Entre sem bater - James Russell Lowell - Ceticismo

Entre sem bater – James Russell Lowell – Ceticismo

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. Escrever e falar sobre céticos e o “Ceticismo“, com toda a certeza, não é prerrogativa somente de James Russell Lowell.

Cada publicação terá reprodução, resumidamente, nas redes sociais Pinterest, Facebook, Twitter, Tumblr e, eventualmente, em outras isoladamente.

As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

James Russell Lowell

É provável que todos os grandes escritores e pensadores tenham escrito alguma coisa que dizia respeito ao ceticismo. Quem lê, pensa e escreve, o faz com um certo rigor e autocrítica. Desse modo, ser um cético é algo natural para todos aqueles que pensam e fazem suas críticas. Contudo, nos dias atuais, com a explosão das redes sociais, a crítica e o ceticismo perderam espaço para as opiniões de segunda mão(1).

James Russell Lowell ( 22 de fevereiro de 1819 – 12 de agosto de 1891) foi um poeta, crítico, editor e diplomata romântico americano. Ele é associado aos poetas da lareira, um grupo de escritores da Nova Inglaterra. Pertenceu ao grupo dos primeiros poetas americanos que rivalizaram com a popularidade dos poetas britânicos. Esses escritores geralmente usavam formas e métricas convencionais em sua poesia. Lowell se formou no Harvard College em 1838, apesar de sua reputação de encrenqueiro, e formou-se em direito pela Harvard Law School. Ele publicou sua primeira coleção de poesia em 1841 e envolveu-se no movimento pela abolição da escravatura. Lowell usou a poesia para expressar suas opiniões antiescravistas e conseguiu um emprego na Filadélfia, Pensilvânia, como editor de um jornal abolicionista. Ganhou notoriedade em 1848 com a publicação de A Fable for Critics, um livro de poemas satirizando críticos e poetas contemporâneos.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Ceticismo

Existem centenas de frase sobre ceticismo e os céticos, de importantes pensadores, e algumas merecem destaque:

  • O nome do ceticismo para as novas gerações – mentira“. Albert Camus
  • A desgraça de Dom Quixote não era suas fantasias, mas o ceticismo de Sancho Pança“. Franz Kafka
  • Os grandes intelectuais são céticos“. Friedrich Nietzsche
  • Dizer que um crente é mais feliz que um cético é como dizer que um bêbado é mais feliz do que um sóbrio”. George Bernard Shaw
  • ⁠”O vigor intelectual de um homem, como da ciência, se mede pela dose de ceticismo, de dúvida que é capaz de digerir, de assimilar“. José Ortega y Gasset

Em suma, as frases acima podem são poucas em relação às grandes reflexões, mas são lapidares. Surpreendentemente, estas frases podem não significar nada para a quase totalidade dos usuários das redes sociais. Por exemplo, se tomarmos a frase de Albert Camus, teremos a verdadeira situação que vivemos nas redes sociais.

Por outro lado, muitas pessoas que copiam frases feitas, colecionam um desconhecimento da possibilidade de contextualização de cada uma. Estas frases, atualmente, exigem que as pessoas pensem antes de escrever ou compartilhar, e isso é “fora da curva“.

Cético

Em primeiro lugar, declaro-me um cético, um questionador e aquele tipo de personagem que não aceita a falácia do “apelo à autoridade“. Como se não bastasse, somos – os adeptos do ceticismo – todos um pouco “caçadores” de paralogismos e gente falaciosa.

Desse modo, as frases de Gasset e Nietzsche nos empurram para sermos, a cada intervenção, mais céticos, até com aquilo que falamos ou escrevemos. É provável que analistas de comportamento humano recomendem, como recrutadores de RH, a hipocrisia e a mentira.

E, sem dúvida, o que vemos nas narrativas, de coaches e assemelhados, especialmente de RH são recomendações na linha contrária do ceticismo. Da mesma forma, os pregadores de púlpito ou palestrantes de autoajuda deitam e rolam na hipocrisia, desde que vendam seus livros.

Enfim, quem não tem um mínimo de ceticismo naquilo que fala ou escreve, bom sujeito não é.

O ceticismo é saudável, a hipocrisia, a mentira e o cinismo, não tem vinculação àqueles que possuem a honra com virtude.

Ou como diria o filósofo:

– “Vocês não sabem como é divertido o absoluto ceticismo. Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está sem munição.

 

(1) “Entre sem bater – Mark Twain – Segunda Mão

 

Imagem: Entre sem bater – James Russell Lowell – Ceticismo

Nota do Autor

Reitero, dentre outras, o pedido feito em muitos textos deste blog e presente na página de “Advertências“.

  • Os textos de “Entre sem bater” são opinativos/informativos, inquestionavelmente com o objetivo de estimular a reflexão e o debate.
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  • Alguns textos sofreram revisão, outros ainda apresentam erros (inclusive ortográficos) e sofrerão correção à medida que tornam-se erros graves (inclusive históricos).
  • Algumas passagens e citações podem parecer estranhas mas fazem parte ou referem-se a textos ainda inéditos.

Agradeço a todos e compreendo os que acham que escrevo coisas difíceis de entender, é parte do “jogo”.

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