Entre sem bater – Ricardo Flores Magón – Submissão

Entre sem Bater

Este é um texto da série “Entre sem bater” ( ← Uma leitura, acima de tudo, “obrigatória” ). A cada texto, uma frase, citação ou similar, que nos levem a refletir. É provável que muitas destas frases sejam do conhecimento dos leitores, mas deixaremos que cada um se aproprie delas. Entretanto, algumas frases e seus autores podem surpreender a maioria dos leitores. O anarquista Ricardo Flores Magón certamente escrevia e falava suas frases com amplo sentido, e sem “Submissão“.

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As frases com publicação aqui têm as mais diversas origens. Com toda a certeza, algumas delas estarão com autoria errada e sem autor com definição. Assim sendo, contamos com a colaboração de todos de boa vontade, para indicar as correções.

Na maioria dos casos, são frases provocativas e que, surpreendentemente, nos dizem muito em nosso cotidiano. Quando for uma palavra somente, traremos sua definição. Por isso, em caso de termos ou expressões peculiares, oferecemos uma versão particular. Os comentários em todas as redes sociais podem ter suas respostas em cada rede e/ou com reprodução neste Blog.

Ricardo Flores Magón

Com toda a certeza, personagens como Ricardo Flores Magón têm reconhecimento na história do México. Filho de pais que lutaram pela cultura e em defesa dos mexicanos originários, aliaram discurso e práxis.

Cipriano Ricardo Flores Magón, conhecido como Ricardo Flores Magón nasceu em 16 de setembro de 1874 e morreu em 21 de novembro de 1922. Foi um anarquista mexicano e ativista da reforma social. Seus irmãos Enrique e Jesús também eram ativos na política. Os seguidores dos irmãos Flores Magón eram conhecidos como Magonistas. Ele foi considerado um importante participante do movimento social que desencadeou a Revolução Mexicana.

Fonte: Wikipedia (Inglês)

Submissão

Quando proclamou que “Rebelião é vida; submissão é morte” Ricardo Magón falou num sentido amplo e não somente físico. Essa frase encapsula a essência da luta contra a opressão, a busca pela liberdade, contrário ao aprisionamento e subjugo. Com toda a certeza, era o desejo intrínseco de viver uma vida autêntica e significativa. Ao explorar os conceitos de rebeldia, vida, liberdade, escravidão (submissão) e morte, desafiou as estruturas opressivas.

Escravidão e Liberdade

A princípio, a rebeldia, em sua essência, é a negação das normas opressivas e a busca pela autonomia e justiça. Os rebeldes são aqueles que questionam, desafiam e se levantam contra sistemas de opressão e desigualdade. Deste modo, eles ousam lutar contra as correntes da conformidade e rejeitam a submissão passiva. Ao escolher a rebeldia, os rebeldes, certamente, abraçam a responsabilidade de moldar o próprio destino e de lutar pelos direitos fundamentais. E, raramente, estes rebeldes lutam por direitos individuais, mas sim direitos coletivos de todos os seres humanos.

Assim sendo, a vida autêntica, em sua plenitude, só existe quando encontramos a liberdade de sermos verdadeiramente nós mesmos. A liberdade não é apenas a ausência de restrições externas, mas também a libertação das correntes internas que nos aprisionam. Inegavelmente, a liberdade é a capacidade de tomar decisões com base em nossa própria consciência e vontade. Sendo assim, é possível  buscar nossos desejos e aspirações individuais e específicas. Na rebelião contra a opressão, encontramos a chave para abrir as portas da liberdade e descobrir a riqueza da experiência humana.

Por outro lado, a submissão representa uma forma de escravidão, tanto física quanto mental. Portanto, a submissão é o ato de entregar nossa autonomia, abdicar de nossos direitos e aceitar passivamente as injustiças e a tirania. Quando nos submetemos à opressão, permitimos que nossas vozes se calem e nossas vidas tenham controle das forças externas. A submissão é uma morte lenta da alma, um estado em que nos tornamos prisioneiros de nossos medos e das correntes virtuais e mentais.

Eco

Em suma, a frase de Ricardo Flores Magón ecoa e avança até os dias atuais, principalmente nas redes sociais. Entretanto, deveriam servir  como um lembrete de que a rebeldia deveria nos impulsionar para a busca da liberdade e rejeição da submissão. Enfim, ao abraçarmos a rebeldia, encontramos a coragem de desafiar as estruturas opressivas. É provável que, ao sermos rebeldes, consigamos nos tornar os protagonistas de nossa própria história.

A vida autêntica é, afinal, o encontro no exercício da liberdade, enquanto a submissão e a escravidão certamente conduzirá à morte espiritual.

O exemplo de rebeldes como Ricardo Flores Magón e os Magonistas na busca de uma existência plena de liberdade, justiça e autonomia são lapidares.

 

Imagem: Entre sem bater – Ricardo Flores Magón – Submissão

Nota do Autor