez mais, atuais e convergentes ante a loucura em que a nossa sociedade digital se encontra.

Robert Nesta Marley OM (6 de fevereiro de 1945 – 11 de maio de 1981) foi um cantor, músico e compositor jamaicano. Nasceu em Nine Mile, Jamaica e iniciou sua carreira musical profissional em 1963, após formar os Teenagers com Peter Tosh e Bunny Wailer. Posteriormente, com várias mudanças de nome em pouco tempo, se tornaram o  The Wailers. Foi um dos pioneiros do reggae e sua carreira musical foi marcada pela fusão de elementos do reggae, ska e rocksteady, bem como seu estilo vocal e de composição distintos. As contribuições de Marley para a música aumentaram a visibilidade da música jamaicana em todo o mundo. Ao longo de sua carreira, Marley tornou-se conhecido como um ícone Rastafari, com sua música e um senso de espiritualidade. É um símbolo global da música, da cultura e da identidade jamaicana. Participou ativamente, com suas controvérsias e apoio franco às reformas sociais democráticas. Em 1976, Marley sobreviveu a uma tentativa de assassinato em sua casa, que se pensava ter motivação política. Ele também apoiou a legalização da maconha e defendeu o pan-africanismo.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Escravidão Mental

Com toda a certeza, alguns assuntos são recursivos e podem mudar só uma palavra ou a expressão que o sentido é o mesmo. A escravidão, servidão, submissão são sinônimos e os grilhões podem se apresentar de diferentes formas. Uma delas estava num discurso de Marvin Garvey, com publicação em julho de 1938 (Revista Black Man).

Disse Garvey:

Vamos nos emancipar da escravidão mental porque enquanto outros podem libertar o corpo, ninguém além de nós mesmos pode libertar a mente. A mente é seu único governante, soberano. O homem que não é capaz de desenvolver e usar sua mente está fadado a ser escravo de outro homem que usa sua mente.

Bob Marley inseriu parte da frase em seu último álbum de estúdio, que é um grito de alerta que muitos não ouvem e nem escutam.

Em vários textos anteriores, inclusive da série “Entre sem bater” abordo a questão da liberdade até de pensamento. As reações são, às vezes, imprevisíveis e, como se não bastasse, algumas pessoas acham que têm liberdade, mas não têm. Por exemplo, algumas religiões determinam como as pessoas devem pensar em relação a outras pessoas. Pregadores da má fé orientam o pensamento de seus seguidores dando a impressão de que são independentes.

Liberdade da Mente

Estes seres humanos se equiparam a animais adestrados, e identificamos, em nossa sociedade, pessoas que atribuem alma e pensamento aos animais. Em alguns casos, juram em nome de Jesus que um animal irracional e uma criança “sem pecado” são anjos e puros.

Frases como a de Bob Marley não exigem muita reflexão ou variações de pensamento, é objetiva e direta. Surpreendentemente, esta frase entrou numa música do artista exatamente na sua fase mais religiosa. Publiquei, anteriormente, texto sobre Hailé Selassié(1) onde a discriminação racial é o tema principal. No texto, uma música de Marley que aliava o RAS etíope à religião com certas liberdades não presentes em outras religiões.

Certamente, as ideias de Bob Marley somente seriam uma práxis global se as pessoas se libertassem da escravidão mental. Por outro lado, muitas destas pessoas têm medo de se libertar ou não tem a capacidade cognitiva de assimilar aquilo que nunca tiveram. A questão cultural da servidão voluntária(2) é um grave problema na humanidade, sem solução a curto prazo.

Infelizmente, Bob Marley era um grande visionário e sonhador, precisamos de muitos “Wailers” antes do fim da nossa civilização. Além disso, agrava-se quando descobrimos que a escravidão mental vai muito além de questões mentais e religiosas. Nossa sociedade apodreceu e as pessoas estão fazendo a opção de serem escravas mentais para sobreviverem. E, como se não bastasse, a “normalização” da opinião pública e formadores de opinião para a escravidão física e mental é assustadoramente cruel.

 

(1) “Entre sem bater – Hailé Selassié – Discriminação Racial

(2) “Servidão voluntária – Bolsominions, cruzeirenses e o poder

 

Imagem: Entre sem bater – Bob Marley – Escravidão Mental

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

  • Os textos de “Entre sem bater” são opinativos/informativos, inquestionavelmente com o objetivo de estimular a reflexão e o debate.
  • Sugestões, indicações de erro e outros, uma vez que tenham o propósito de melhorar o conteúdo, são importantes. Basta enviar  comentários via e-mail para pyxis at gmail.com, página do Facebook, associada a este Blog, ou perfil do Twitter.
  • Alguns textos sofreram revisão, outros ainda apresentam erros (inclusive ortográficos) e sofrerão correção à medida que tornam-se erros graves (inclusive históricos).
  • Algumas passagens e citações podem parecer estranhas mas fazem parte ou referem-se a textos ainda inéditos.

Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

Deixe um comentário